Capítulo 9 - Descoberta

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Escrita por Pink Potter

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Galera, a Pink_Potter tem um habito que eu não gosto muito... A historia está indo maravilhosamente bem, mas como outras historias dela, no final tem uma tragédia... então se preparem para uma montanha-russa de emoções.

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Hermione já estava no apartamento de Harry há quase quatro semanas. Certamente, ela conseguia sentir mais felicidades nesses poucos dias, que durante os anos em que viveu com Ron. Provavelmente o fato de Harry amá-la de verdade, como sabia que Ron nunca a amou, era a fórmula para dias tão maravilhosos. Sem falar no trabalho, o qual também estava dando-a diversas alegrias.

Harry também já tinha voltado a trabalhar. Ela tinha que admitir que pareciam um casal de verdade, que vivam há anos juntos. A convivência com ele era tão mais fácil. Estava preparando-se para deixar o hospital em que trabalhava, recordando seu primeiro dia...

Naquela manhã começaria a trabalhar. Apesar de não ser seu primeiro emprego, sentia-se nervosa, afinal, era seu primeiro na Inglaterra. Acordou cedo, depois de uma péssima noite mal dormida. Não encontrou Harry na cama, imaginou que ele estivesse fazendo o café da manhã. Sorriu. Pelo menos tinha Harry para acalmá-la. Passou praticamente à noite em claro, conversando com ela e animando-a em relação ao novo emprego.

Decidiu levantar, tomar um banho. Não tinha pressa, ainda eram sete horas da manhã. Encheu a banheira, entrando nela em seguida. Precisava relaxar. Fechou os olhos e sequer percebeu quando Harry entrou, até que ele se aproximou e começou a massagear suas costas.

- Vai dar tudo certo – ele sussurrou no ouvido dela, fazendo-a sorrir.

- Obrigada, Harry – ela se virou e o encarou, beijando-o logo depois.

- Então, mais calma? – perguntou ele.

- Não muito! – Hermione confessou. Harry tirou as mãos de suas costas e quando ela se virou para ver o motivo, o viu se despir – O que vai fazer?

- Fazer você relaxar – sorriu maroto para ela. Hermione se ajeitou na banheira para recebê-lo – Eu te amo! – sussurrou perto dela, depois começou a distribuir beijos pelo pescoço da mulher.

Aquela realmente fora a única maneira de acalmá-la; Hermione sentia-se segura quando estava nos braços de Harry. Quando terminaram o "banho", foram tomar o café da manhã que ele preparara. Não demorou muito, logo depois ela saiu para o trabalho. Harry seguiu para o ministério algum tempo mais tarde.

Antes de começar ficou meio nervosa, com o decorrer do dia foi se entrosando com os colegas de trabalho. No final do plantão já estava mais calma, e não temia mais o dia seguinte. Ao deixar o hospital, encontrou Harry parado em frente ao carro que ele tinha. Ela sorriu e foi até ele.

- E então, como foi seu dia? – ele perguntou.

- Eu sobrevivi – ambos sorriram – Aos poucos, acho que vou me adaptando!

- Claro que vai – ele acariciou o rosto dela – Vim te buscar, apesar de não saber se você ia gostar da ideia...

- Eu adorei, Harry – ele pegou a mão dela e beijou – Eu adoro qualquer coisa em você! – Harry a encarou com um largo sorriso. Era clara a sua felicidade de saber que estava conquistando-a.


Como imaginava, ele estava esperando-a. Ron nunca "perderia" tanto tempo assim com ela... Cada gesto, cada palavra e carinho de Harry faziam com que ela gostasse mais e mais dele. Bem lá no fundo, Hermione já sabia que estava começando a amá-lo, mas preferiu esperar um pouco mais... Falaria quando tivesse certeza.

- Boa tarde, amor – ele falou quando ela se aproximou. Como estavam em lugar público, não se beijaram.

- Boa tarde – Hermione respondeu – Então, conseguiu resolver tudo?

- Sim, tudo na mais perfeita ordem novamente – Harry ligou o carro e dirigiram-se para o apartamento.

- Que bom. Vamos poder sair hoje, então?

- Claro, comprei as entradas do teatro – ele falou apontando para o porta-luvas.

- Estava louca para ver essa peça – Hermione comentou – Harry...

- Oi?

- Recebi uma coruja do Ron hoje – ela disse, Harry olhou sério para ela.

