Capítulo II

57 3 0
                                    

Pov. Felicia

Assim que chego na pista vou para um canto mais escuro para me esconder melhor e assim que faço isso vejo os projetos de gorila entrarem olhando todos os cantos da boate, quando estavam se aproximando de mim agarrei um cara e o beijei como se minha vida dependesse dele, e dependia no momento. Depois de uns minutos -muito bem aproveitados- me afastei do cara e sai andando sem dizer nada e fui em direção a saída da boate mas vejo um dos gorilas ao lado da saída olhando todos que passam, e agora como saio daqui, pense Felícia....

Olho para todos os lados e encontro um grupo sair praticamente carregados pelo segurança então me enfio no meio deles passando o braço de uma garota que está quase desmaiada pelo meu ombro e tampo o outro lado do rosto com meu cabelo –ainda bem que não ouvi aquela maluca do salão e não cortei meu cabelo- com isso consegui passar pelo gorila que estava na porta, o que eu não contava era que tivessem outros do lado de fora em frente a boate, então tive que seguir esse bando de bêbado até um ponto de táxi. Assim que todos estavam dentro de um eu fui em direção de outro quando ouvi um cara me gritar então olhei pra traz já sentindo todos os pelos do meu corpo se eriçarem, meu pânico aumentar quando vejo o cara do beco vindo em minha direção.

— Espera garota. - ele gritou vindo em minha direção. — Não precisa correr, só quero conversar… - não espero que ele termine e entro no táxi implorando para o taxista correr para a delegacia mais próxima.

— Dessa vez você tá ferrada Felícia. - digo a mim mesma encostando a cabeça na janela do carro. Me assusto quando o vidro do táxi estoura fazendo voar pedaços de vidro em cima de mim. — Porra, o que é isso ? - olho para traz e vejo um carro preto se aproximando e um dos gorilas pendurado na janela com uma arma na mão. — Moço corre pelo amor que você tem na sua vida. - Não foi preciso pedir duas vezes já que ele também estava assustado.

Minhas esperança nasce quando vejo uma rua conhecida, assim que ele virar a próxima esquina estaremos na delegacia e assim poderei me esconder e com sorte esse loco passe direto, e é isso que acontece quando o taxista vira a rua, o carro passa direto e paramos em frente a porta com muito sufoco atraindo a atenção dos policiais que estavam saindo. Quando ele parou, sai do carro cambaleando e quase caio mas logo sou amparada por um policial lindo que estava na porta, ele era moreno, cabelos castanho escuro parecendo um modelo , tinha um porte grande mas não exagerado, olhos castanhos escuros, um maxilar quadrado e expressão de quem não brinca em serviço. Ceus, pareço uma tarada.

— Você está bem? - pergunta com uma voz profunda e grossa, nossa acho que perdi essa calcinha, que voz deliciosa. — Moça você está bem? - ele volta a perguntar me tirando do meu devaneio nada inocente me fazendo lembrar onde estou e o por que. A que ponto cheguei, quase morro mas ainda tenho tempo de pensar em sacanagem com esse gostoso.

— Sim, quer dizer não, quer dizer não sei – me enrolo nas palavras ainda meio tonta com o que aconteceu, ou com esse pedaço de mau caminho na minha frente, olho pro lado e vejo como o táxi está e quase caio pra trás. Ele está com a lateral e traseira cheio de furos. — Caramba, tô muito ferrada. - passo as mãos pelo cabelo sentindo as lágrimas nublar minha visão.

— Vamos entrar e você me conta o que aconteceu ok? - ele diz já me conduzindo até a delegacia e eu apenas concordo com a cabeça e entramos. — Por favor, traga um copo com água, estarei na minha sala. - ele fala com alguém, mas estou muito ocupada tentando controlar os tremores do meu corpo pra ver quem.

Não sei quanto tempo passei assim até sentir alguém pegar minha mão e colocar um copo descartável na minha frente, e vejo o policial gostoso ajoelhado a minha frente me olhando com calma.

— Beba um pouco, assim que se acalmar podermos conversar e você me contar o que aconteceu ok? - Ele diz e vai até uma mesa que se encontra mais a frente com uma linda cadeira de couro, um computador preto moderno e alguns papeis em cima. — Qual seu nome? - pergunta me olhando nos olhos com sua expressão séria de quem não brinca em serviço.

Ryan - Meu Delegado  (Repostando)Onde histórias criam vida. Descubra agora