16° Capítulo - Memórias

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— Kim Hayan On°—

Uma pontada dolorida se faz presente me fazendo colocar a mão no topo da minha cabeça, solto um suspiro enquanto mantenho os olhos atentos sobre a mulher, que por sua vez continuava calada.
A figura feminina parecia me estudar de todos os jeitos possíveis, os olhos escarlates pareciam me analisar até o último fio de cabelo.

Uma aura esmagadora começa a emanar da mulher, me deixando mais atordoada, fecho os olhos tentando recobrar os sentidos e expulsar a dor latejante no topo da cabeça.
Respirando fundo evitando amontoar os pensamentos e perguntas diversas sobre a mesma, afinal, quem iria garantir que ela fosse ao menos me deixar falar, ou sequer sair viva. Já está bem claro que a estranha a frente era níveis acima do meu.

"Porque o sistema me mandou para esse lugar? Quem é essa mulher?" , mas perco a concentração com uma respiração quente batendo contra o meu rosto, abro os olhos de imediato me deparando com a mulher.
O rosto da mesma toma uma expressão séria.

— Realmente incrível como ele não quer que você acesse as memórias, você está sentindo a dor latejante, mas ainda não é o sulficiente. Bom, vou dar uma ajudinha. — sinto a palma macia da mesma tocar em uma das minhas mãos, um choque passa por todo o meu corpo fazendo os cabelos da minha nuca se eriçar—

A minha visão se torna turva e logo me vejo apenas em um local escuro e totalmente frio, antes que eu pudesse falar algo uma luz avermelhada surge em meio a escuridão, com passos largos e confiante corro até sua direção, sem nem mesmo saber o porque.
Aos poucos ouço algumas vozes, me esforço a entender o assunto da conversa, mas prendo a respiração e paro abruptamente depois de reconhecer as vozes.
Uma lágrima desce por todo o meu rosto, logo dando início ao meu choro, fazia meses que não os ouvia. Os meus pais.
Limpo o rosto com o dorso da mão tentando acalmar a minha respiração, de fato, eu não me lembra ao certo do som de suas vozes, mas às reconheci.

Sinto uma mão pousar no meu ombro, levanto o olhar não acreditando no que via, as figuras brilhantes e avermelhadas dos meus pais sorriam de modo acolhedor.
A mulher de fios brancos toca o meu rosto levemente, acariciando o local, o meu pai, um homem moreno com curtos fios negros sorri e aperta a mão sobre o meu ombro, de alguma forma me passando confiança.
Rapidamente os abraço, minha mãe solta uma risada fraca e me aperta mais entre seus braços junto ao meu pai.

Eu: Eu senti falta de vocês, o que aconteceu? –pergunto com a voz chorosa enquanto desfaço o abraço–

Kim Jina: Sinto muito querida, mas éramos os únicos que podiam lidar com o perigo naquela dungeon, acredito que os outros caçadores estão a salvo. – um sorriso reconfortante fica estampado no rosto da mesma–

Kim Min-Ju: O mais importante, você também está a salvo, isso é tudo que importa para nós dois.

Eu: Mas porque resolveram aparecer agora? Em um lugar tão estranho?

Kim Jina: Sabe, quando levamos o golpe final, tivemos a oportunidade de te ver uma última vez. Esse foi o nosso último desejo.

Kim Min-Ju: Estamos orgulhosos de você filha, se tornou uma mulher incrível e uma caçadora muito forte! – o homem fala com a voz brincalhona– Tem alguma novidade?

Sinto a minha face se esquentar e viro o rosto rapidamente para o lado.

Kim Jina: Não acredito! Veja amor! Ela está gostando de alguém! – a mais velha fala animada– Conte quem é Hayan!

Olho para os meus pais com um sorriso sem graça, vendo o meu pai com uma expressão emburrada e a mulher pulando em volta dele enquanto festejava.

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