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Victoria pov's

É mais um dia da minha vida tediante, pelo menos no final de semana vou para Los Angeles, sair desse fim de mundo.

— Acorda de uma vez e vai tomar um banho que a gente vai sair- levo um susto quando meu pai entra no quarto. —E sem enrolação.- sai batendo a porta.

— Bom dia pra você também- Levanto e vou pro meu banheiro, tomo banho quente e rápido pro meu pai não ficar enchendo o saco.

Termino de me arrumar, coloquei uma calça jeans rasgadas e um dos meus blusões, limpei meus piercing, botei meus anéis e desci.

— Finalmente- meu pai fala - Vamos ir na casa da tia Sandy

— Sério? Mas que merda- Odeio minha tia, e com rações.

— Olha boca, ela não vai gostar nada desses seus piercing ai, não tem como tira?- Ele aponta pro meu nariz

— Não- digo simples

— Tudo bem, então vamos de uma vez.- Fomos até a garagem e entramos no carro, sou obrigada a ir ouvindo as músicas do meu pai. - Sua tia vai gostar de te ver

— É pode ser.- falo sem animação.

Minha tia é insuportável, depois que minha mãe faleceu ela acha que pode a substituir, fica mandando em mim, é um saco.

Não demora muito pra chegarmos, meu pai para o carro na rua de trás da casa dela, o que é estranho já que geralmente ele para bem na frente.

— Porque parou aqui?- Pergunto quando saímos do carro

— Você vai ver.- Chegamos na frente da casa e percebo que tá cheio de carros, até no jardim de outra pessoa. ótimo a família inteira vai tar aqui

— Porque não avisou que é almoço de família?

— Por que não é- meu pai toca campainha.

— Se não é almoço de família, o que são esse tanto de gente?- pergunto referindo aos carros.

— Uns amigos- Minha tia fala abrindo a porta. - E antes que pergunte pedi pro seu pai te trazer pra você fazer umas amizades, você tá sempre tão sozinha e solitária, parece uma depressiva, e tenho certeza que vai gostar deles.

— É sério isso?- Olho pro meu pai

— Faz um esforço pelo menos- Ele dá um sorrisinho e um empurram de leve no meu ombro.

— Vamos, entrem- Minha tia abre mais a porta

— Eu te recompenso por isso depois.- Meu pai sussurra pra mim.

Pelo menos vou ganhar uma grana.

Meu relacionamento com meu pai nunca foi tão ruim, mas piorou muito depois que minha mãe morreu, ele ficou distante e tive que lidar com a dor do luto sozinha enquanto ele lidava bebendo, além de me deixar sozinha por semanas enquanto ele saia sei lá pra onde. Com isso eu comecei a ficar com a minha tia, foi os piores três meses da minha vida, ela é conservadora e não deixava eu fazer nada, além de me xingar todos os dias.

Entro na casa e tem um rio de pessoas vestidas muito bem, tudo engomadinho de nariz empinado, eu mereço.

— Sandy cadê o Luke?- Luke é um cachorro Golden que minha tia tem.

— Acho que tá no jardim, mas antes vem comigo comprimentar algumas pessoas e depois te levo até ele.- ela fala com as mãos nas minhas costas e sorriso falso.

— Obrigada, mas não precisa.- Vou direto pro jardim nem comprimento ninguém.

Acho o Luke preso no jardim.

— Oi garotão, quem te prendeu aqui em?- Ele vem correndo até mim e me abaixo pra fazer carinho nele.

— Oi- escuto uma voz e olho pra trás, uma garota com cabelo ruivo está me encarando.

— Oi... É... Não vi que você tava aqui- ela quebra o contato visual e olha pro Luke me lambendo

— Tudo bem- ela joga um cigarro na grama e pisa nele.

— Minha tia sabe que você tá fumando no chique jardim dela?- me levanto do chão. Minha tia odeia que sujem a mansão dela, por isso tem uns trinta empregados nessa casa.

— Prazer Julie- ela da um sorrisinho e ignora totalmente minha pergunta

— Prazer Victoria- retribuo o sorriso.

— Você mora na cidade?- tento puxar assunto depois do silêncio constrangedor que ficou

— Na verdade não, moro em Los Angeles.

— E o que veio fazer em Londres?- pergunto com a cara mais interessante que tinha, mesmo não estando nem ai.

— Sua tia me chamou pra resolver uns planos pra ela.- ela da uma risada rouca

— que?- pergunto confusa, isso foi estranho, planos? Minha tia nem trabalha, quem sustenta ela é meu tio.

— Deixa pra lá, só vim resolver algumas coisas de trabalho- ela cruza os braços

— Sei...- e o silêncio constrangedor voltou

— Já foi pra Los Angeles?- ela quebra o silêncio

— Não, porém eu vou nesse final de semana.- acho que não deveria ter contato isso pra uma estranha que acabei de conhecer mas agora já foi.

— Deixa eu adivinhar, na festa das neves né?- a ruiva ergue as sombrancelhas e olha fixamente pra mim.

— Exatamente- dou uma risada sem graça

— É uma das melhores discotecas, a cidade toda fica sabendo, aliás eu sou amiga de alguns produtores da festa, se quiser você pode ir comigo daí não precisa pagar pra entrar.- fala mexendo as mãos

— A não sei...- o remorso aparece no meu tom de voz

— Bom- ela pega um papel no bolso da sua calça e uma caneta, porque ela tem isso no bolso da calça? — Fica com o meu número caso mude de ideia.

— Tá bom- minha intuição fala pra mim não ir com ela, mas o que minha tia disse apesar de escroto é verdade, eu preciso de amigos. — Talvez eu te mende algo...- dou um pequeno sorri a ela.

— Ok, agora eu já vou indo- ela da um tchauzinho e sai.

— Ok agora é só eu e você de novo Luke.- me sento ao lado do cachorro.

Isso foi um pouco estranho, ou foi só conhecidência? Ela mora em Los Angeles e é amiga dos donos da festa, e foi uma conversa tão pequena... Sei lá acho que sou muito paranóica.

Talvez eu tenha que dar uma change de fazer novas amizades. Eu amo estar sozinha comigo mesma, mas ser solitária nem sempre é bom, não quero me sentir abandonada a vida toda.




































































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Oiioii, o cap ficou pequeno pq é o primeiro mas depois vai vim uns mais grandes. É isso bjos na bunda 😘😘

I'll make you remember me  ≠ tokio hotelOnde histórias criam vida. Descubra agora