Princess Justice - fanfic de Miraculous

PARTE VII

— Acorde Marinette. — dizia Chat Blanc. — O caos apenas começou.
Ela acordou bruscamente, sua visão fora roubada, era possível apenas sentir ondas de ódio como um mar vermelho e injustiça flutuando na espuma negra do mar.
— Olá Princesa Justiça, finalmente nos reencontramos.
— Saia da minha cabeça. — ela berrou.
— Mas com tanto potencial dentro de você, gostaria mesmo de perder essa oportunidade? Sua sede por justiça pode tornar Paris uma cidade melhor, junte-se a mim, eu lhe darei o que te faz tanta falta.
— Você é o motivo da minha frustração.
Ela se contorcia e agonizava contra aquela onda de ódio e fúria que batia contra seus escudos de resistência, Marinette sentia sua barreira mental ceder a cada segundo que Shadow Moth investia seu poder contra sua mente. Era uma violação perturbadora, seu corpo formigava conforme lágrimas quentes escorriam em seu rosto. Era inevitável, ela sabia, pois sua raiva tomava conta de cada parte de seu corpo, roubando o lugar do bom senso.
— Eu vou fazer você pagar caro. — Marinette declarou antes de ceder a aquela sensação de poder crescente que penetrava seus ossos, costurando cada DNA e modificando sua capacidade de agir.
Ela gritou, estridente até ficar rouca e sentir seu corpo ondular, emanando poder roubado, reivindicado, tomado por pura justiça. Luz incandescente emanou de seu corpo até que explodisse, devastando o que tinha por perto.

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Gabriel Agreste estava caído no chão atordoado com o que havia acabado de acontecer.
— Mas isso é impossível! — ele ainda estava transformado quando disse — Como ela cortou nossa ligação dessa forma?
Nathalie entrou no covil, estava com roupas de dormir esmagadas e surradas, com um corte na bochecha.
— Senhor, você está bem? O que aconteceu? O estrondo foi ouvido em toda Paris.
— Akumatizei Marinette, ela rompeu nossa conexão e roubou o poder que eu lhe dei, não posso controlá-la.
— Mas isso é possível? repeli um akuma é diferente de cortar a conexão.
— Eu não sei o que ela fez, mas preciso que você tire o Adrien da Cidade, sinto que Marinette vem atrás de mim, tanto como Shadow Moth quanto Gabriel Agreste.

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Chat Noir atravessou a janela e se deparou com um cenário de guerra, o impacto arrastou carros e destruiu janelas, Paris estava um breu, aparentemente sem rede elétrica. Ele não sabia o que de fato estava acontecendo, então começou a investigar, com uma velocidade surpreendente, Rena Rouge apareceu no encalço do gato, com o olhar assustado.
— Chat Noir, o que foi isso?
— Não faço ideia.
Os dois ouviram um estampido e seguiram o som, havia vozes, e no meio da praça, uma mulher de vestido branco como o próprio brilho de estrelas e botas cano alto caminhava serenamente na direção dos heróis. Em sua cabeça, um par de penas azuis como o céu ao anoitecer coroavam cada lado de sua cabeça, com peças em prata, pendurados tilintando conforme desfilava. Seus olhos foram vendados com uma faixa branca composta igualmente ao vestido, a capa translúcida em tons de branco até o mais profundo azul flutuava na brisa fria do rio.
A mulher sorriu com fúria em seus lábios, nos dedos havia um anel com um pingente de balança pendurado. Justiça encarnada nos longos cabelos esvoaçantes, era a própria condenação do Chat Noir, seus pensamentos estavam a mil, oscilando, precisava agir rápido.
— Sinto o cheiro de injustiça em suas garras, gatinho. — Sibilou a akumatizada. — sua Lady que foi tirada de você, um pai ausente e uma liberdade roubada. — como fumaça, Marinette apareceu em segundos na frente de Chat Noir. — Eu posso te dar o que quer, basta pedir.
Chat Noir estava em transe, era quase impossível se desvencilhar de tamanha influência e beleza. hipnotizado, ele fixou os olhos na dama.
— Eu lhe darei o que quer, basta um beijo como pagamento.
Ele titubeou, mas ousou perguntar
— Um beijo?
— Eu preciso de algo forte, um desejo tão forte quanto a justiça, me alimentando disso, posso continuar dando às pessoas o que elas querem. Neste momento, o sentimento mais forte é o seu amor secreto por uma mulher, este sentimento me dará força, o que você mas quer Chat Noir, é a chance de beijá-la, e dizer o quão importante ela é, falar que não importa o segredo que ela carregue, você destruiria tudo para tê-la, principalmente a lua e as estrelas.
Era incrível, conforme Marinette falava, as imagens passavam na cabeça do rapaz, iluminado de esperança. A voz suave da menina fazia carícias em suas orelhas, como se a qualquer momento ele fosse dormir.
— Como sabe disso? — Perguntou ele grogue.
— Posso ver mais do que pensa — ironizou —, eu sei quem você é, Adrian Agreste.
Chat Noir perdeu o chão, acordando do transe.
— Isso é impossível, como você sabe quem sou?
— Muitas pessoas acham injusto o fato de vocês esconderem a identidade. Tirei seus encantamentos para fazer justiça à pequena Chloe.
— Como assim, você é o Adrien? — e como se tivesse despertado de um transe, Alya acordou e viu a semelhança por debaixo da máscara.
Os heróis se posicionaram para atacar.
— Quem é você? — disse com ódio.
A menina sorriu.
— Quem você quer que eu seja, gatinho? — ela disse meiga — Meu tempo com vocês acabou, vou atrás do shadow Moth.
— O que pretende fazer? — Alya ficou espantada.
— Eu vou matá-lo.