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... Adultos estragam tudo, com regra e sermões, adultos estragam tudo, então vamos ser durões, adultos estragam tudo, que situação, adultos estragam tudo é muita perseguição...

— Malía? – ouço a voz da Madre Aidam e me viro para ela

   Não sei se é impressão minha, mas parece que sua pele enruga a cada dia que passa.

   Não sei se é impressão minha, mas parece que sua pele enruga a cada dia que passa

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— Oi. – larguei o quebra cabeças – Está na hora da janta?

  — A hora da janta já passou agora é o toque de recolher. – veio até mim e começou a recolher os brinquedos – Mas guardei pra você, está dentro do microondas.

  Assenti e me levantei. Ela me vira de costas e começa a pentear meus longos cabelos em silêncio, assim como todos os dias.

— Senhora Aidam?

— Sim?

  Comecei a entrelaçar meus dedos um nos outros.

  — Por que sempre quando penso na minha mãe vem a imagem do castelo na minha cabeça?

A irmã Aidam para o que ela está fazendo largando meu cabelo. Me viro pra ela e ela está paralisada me encarando. Eu disse algo de errado? Na verdade... Sempre quando eu falo da minha irmã ela fica... Paralisada, mas agora que falei do castelo...

— Olhe pela janela. – Ela diz e eu franzo o cenho

   Sem questionar, ando lentamente até a janela, e tomo um susto perante o que vejo. Lá está o castelo, no jardim da igreja, e tem um trono do lado de fora, uma moça de cabelo castanhos dourados está correndo segurando a barra do vestido preto para não sujar de lama, estreitei meus olhos para ver bem seu rosto, até que ela me percebe e para ao me ver e acena pra mim.

  Não aceno de volta, só fico parada a vendo acenar para mim, quando de repente uma mulher de cabelos negros aparece atrás dela com uma coroa brilhante nas mãos.

— Você a esqueceu novamente, e dessa vez estava debaixo da sua cama, Malía.

Malía?

— Obrigada mãe.

   Mãe?

  .... .........

  Abro os olhos sentindo meu coração disparar forte, logo me sento na cama.

Já sonhei sobre o meu passado, ou minha família biológica, mas não assim. Já estou me vendo pensando nisso o resto do dia, mesmo que não faz nenhum sentido.

  Coloco a camisola e resolvo tomar um pouco de água e ar fresco.

Moro em um convento desde os meus 4 anos. A Madre Aidam cuidou de mim e me ensinou tudo que sei, tanto etiquetas desde a função de uma freira. Me formei no ensino médio com 16 anos, quando eu vim pra cá disseram que eu tinha 4, eles nunca me perguntaram até eu estar no segundo ano, eu estudava no Concórdia, uma escola particular, próximo igreja, porém as crianças do abrigo não pagavam, quando completei os meus 17 decidi começar a estudar e me tornar oficialmente uma freira, fiz o acompanhamento na igreja e espero um dia me tornar uma Madre assim como Aidam.

Não Negue A Coroa + 18Onde histórias criam vida. Descubra agora