— Corre Isabel! - a vista naquele momento era embaçada, a chuva caía de forma descontrolada e eu apenas derramava algumas pequenas lágrimas enquanto era puxada de forma estrondosa pelo quintal em direção a rua de trás, meus pais pareciam desesperados enquanto tentamos atravessar a estrada escura, apenas iluminada por um pequeno poste, ouço passos a nos seguir, papai segurava uma arma, enquanto minha mãe carregava uma singela mala com alguns pertences. — Amor o que iremos fazer? Agora eles nos acharam! - o parou com rapidez, com um olhar implorando por respostas.— Temos que sair o mais rápido daqui Maria! Eles não podem pegar a Isabel, isso nunca irá acontecer, eu prometo! - não conseguia entender até então o porque citavam diversas vezes o meu nome, meu pai chegava a gaguejar só de pronuncia-lo, me vi em um beco sem saída, mesmo sem compreender o que havia ali, sentia que algo muito ruim estava prestes a acontecer, como um gosto amargo que tomou conta de minha garganta pouco tempo depois de anunciarem a fuga.
— Parem de fugir! Não há mais saída para vocês dois! - um homem alto, com tapa olho e olhar obscuro se revelou ao ambiente,fazendo meus pais tremerem e me colocarem atrás de seus respectivos corpos, sua voz era imponente, maléfica, se vestirá como um justiceiro impiedoso, apenas olhou-me de cima a baixo e soltou um leve sorriso, minha única vontade naquele momento era de vomitar ali mesmo.
— Já tínhamos resolvido isso! Ele disse que ficaria longe dela! - meu pai engatilhou a arma apontando para o tal homem, que lançou-lhe uma piscada, logo aparecendo outros cinco caras extremamente carregados até os "dentes" .
— Você deveria ter pensado antes de engana-lo dessa forma! Eu só estou aqui pra fazer o meu trabalho, ou você facilita,ou irá sofrer as consequências, é simples! - abre os braços em soberania, demonstrando o que havia preparado para nós caso não colaborássemos.
— Mamãe eu quero ir pra casa! - sussurrei em angústia pelo fato de saber que estavam ali por minha causa, o que queriam de mim? Eu era apenas uma criança! Ao segurar suas mãos percebo o quão gélida se encontrará, poderia ser pelo fato de que nos últimos dias estava chovendo e o frio constante invadia a cidade, mas era bem provável que ela apenas se colocava completamente apavorada.
— Isabel a mamãe vai te tirar daqui, viu! - agachou-se e acarinhou meu sedoso rosto limpando uma de minhas lágrimas que se pusera a cair, papai ignorou o tal homem por alguns instantes, e me olhou como uma despedida, seu lindo sorriso acalmou meu coração, eu sabia que iria me proteger, meu pai nunca desistia de algo tão facilmente.
— Chega de mimimi! - aponta uma arma dourada em direção a minha mãe, que novamente me esconde no intuito de me acalentar. — Entrega a garota! - me observava com curiosidade e malícia, enquanto eu apenas queria fugir daquele lugar.
— Eu nunca entregarei a minha filha! Me ouviu, NUNCA! - em segundos vejo meu pai atirar em um dos homens o derrubando e partindo para cima dos outros, mamãe me puxa e corre em direção a casa mais próxima, enquanto corríamos, me pego triste ao ver meu pai se sacrificar por mim, ele já estava deitado e ensangüentado, virou a cabeça em nossa direção e sorrio novamente. — Eu te amo Isabel! - foi sua única palavra antes de morrer ali, no chão gélido e sem ter ao menos o conforto de sua família nesse momento.
— Não!! Manuel! - mamãe gritou com tanta força que seu corpo tremia de dor, ela se ajoelho no meio do caminho e desabou em lágrimas ao perder o seu único e verdadeiro amor! — Isabel, eu te amo minha filha, eu e seu pai sempre iremos te amar! - abraça-me e já percebo a aproximação do assassino.
— Corre Isabel! Seja feliz! - acelero os passos, e quando já estava um pouco distante do local, paro pelo forte soneto de tiros, aquilo me impactou, parecia petrificada, meu peito ardia, eu sabia que havia perdido as pessoas que mais amei na vida aquela noite. Em um impulso, apenas adiantei os passos, olhando ao meu redor em busca de ajuda, não vira mais os homens que até então me perseguiam, parando em frente a um casa com as luzes acesas e batendo na porta com toda força que conseguirá juntar até o momento.
— Socorro! Por favor abram a porta! - esperneava ouvindo barulhos vindo da residência, e logo após uma senhora abrindo-a com confusão em seu olhar.
— O que aconteceu com você?! - aproximou-se com cautela me analisando de cima a baixo.
— Eu sou Isabel Juana Castillo, mataram os meus pais, e estão tentando me matar!
Oi meus amores, muito tempo sumida né?! Estou me reerguendo e agora trouxe um novo livro para vocês, cheio de ação, sedução é muito perigo! Espero que gostem! E lembre de dar a sua opinião! 🧡
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Em sua mira
RomanceIsabel é uma policia conhecida pela sua força e sangue de justiça por onde passa, em meio aos últimos acontecimentos políticos em seu país, se vê em uma missão impossível, infiltra-se e investigar a maior facção espanhola, los Armendáriz, porém, mal...