Naquela mesma noite permitimos nos amar pela primeira vez
Foi a melhor sensação de minha vida, saber que alguém me amava na mesma intensidade que eu o amava
Dois dias depois Thomas acordou sentindo dores muito forte e dificuldade de respirar direito, tendo que ser hospitalizado urgentemente
Estava sentada na sala de espera enquanto olhava a última foto que tiramos no dia do meu aniversário
— Você é a Lily? — um médico se aproxima de mim
— Sim, aconteceu algo?
— O senhor Thomas está pedindo para que vá o ver em seu quarto
Vou rapidamente até seu quarto o vendo deitado, vê-lo daquela forma estava me machucando muito eu podia ver o quanto ele estava mal e não estava aguentando mais, sua pele parecia tão pálida
Ele apenas bate levemente em sua cama para que eu me aproximasse
— Você não acha que a vida é curta demais para eu poder te amar? — fala com dificuldade — Eu prometo te amar na próxima
— Na próxima eu serei sua, até ficarmos bem velhinhos oque acha?
— Eu amo a idéia
— Me promete?
— Sim — pega levemente minha mão
— De dedinho?
— De dedinhos — tocamos nossos dedos enquanto riamos e choravamos ao mesmo tempo
Mas do nada seu sorriso vai diminuindo
— Eu te amo — Sussura baixinho
— Oque? — olho para o aparelho — Não, não, ei, por favor não me deixe agora hum? A gente ainda precisa viver o nosso conto de fadas lembra?
— Eu te amo — Sussurra novamente
— Eu também te amo
Seu aparelho começa apitar indicando seu último suspiro
Foi tudo tão rápido!
Dia 14 de abril, dez e quarenta e oito da noite, exatos três dias depois do meu aniversário, Tom, se despediu desse mundo, meu primeiro amor e talvez o único, deu seu último adeus
Eu ainda queria poder vê-lo sorrir, continuar ouvindo suas risadas, mesmo que doa dizer adeus, não acho que foi um, porque ele nunca será esquecido
Por que o universo foi tão cruel com a gente?
Realmente é como dizem, as almas gêmeas estão destinadas a se conhecerem mas nunca a ficarem juntas.