ℳ𝒾𝓃𝒽𝒶 ℛ𝒶𝒾𝓃𝒽𝒶

Segundo capítulo

Keva Engerrard

Foi assim que meus pais me chamaram quando nasci. Um nome bonito até, talvez outras pessoas colocariam tal nome em uma bebê esperado, um bebê amado e cuidado... Isso não aconteceu comigo.

Eu sou filha de Albert Engerrard, um rei um tanto quando sádico. Preocupado apenas com seu bem estar, quantas mulheres chuparia seu fodido pau, ou quanto ouro seus quartos teriam para usufruir. Talvez eu até seja um pouco ousada em mencionar sua personalidade, mais se estou aqui pra contar a minha história, farei isso do jeito certo.

22 ANOS ATRÁS

-AHHHHHHHH

-Vamos rainha! Força, se não o novo herdeiro irá morrer! _ a parteira real quase berrava nos ouvidos de sua rainha.

Ouvindo o pedido da parteira, a rainha começou a empurrar o seu tão odiado filho. Sim, odiado, ela não queria outro filho, até porque assim a grande herança do rei teria que ser dividida para o ser que expulsara de seu corpo e sua tão amada filha de um ano que estava em seu quarto com a sua ama de leite.

-Nasceu! rainha é uma menina!! _ a parteira gritava emocionada, segurando a pequena criança com cabelos negros que berrava aos quatro ventos que havia nascido.

Enquanto no reino todos comemoravam a vida da nova princesa, aqueles que mais deveriam estar felizes olhavam o pequeno bebê com desprezo em suas feições.

17 ANOS ATRÁS

-Keva! Saia daí, você irá destruir o vestido. _ sabe quando vc sabe que não deveria fazer algo mais mesmo assim persiste naquilo? Bom, a princesinha Keva com agora 5 anos corria pra escalar a macieira do Jardim real enquanto sua babá corria atrás de sim gritando em planos pulmões para que a menina para-se, mais a menina só ria e corria mais.

-você não me pega baba!_ a empolgação da menina fazia os outros empregados rirem. Afinal, a menina era muito danada e sapeca, seu passa tempo preferido era ir a feira comer os frutos que o povo dava sentada no chão com as pernas abertas enquanto balançava seus pés distraidamente.

-Pare agora Keva! _ a voz imponente da rainha chamou a atenção da pequena menina que parou e encarou o chão. O medo era evidente em suas feições, pois sua mãe iria colocá-la de castigo, depois de a machucar.

-M-mamãe, eu... Eu tava brincando e, e...

As palavras da menina foram cortadas, quando a rainha atingira seu rostinho. A babá como muitas vezes abaixara a cabeça pra não ver mais uma impunidade contra a menina doce que sofria abuso naquela prisão chamada de Castelo.

- Obedeça a sua babá, antes que eu te quebre todinha. _ as palavras apesar de ser pronunciadas baixas ainda continham um aviso, aviso esse que fez a linda garotinha se encolher e andar até sua babá e pegar a sua mão. Uma forma de dizer que iria com ela.

12 anos atrás

-Mova suas pernas _o instrutor falava enquanto levantava sua espada de madeira e se lançando na direção da princesa, que desviou e contra atacou.

Os bateres das madeiras eram rítmicos e constante. Keva gostava da esgrima, apesar de ter 10 anos agora e ter que praticar costura e coisas de moças como sua irmã fala, ela barganhou com seu pai para que a deixa -se praticar alguma arte de defesa quando o viu entrar no quarto de uma das empregadas do Castelo.