❝ ғʟᴏʀᴇsᴄᴇʀ ❞

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Andando pelo castelo Bela notou uma decoração nunca vista antes, os móveis e cortinas estavam arrumadas demais, jarros de flores se espalhavam por todo lado e ao olhar pela janela notou também os arbustos devidamente cortados e alinhados. Sendo empurrada por alguém que ela notou ser o cabideiro.

- Ei para - ele lhe empurrou até seu quarto, Bela olhou ao redor sentindo um cheiro diferente, viu uma banheira preparada com pétalas. Olhou para a Sra.Pott e seu filho.

- O que é tudo isso ?- pergunta se aproximando.

- Vamos te arrumar Bela e você vai ficar linda, não é mamãe? - Chip pergunta olhando sua mãe.

- Claro, Bela temos uma surpresa pra você mas preciso que não faça perguntas e obedeça - fala gesticulando com a alça.

- Acho que vou me arrepender - ela puxa uma corda soltando seu vestido que cai no chão sem dificuldades.

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- O que tá aprontando Lumière? - perguntou o homem na banheira enquanto era escovado pelo cabideiro.

- Eu ? Nada - fala exibindo um sorriso enorme.

- Claro que tá - fala. A fera fechou os olhos como instinto quando sentiu um balde de água ser jogado em sua cabeça.

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No alto do "altar" o casal se encontrou. Bela vestia um lindo vestido amarelo e a "fera" usava um "terno" azul. O piano começou a ressoar no local atraindo a atenção dos dois, caminhando um para o outro os dois sorriram ao se encontrarem e deram as mãos descendo os degraus.

Caminhando até o salão eles se olham, sentimentos que nem eles entendiam pareceram ter se materializem dentro deles. Olharam ao redor vendo o candelabro e o relógio em cima do piano. Se cumprimentaram e deram as mãos iniciando a dança. Bela o guiou e a fera lhe fez rodar em seguida. Caminhando até o centro do salão e seguindo os passos Bela olha. As luzes se apagam dando lugar as velas que se acendiam.

Agora perto da finalização da dança Bela sorri consigo mesma, tentou de todas as formas parar de pensar nele mas sempre falhava. Sempre que seus pensamentos lhe davam uma trégua seu corpo respondia, seu coração acelerava, seu corpo entrava em combustão, acabava rindo sozinha por lembranças suas com ele. Lembrou de quando sentiu algo em seu estômago, borboletas, lembrou-se também de corar só em pensar que ele lhe escavarava. Sentiu as mãos tremerem quando ele lhe entregou uma rosa, sentiu suas pernas fraquejarem quando ele lhe segurou para que não caísse, sentiu um choque percorrer a sua mão quando tocou na dele e acima de tudo, sentiu um medo inexplicável quando pensou que os lobos podiam o matar.

Quando ele lhe toca, quando ele a encara concentrado em suas histórias, quando ele ri exibindo seu belo sorriso, quando ele se preocupa com ela, quando ele revira os olhos por perder alguma briga. São esses momentos que a fazem quase perder o ar, são os momentos de alegria que lhe fazem sentir viva e os momentos de tristeza e raiva que a fazem cair, mas são todos esses momentos que lhe fazem entender uma coisa. Que ela o ama.

Ele suspirou, temia o que estava sentindo, não queria se magoar novamente e nem magoar ela. Olhou em seus olhos e lá viu um lago cristalino, viu a lua refletindo na água, viu as estrelas brilhando como nunca viu. Sentiu seus pelos arrepiarem ao vê-la sorrir e curvar a cabeça como se pensasse na mais bela coisa, ele não sabia mas pensava neles. Lembrou de quando ela fez esse mesmo movimento mas rindo por ganhar uma discussão, gostaria de ouvir ela rir mais vezes, gostaria também de vê-la envergonhada como ficou quando lhe ofereceu uma rosa, gostaria de ver ela brava por não ter prestado atenção no livros, estava concentrado demais nela.

ᴀ ʙᴇʟᴀ ᴇ ᴀ ғᴇʀᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora