Cap 45

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Dream pov

Eu sai de casa chorando, com uma mochila cheia nas costas e um saco cheio também da mão.

Meu pai tirou meu celular antes de sair, então não tinha forma que contactar George ou Wilbur. Estava sozinho.

Andei três quarteirões, até chegar a um banco.

Me sentei, coloquei minhas coisas no chão, coloquei o gorro do meu moletom e comecei a chorar mais.

Estava sem casa, sem celular, sem carro, sem dinheiro e sozinho, o pesadelo de todas as pessoas neste mundo.

Eu ainda pensei em ligar a George e a Wilbur por um telefone público, mas não tinha dinheiro para isso.

Olhei em frente e vi um pequeno café que nunca tinha reparado. Parecia novo e não tinha ninguém lá dentro.

Fiquei ali encarando o café e chorando, até surgir uma ideia na minha cabeça.

E se fosse ao café e pedisse para fazer uma chamada?

Eu não tinha muitas mais opções, então me levantei do banco, agarrei na minha mochila e saco e entrei no café.

Quando abri a porta, ouvi um sininho que estava por cima da porta, para alertar quando alguém entrasse.

Não estava ninguém no balcão, até chegar uma garota loira.

"Bom dia, o que você deseja?" pergunta a garota, que tinha uma placa dizendo Alyssa pendurada no avental preto.

"Ah... Eu não desejo nada, eu vim só aqui pedir para fazer uma chamada bem rápida, estou sem celular e preciso de ligar para uma pessoa." 

Ela olha para mim durante uns segundos, depois muda o olhar para o telefone fixo, e olha para mim de novo.

Alyssa, se é o nome dela, olha para baixo e suspira.

"Pode, mas tem de ser rápido porque se meu chefe descobrir sou despedida."

"Obrigada."

Ela me abre uma porta pequena, na ponta do balcão e me deixa entrar.

Me dirijo até um telefone fixo amarelo, disco o número de George e ligo.

"Sim?" Oiço a voz de George do outro lado.

"George! Meus pais me expulsaram de casa, eu não faço minima ideia do que fazer!" digo bem rápido graças ao stress.

"O que passou? Enfim, tem calma, onde você tá? E que número é esse?" 

"Estou num café em frente a um jardim, eu não faço mínima ideia como se chama, só sei que fica a três quarteirões da minha casa e a dois do vosso hotel."

"Okay, eu vou ver aqui no GPS algum jardim aí perto."

Nós ficamos em silêncio cerca de um minuto.

"Pera, chama se Bold Bean ou uma coisa assim?" Oiço o George perguntar.

Eu olho para o lado de fora do café, expecificamente para a placa.

Era isso mesmo.

"Isso!" Concordo eu.

"Okay, eu e Wilbur estamos saindo agora, não sai daí okay?"

"Okay!"

Eu desligo a ligação, agradeço á moça e fico em frente ao café.

Depois de uns 7 minutos, vejo Wilbur e George.

O mais pequeno corre na minha direção e me abraça.

"Clay! Eu sinto muito... " 

"Não tem problema, eu não precisava deles de qualquer maneira." Digo eu enquanto sinto uma lágrima fugindo do meu olho, mas o meu dedo apanhou a antes que escorre se pelo meu rosto todo. "Agora vou ter ir á procura de um trabalho para pagar uma casa, comida e talvez faculdade"

𝑻𝒉𝒆 𝒏𝒆𝒘 𝒃𝒐𝒚 // 𝒅𝒏𝒇Onde histórias criam vida. Descubra agora