Sábado, 05h30 da manhã e Ada já havia despertado, não conseguiu dormir muito bem, havia uma inquietação em seu peito: desde que viu Bora Doğrusöz pela primeira vez. Uma semana havia passado, ele era um chefe exigente, detalhista e muito observador, até um mínimo ponto não passava despercebido por ele, como quando Ada digitou um arquivo e seu nome estava escrito do lado esquerdo, ele preferia o lado direito, não precisava entender, afinal ele era o chefe. Às vezes ele era um pouco mal-humorado, mas sempre era gentil, embora seus olhos parecessem demonstrar certa tristeza, ao final do dia ele sempre conversava com alguém ao telefone, o que parecia amenizar seu semblante fechado, é certo que a pessoa do outro lado da linha conseguia mudar seu humor rapidamente, talvez fosse alguma namorada, afinal um homem jovem, bonito e muito bem estabelecido como ele, devia ter muitas mulheres ao seus pés. Mas, havia algo nele que aparentava solidão, como quem tinha passado por uma decepção que congelou algo em seu coração. Ele era muito profissional, frio até, mantinha uma distância segura, não deixava lacunas abertas sobre sua vida pessoal, enfim, talvez fosse melhor continuar assim.
Aquela era uma manhã preguiçosa, mas já que tinha despertado tão cedo, por que não uma caminhada para iniciar aquele dia de maneira diferente? Decidida, levantou e colocou uma roupa esportiva, calçou um par de tênis confortável e fez um rabo de cavalo. Talvez uma caminhada e uma boa música seriam ótimas companhias para fazê-la esquecer aqueles olhos cor de mel. Pegou seu celular, os fones, escreveu um bilhete para Leyla não ficar preocupada e seguiu até o parque que ficava há alguns quarteirões de sua casa.
Como todos os dias, Bora levantava às 05h30 para fazer sua corrida matinal, geralmente, esse era o remédio para aliviar o estresse ou para ajudar a tomar algumas decisões, gostava de sua solidão, amava seus pais e sua sobrinha Elif, mas precisava de um tempo com seus próprios pensamentos, desde que perdeu sua única irmã em um terrível acidente, precisou dar apoio aos pais e a Elif, sua doce e pequena sobrinha de 05 anos de idade. Passou dois anos na casa de seus pais para ajudá-los a enfrentar a dolorosa perda, mas precisava de um tempo sozinho também, amava seu espaço, não podia chamar de lar, faltava algo, mas tinha tudo que um homem de 33 anos necessitava. Podia visitar seus pais e Elif aos finais de semana, afinal não estavam tão longe e falava todas as tarde com sua Princesa, ela era a alegria de seus dias, tudo que fazia era para fazê-la sorrir com mais frequência, ela era a coisa mais importante em sua vida.
Ao passar com o carro em um parque próximo, decidiu mudar de ambiente e parou para um rápido alongamento, começou a correr, primeiro em uma frequência lenta e aos poucos foi aumentando a velocidade. Após 30 min de corrida, decidiu para um pouco e sentar na grama, o tempo estava muito bom e o sol aquecia seu corpo. De repente, olhou e pareceu conhecer a garota há alguns metros de distância, havia algo familiar nela, ela estava sentada de costa, mas seu longo rabo de cavalo trazia cachos castanhos claro que brilhavam com o contraste do sol. Ela parecia meio atrapalhada ao tentar fazer carinho em um gatinho perdido, que parecia muito feliz por ter sido notado. Chegou um pouco mais perto e um perfume adocicado tomou conta do espaço. Não podia ser! Seria sua assistente Ada? Aquele perfume o perseguiu ao longo da semana, tentou fugir de casa para não pensar na bela Assistente que contratará, seus belos olhos insistiam em aparecer nos seus pensamentos e lá estava ela: como uma criança que recebe o melhor presente! Ela não era comum, ele percebeu desde que seus olhos a viram pela primeira vez, mas ela era só sua Assistente Pessoal e continuaria sendo assim, saiu de fininho para ela não perceber e a observou um pouco mais de longe. Chega Bora, hora de voltar a realidade! Entrou no carro e seguiu para casa dos pais, precisava ver Elif, ela seria capaz de fazê-lo colocar a cabeça no lugar, pensou.
Ada encontrou um gatinho preto pelo caminho e gostaria de levá-lo para casa, mas Leyla não permitiria mais um integrante na família, era o terceiro só naquele mês, com muito pesar despediu-se de seu amiguinho e voltou para casa, aquela caminhada renovou sua energia e a fez voltar aos sentidos. Bora era seu chefe e poderia mantê-lo longe do pensamento no final de semana, encontraria outras atividades para se ocupar. Assim esperava!
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Apaixonada por meu Chefe
RomantizmEssa é a história de Ada Tözün, uma garota sonhadora e determinada, tinha sonhos simples, como: ter um lar e um amor para quem voltar no fim do dia. Após ser indicada para uma vaga de Assistente Pessoal por sua irmã Leyla, conhece o exigente Bora Do...