- Que ele queria? – perguntou Harry.

- Saber por que não respondi as cartas dele... Provavelmente estão chegando em casa, mas como não estou lá... – Hermione lembrou – Disse que provavelmente chega na próxima semana, mas... Eu não contaria com isso!

- Mas ele já está adiando essa vinda há quase um mês! O campeonato já acabou – Harry disse.

- Eu sei, provavelmente está comemorando a vitória – ela baixou a vista.

- Não pense mais nele... Já disse que ele não te merece, meu amor – Hermione deu um pequeno sorriso. Chegaram ao apartamento – Não vamos deixar Ron estragar a nossa noite, certo?

- Certo. Vou tomar um banho... – Hermione lançou um olhar nele.

- Isso seria um convite? – Harry segurou-a pela cintura.

- Se você quiser pensar assim...

- Eu prefiro pensar assim! – ele mordiscou o pescoço dela.

- Ok, então é um convite! – eles sorriram um para o outro, antes de começarem a se beijar.

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Passaram alguns dias, desde a carta de Ron avisando que voltaria. Como Hermione imaginou, ele não cumpriu o que prometera, não voltando em uma semana. Contudo, ela não se incomodou. Não sentia mais nada pelo marido, e se queria que o mesmo voltasse era apenas para pedir a separação. Estava decidida.

- Diz de novo por que você tem quer ir? – perguntou Hermione. O dia estava apenas começando.

- Eu sou o Ministro da Magia e não tem ninguém que possa ir em meu lugar – Harry terminou de arrumar uma maleta, e foi até Hermione. Sentou na cama e a beijou.

- Mas eu vou morrer de saudade – Hermione falou fazendo uma cara triste.

- Você não deveria fazer isso – ele a abraçou, depois lhe beijou os lábios novamente – Ou pode provocar uma briga diplomática entre as sociedades bruxas!

- OK – eles sorriram – Mas amanhã você volta, não é?

- Volto sim, e vamos almoçar juntos, certo?

- Perfeito! – ela o encarou, a expressão de Harry ficou séria – O que houve?

- Eu não sei, mas... Se acontecer qualquer coisa, por menor que seja, basta mandar uma coruja que eu venho voando!

- Pode deixar – ela o abraçou forte – Eu te amo, Harry! – ele ficou estático. Era a primeira vez que ela dizia aquilo.

- Vo-você disse o quê? – perguntou ele a fitando, Hermione tinha um largo sorriso.

- Eu te amo, te amo! – ela repetiu, beijando-o em seguida.

- Ah, Mione! Essa era a melhor coisa que você poderia me falar! – Harry a abraçou – Eu também amo você!

- Eu já sentia isso há algum tempo, mas... Preferi ter certeza antes de te falar – Hermione explicou – É maravilhoso poder amar você!

- Agora eu sou o homem mais feliz desse mundo! – ele então viu o horário – Ah, eu não acredito! Logo agora vou ter que ir? Você planejou isso não foi? – Hermione sorriu – Queria me torturar...

- Talvez... Só um pouquinho! – Hermione brincou – Mas é melhor você ir... Como disse, não queria arriscar a diplomacia da sociedade bruxa!

- Tudo bem – ele levantou, mas não sem antes beijá-la.

- Eu amo você, Harry!

- Também te amo! – ele sorriu e depois saiu, mal se contendo de felicidade.

Depois que Harry saiu, Hermione se arrumou para o trabalho. O dia parecia estar custando a passar, provavelmente porque ela queria muito que Harry voltasse. Ao sair do hospital àquela tarde, resolveu passar em casa para pegar algumas roupas e levar para o apartamento de Harry. Aparatou perto da residência, caminhando sem pressa para lá. Estava começando a escurecer.

Hermione destrancou a porta e entrou. A casa estava em silêncio como todas as vezes que ela fora lá. Foi até as escadas, mas quando ia subir teve uma sensação estranha. Olhou ao seu redor e teve a leve impressão de que não estava sozinha. Balançou a cabeça, deveria estar imaginando coisas. Subiu as escadas e rumou até seu quarto. A porta estava aberta, mas Hermione tinha quase certeza que a deixara fechada. Antes de entrar, viu um homem parado perto da janela.

- Se não é minha querida esposa! – Ron disse sarcasticamente enquanto virava para encarar Hermione. Ela sentiu um calafrio ao vê-lo, não o esperava naquele momento.

