4. | Estação King gross |

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01 de setembro de 1993.

- Cygnus acorda! Se você não levantar eu vou deixar você perder o trem! - Serena gritou de seu quarto enquanto se arrumava.

- Já vou. Você é uma chata sabia. - Ele resmungou do próprio quarto.

Serena tinha acordado por volta de oito horas da manhã, a ansiedade e os sonhos não a deixaram dormir. Todos os seus pertences estavam nas devidas malas.

Assim que levantou Serena fez suas higienes diárias e tomou sua caneca de café. Ainda de pijamas, a garota se olhou no espelho vendo as cicatrizes em seu corpo.

Assim como Harry, ela tinha cicatrizes em formato de raios pelo ocorrido de quando era criança. O garoto tinha uma cicatriz que era menor que a medida de um palmo pela testa com formato de raios. Como Serena foi atingida mais de uma vez, ela ficou com mais cicatrizes do que gostaria e em lugares que não são tão óbvios assim.

Por isso Serena tinha uma grande insegurança com seu corpo, mas não pelo fato das cicatrizes ficarem a mostra  quando ela usa uma determinada peça de roupa. Pelo fato das pessoas acharem que as cicatrizes são um tipo de troféu ou vitória, mas por significar uma  grande perda para ela.

Serena tinha uma pequena cicatriz em  que contornava seu pescoço que subia contornando uma de suas orelhas e tinha resquícios em sua bochecha, mas era quase imperceptível. Já as maiores tinham início de um dos ombros e desciam pela cintura até a barriga e se espalhava no meio das costas e havia uma uma que se espalhou por uma das coxas da garota.

Ela vestiu sua calça jeans reta e uma blusa preta, colocando um casaco marrom com zipper na frente aberto.

Serena penteou os cabelos pretos que ia até o fim das costas e os prendeu em um coque para soltar no horário de sair.

Ela colocou as coisas que precisaria de manhã na mala assim que usou os produtos e utensílios. A garota andou pelo corredor com os pés descalços até o quarto do irmão, que continuava a dormir.

- Cygnus! Já são dez horas. Acorda! - Ela disse entrando no quarto.

- Sai, Serena. Me deixa dormir. Vai, me dá mais cinco minutos. - Cygnus resmungou.

- Cygnus Black. Levanta agora antes que eu faça você levantar. - Serena disse quando seus olhos azuis começaram a ficar com um tom de vermelho.

- Pronto. Levantei. Satisfeita? - O garoto disse se levantando. - Trix, eu já vou avisando que em Hogwarts a senhorita não vai poder invadir o meu quarto.

Serena sorriu quando o irmão a chamou pelo apelido de quando eram crianças. Cygnus começou a chamada de Trix e Serena o chama pelo nome do pai, Sirius.

- Ah, cala a boca Sirius. - Serena disse ao irmão. - Vista alguma coisa descente.

- Pode deixar. Aqui, será que tem algum cara interessante em Hogwarts? A gente ficou muito tempo sem ver bruxos da nossa idade. - Cygnus disse colocando uma camisa social branca um pouco amassada e uma gravata frouxa vermelha e dourado com as cores da grifinória, que era de seu pai na época de escola.

Mal sabia ele que talvez a Grifinória não fosse sua casa....

- Você é gay demais da conta. - Serena riu. - Por favor sem dar em cima de qualquer um. Você tem que se amar mais.

- Você quer dizer, sem dar em cima do ruivo bonito que vimos no Beco diagonal. - O garoto disse mexendo em suas malas lembrando de George Weasley.

- Pode deixar, Sirius. Eu divido ele com você. - Serena e Cygnus riam até as bochechas doerem.

Merlin Black • George WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora