Space se aproximava aos poucos do garoto, vendo todo o seu corpo e se admirando com a beleza de suas atitudes, tentando esconder aquela preciosidade.
- Hihihi, bom dia Henry... - Disse ela, enquanto colocava seus dedos no peitoral do rapaz, que continuava travado. - Esse é o meu tipo de homem, sabia disso? Esse seu jeito de ser, toda a sua essência...
- Space! - As palavras começaram a surgir da boca de Henry. - O que você está querendo dizer?
- Que você me excita, Hen. Que você me dá vontade de te pegar e te beijar até me faltar completamente o ar. Eu... gosto de você...
Tudo havia parado para Henry. Ele não acreditava naquilo. Em tão pouco tempo, aquela garota, aquelas palavras, para ele não faziam tanto sentido. Ele estava perdido, mas também gostava dela. Ele não fazia nada a não ser olhar para ela, ver os seus olhos reluzentes contra a luz do sol. Para ele, aquele momento, aquele microsegundo, era a definição completa e única de felicidade, uma alegria que nunca havia sentido antes.
- ... você não vai falar nada, Henry?...
- Oi? Desculpa! Eu não sei o que responder! - Como num estalo, ele acordava e olhava em volta, disfarçando.
- Mas deveria, eu estou dizendo tudo o que eu sinto por você. Acorda! Adoro que esteja corado e tudo, só que preciso que me responda o que sente por mim também.
Na janela do quarto, dava para ver a rua afora. Não tinha nenhum movimento de carros, e algumas pessoas andavam pela calçada seguindo suas vidas. Dentre elas, estava uma mulher de vestido preto, botas pretas e usando óculos de sol. Ela caminha em direção à casa de Henry e olha ele com Space.
- Hmmm... vejo que já encontrou alguém novo, não é, Frame? Parece ser um bom garoto. Consigo sentir a alma dele, é calorosa. Há um amor escondido aí dentro, é muito poderoso. Você terá que fazer tudo dar certo, ou, infelizmente... nunca mais vai existir...
A mulher notava que o rapaz não sabia como reagir em muitos casos, só ficava vermelho. Com isso, esta tirou de sua bolsa vermelha um pequeno dispositivo retangular e azul, e apontava para o garoto.
- Ok, eu não deveria fazer isso, mas eu te devo uma. "O revelador". Com isso, qualquer pessoa pode dizer o que está preso em seu coração e agir da forma que sempre quis mas não tinha coragem. É libertador, porém pode ser mortal... Mas duvido que esse cara vá fazer mal à ela, então...
Com apenas um toque, a moça misteriosa fez o aparelho ir na direção de Henry, desaparecendo entre as paredes e entrando em seu sistema corporal, deixando seu tamanho muito menor e se tornando um microchip dentro de seu cérebro. Agora, ele estava ativado.
- Até outro dia, Space. Prazer te conhecer, garotinho. - Disse a mulher, se despedindo e sumindo em meio à multidão.
De volta ao quarto, agora Space estava deitada sobre a cama do garoto, enquanto este estava em pé olhando para ela. Quando o aparelho funcionou, ele falou.
- Space, o que eu sinto por você... é algo inexplicável, especial, único... Você chegou na minha vida quando eu pensava que sempre seria um pervertido sem ninguém que realmente fosse me amar, e me mostrou que tudo é possível. Por isso, eu também gosto de você. Na verdade, eu acho que estou... apaixonado por você...
Dessa vez, era Space que ficava um pouco vermelha, dando um sorriso de canto. Mas antes mesmo dela dizer algo, ele se deitou do lado dela e deu um abraço calmo, leve e gentil, e continuou dando sussurros.
- Então, você precisa de amor pra continuar vivendo? Precisa de beijos?
- Sim, aaaahhhh é, sim... Mas não precisa fazer isso, vai roubar sua energia!
- Não importa, agora só quero que você esteja aqui e fique bem. Vem aqui.
Um toque suave pelo rosto da garota fez seus corpos ficarem mais próximos. O mundo seguia em frente, assim como eles se aproximavam cada vez mais. Seus lábios se encontravam pela primeira vez, se chocavam e provocaram ondas de choque que reverberavam em todos os cantos daquele pequeno e infinito quarto. Só havia eles. E dali em diante, aqueles lábios não mais se encontrariam com o de outra pessoa, pois eles sentiram que eram feitos um para o outro. Ao se afastarem, Space olhava para Henry com um olhar de paixão, ao mesmo tempo em que agora ficava melhor e se sentia viva.
- Obrigada, Hen... Uau... o que deu em você? Kkkk
- Não sei kkk, mas eu amei mesmo assim...
Com isso, o jovem deixou seus braços apoiados sobre o pescoço da garota, e ele começou a fazer carinho no cabelo da mesma. Eles passaram o resto do dia juntos naquele quarto, provando pela primeira vez suas paixões que sempre tiveram um pelo outro.
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Uma Succubus Diferente
Teen FictionHenry era o típico garoto pervertido do primeiro ano do ensino médio no colégio GATES, até que conhece uma garota chamada Space. Com o tempo, Henry percebe que Space não é só uma garota comum... Esta história mostra uma versão mais moderna da visão...