- O que faz aqui? – perguntou Hermione entrando no aposento.

- Não sei se lembra, mas eu sou seu marido e compramos essa casa!

- Há um grande equivoco: eu comprei esta casa, com o dinheiro que ganhei durante todos meus anos de trabalho! – ela falou irritada.

- Ah, foi mesmo... Você e seu maldito orgulho! – Ron debochou, até aquele momento permaneciam bem distantes um do outro – Eu não havia entendido o porquê de querer comprar uma casa sozinha, afinal somos casados, mas acho que já entendi...

- O que quer dizer?

- Aqui deve ser o lugar que trás seus amantes, não é? – Ron disse secamente, sem se alterar.

- Oras, seu... – Hermione teve vontade de xingá-lo e esbofeteá-lo, mas se controlou – Eu não vou me rebaixar, Ron. Não sou igual a você!

- Ah, claro... Diferente de mim você só tem um amante – aquelas palavras a machucaram, como tinha coragem de confessar que tinha amantes? – Deixe-me adivinhar... Potter? É com ele que está tendo um caso? É ele quem a vizinha vê chegando aqui com você? RESPONDA!

- Desde quando você se interessa por mim? Não entendo por que isso agora, sempre me ignorou! – Ron começou a se enfurecer, mas Hermione mantinha-se calma. Ele se aproximou e segurou o braço dela.

- Eu não vou deixar você me fazer de imbecil! – ele apertou o braço dela com força.

- Por que não? Não quer sentir o mesmo que eu sentia quando você chegava com o cheiro das outras? Não quer ficar imaginando por que eu o preferi a você? – Hermione despejava aquelas palavras com mágoa. Conseguira, mesmo que sem intenção, fazer Ron provar do próprio veneno – Se hoje estou com Harry a culpa é apenas sua!

- Então admite? – naquele momento Hermione ficou com medo dele, uma raiva pareceu invadi-lo, e ela imaginou que fora porque comprovara que era Harry o "amante" de Hermione – Minha culpa? MINHA CULPA?

- Você está me machucando! – ela falou olhando para o braço, o qual já estava bastante vermelho. Ron não se importou, não a deixaria ir, ela era dele...

- Eu vou deixar uma coisa bem clara, Hermione... Você é minha... MINHA! – ela fez uma careta de dor ao sentir mais pressão das mãos dele em seus braços.

- Me larga! Eu não sou sua, não sou de ninguém! Harry não me trata como objeto, Harry me ama, me dá valor... – Ron fechou os olhos em cólera. Hermione tentava se soltar, mas ele era mais forte – E eu o amo! EU O AMO!

- Cala a boca! Cala essa boca AGORA! – Ron soltou um dos braços dela e com uma das mãos deu uma bofetada em Hermione. Um silêncio invadiu o quarto. Ela levou a mão livre ao rosto, a bochecha esquerda doía e provavelmente estava vermelha.

- Como você pôde? – seus olhos agora estavam marejados, quem era aquele homem? Como Ron se transformara naquele monstro?

- Hermione... – ele ficou pálido, como se estivesse tão atordoado quanto ela – Me perdoe...

- Você é um monstro – ele ainda a segurava – Tire as mãos de mim... TIRE AS MÃOS DE MIM! – ele obedeceu.

- Por favor, eu... Eu não sei o que deu em mim...

- Eu te odeio Ron, você conseguiu destruir tudo o que eu sentia por você!

- Espere – ele pediu – Eu te amo, por favor...

- Você não me ama, você se ama – Hermione ainda com uma das mãos sobre a face começou a andar em direção a porta do quarto.

- Hermione, espere – Ron foi atrás dela – Você não pode fazer isso comigo, não pode me deixar...

- Me esqueça, Ron – ela parou perto das escadas quando sentiu a mão dele puxar-lhe o braço.

- Já disse que você é minha – ele a encarou – Eu não vou perder pra ele!

- Me larga, Ron! – Hermione tentou se soltar dele – Já disse para você me largar...

- Eu não vou deixar, você é minha, só minha – ele estava fora de controle, Hermione se debateu, mas quando conseguiu se livrar das mãos de Ron perdeu o equilíbrio. Saiu rolando escada abaixo...


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Não falei que ia dar bosta...

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Cinco minutos... (RESPOSTADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora