Apaixonada por meu Chefe

O início de uma aventura

Era uma bela manhã, os pássaros cantavam na janela e Ada dormia tranquilamente, até que de repente seus olhos se abrem de uma só vez. - Espera aí, que horas são? - disse ela em voz alta. Ao olhar para o relógio ao lado da cabeceira de sua cama, deu um salto: eram 06h30 e ela nem tinha começado os preparativos para aquele dia especial (Hoje era seu primeiro dia na BizdeBoyle e não podia chegar atrasada de jeito nenhum, foi indicada para a vaga por sua irmã Leyla e não podia cometer nenhum erro).

Levantou rapidamente, tomou um banho e colocou uma roupa que julgava ser profissional: calça jeans, uma camisa branca soltinha e seu all star branco, pois não podia perder seu estilo (às vezes romântica, às vezes esportiva, tentava equilibrar o estilo com seu lado sonhadora). Em frente ao espelho, fez uma maquiagem leve, passou máscaras nos cílios longos, o que acabou destacando seus lindos olhos verdes (uma das coisas que mais amava em si mesma) e passou um batom nude, não queria chamar muita atenção no primeiro dia. Soltou seus longos cachos castanhos claro e pronto! Agora era só descer para tomar um café da manhã rápido com sua querida irmã.

Compartilhavam juntas o apartamento e a vida, foi assim desde que saíram de Bursa, a diferença de idade entre Ada e Leyla era de 07 anos (sua irmã logo completaria 30 anos), Leyla sempre a tratará com muito carinho e cuidado, assumiu essa responsabilidade desde que Ada decidiu vir para Istambul tentar uma oportunidade de trabalho e dividir o lar e as dificuldades com sua irmã mais velha há 03 meses atrás. Leyla era um exemplo de resistência e dedicação, além de linda, seus olhos azuis e cabelos loiros a faziam se destacar onde quer que passasse, pelo menos para Ada era assim, pois admirava muito sua irmã forte e guerreira. Os ovos mexidos e o café de Leyla incendiavam todo o corredor, embora Ada preferisse um bom chá, apreciava como sua irmã era ótima na cozinha. Aquilo era o começo de um dia especial, fechou os olhos e agradeceu, naquela cozinha estava seu bem maior: sua família.

Ada e Leyla chegaram no escritório às 08h30, meia hora antes do expediente, pois sua irmã queria passar algumas instruções sobre seu novo chefe Bora. Ada foi direcionada à sua mesa que ficava em uma salinha ao lado do espaçoso escritório de seu chefe, ao abrir a porta, encontrou um ambiente muito sofisticado e moderno, mas havia também alguns detalhes que traziam um certo mistério sobre o dono da sala. Como ele era? Claro que já ouviu sua irmã falar sobre o chefe algumas vezes, mas não sabia o que a esperava e isso trazia uma certa ansiedade e curiosidade ao mesmo tempo.

 
A porta se abriu e Ada estava de costa, um arrepio percorreu todo seu corpo ao sentir que estava sendo observada. Pareceu uma eternidade, mas quando se virou a imagem que via não fazia jus a sua fértil imaginação das conversas que havia tido com Leyla. Ele era como em um sonho: alto, magro na medida certa, tinha uma postura de autoridade e segurança, de quem sempre soube o que fazer da vida. O terno azul escuro lhe moldava o corpo, na verdade parecia que havia sido feito sob medida, tudo ali estava em seu devido lugar. Seu cabelo negro estava muito bem penteado e havia sinais de uma barba feita há algumas horas. Ele tinha olhos de um castanho claro (um tom quase mel - olhos intrigantes, ora ameaçadores, ora gentil), não piscavam, como o de um predador que acabou de encontrar sua presa. Ada então desviou o olhar, não sabia por quanto tempo estava o admirando e não queria passar uma mensagem negativa em seu primeiro dia.

- Bom dia, srta... ? - disse ele. 

Sua voz era forte e sexy, passou pelo curto espaço e foi até sua cadeira, deixando seu perfume amadeirado no ar. Seus olhos continuavam a me observar e eu me sentia paralisada, até que lembrei que precisava responder a pergunta que ele havia feito.
 
- Aaada, Ada Tözün, senhor. - respondi com a voz um pouco trêmula. 

Algo naquele homem me fazia sentir segura e perdida ao mesmo tempo, segura pois havia algo como quando nos sentimos em casa e perdida, pois não sabia para onde aqueles olhos poderiam me levar. E ao pensar nisso, mais um arrepio percorreu a minha espinha e foi aí que percebi: eu estava completamente perdida naquele olhar.
 
- Ah sim, a irmã de Leyla, certo? - Sim, senhor. - respondi.