"Nem todos os monstros possuem dentes afiados, um rosto assustador ou entram na casa de pessoas indefesas pela noite."
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Hinata, aos dezessete anos, nunca teria esperado receber um pedid...
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CAPÍTULO TRÊS
ILUSÕES
O dia dos namorados pela primeira vez em dezessete anos fora algo extraordinário para a estudante, que, agora, encontrava-se na biblioteca à procura de um livro indicado pela professora de inglês. Orgulho e Preconceito tinha sido um dos exemplares. E com a cabeça nas nuvens, pegou o livro no canto da estante, com um sorriso bobo em seu rosto.
Ela se lembrava com exatidão sobre o ocorrido do "Dia dos namorados" quando andavam pelo colégio no intervalo das aulas e conversavam sobre coisas banais como gostos, estilos de roupas e música. Sasuke parecia um pouco tenso a princípio, provavelmente por estar com ela. Ele não era do tipo de pessoa falante, nem possuía gostos muito específicos, de acordo com o que relatou.
Basicamente, tudo se resumiu a "Não gosto muito de barulho". "Eu prefiro ficar um pouco mais na minha". "Odeio quando fazem de tudo para chamar minha atenção". E "Não entendo por que fazem tanta questão por rosas, no fim das contas, serão apenas flores mortas".
Okay, esse último tinha sido inesperado...
Mas não tinha problema, compreendeu o ponto de vista do namorado. As rosas, depois da data comemorativa, morriam, certo? Sasuke parecia ter razão, presentear com flores era pejorativo, afinal, ficariam vivas por alguns dias, murchariam e morreriam.
── Eu acho que é mais algo simbólico. ── Disse, observando alguns casais pelo pátio. ── Por exemplo, uma rosa possui mais de um significado, seja pela quantidade ou pela cor.
── Então você teria ficado feliz se eu tivesse trazido uma rosa vermelha que ficaria viva no máximo uma semana?
O rubro, neste momento, atingiu sua pele pálida.
Ela deslizou a mão por debaixo da franja que cobria fracamente os olhos, o hashi no cabelo impedia que ficasse solto. Estava envergonhada.
