Uma linda mulher andava por uma floresta, perdida e solitária. A neve cubria todo o seu caminho. A medida que andava sentia seus pés afundarem na neve, seu vestido longo e sua manta ajudava no frio mas se continuasse assim poderia pegar um resfriado ou algo pior. A lua iluminava seus passos e as rosas ao seu redor lhe dava uma certa segurança.
No alto um homem coberto por uma manta que impossibilitava qualquer um de ver sua face observava a mulher andar sempre hesitante. O cavalo branco ao seu lado recostou a cabeça ao lado do homem chamando sua atenção, ele se vira olhando nas grandes orbes do animal e lá vê o que muitos humanos não tinham, inocência. Passando a mão na pelagem do cavalo ele sussurra algo. O animal logo se afasta e ele observa seu caminho.
A mulher deu alguns passos mas parou ao perceber seu redor escurecer, olhando para cima ela pôde ver a lua coberta por nuvens, estranhou, antes não havia sinal algum de nuvens. Ela olhou ao redor e se assustou ao ver um cavalo parado lhe olhando. Respirou fundo olhando o animal exuberante, curvando a cabeça um pouco pro lado ela notou uma corrente fina de puro ouro ao redor do pescoço do animal. Se aproximou.
- Ora, está perdido?- Ela pergunta ao animal tentando se aproximar sem assusta-lo, sem se importar ele sai andando em direção ao espinhos da grande roseira.
- Não vá por aí - A mulher levanta a mão e corre para parar o animal mas para chocada ao ver os espinhos abrirem espaço para que ele passe.
Com um olhar o animal simboliza para que ela o siga, ainda espantada ela segue ele, estava no meio de uma floresta perdida, com fome, frio e cansada. "Pior que isso não pode ficar" ela pensa consigo mesma.
- Pra onde está me levando?- ela pergunta como se o animal fosse a responder. Sem obter resposta é óbvio, ela o segue em silêncio.
Depois de cerca de apenas 5 minutos andando, eles chegam a um jardim. Olhando ao redor a mulher percebe um grande castelo que ela reconheceu rapidamente. Engolindo em seco ela tenta voltar pelo mesmo caminho dando de cara com puro espinhos. Ouvia várias e várias histórias a respeito daquele castelo e apesar de não acreditar nessa superstição, tinha total consciência de que pra alguém receber o apelido de fera boa coisa não era. O cavalo atravessou sua frente e ela o seguio com o olhar até parar perto de um homem, ofegou ao perceber a diferença de tamanho entre ele e os homens que ela conhecia. Ele era alto...muito alto.
- Quem é você ? - a voz rouca e estrondosa se fez presente, automaticamente a mulher deu um passo para trás e abaixou o olhar ouvindo-o suspirar.
- Quem é você? - ele pergunta novamente mas dessa vez a mulher pôde sentir uma certa levesa apesar de continuar rouca.
- Bella - ela responde se praguejando por parecer tão fraca.
- Estava perdida Bella ?- ele pergunta, a mulher assente e cruza as mãos mas as separa de mediato por sentir uma ardência, o ato fez o homem olhar suas mãos percebendo um corte na esquerda.
- E está ferida, deveria tomar mais cuidado em uma floresta - ele fala, Bella engole em seco ouvindo-o se aproximar.
- Não me machuque por favor - ela fala ao sentir as mãos dele em seus ombros, diferente do que ela pensou ele não se afastou e muito menos a atacou, ele apenas pegou sua mão despejando um pouco de seiva de um recipiente no corte.
- É velame, vai arder um pouco mas vai ajudar a não infeccionar- ele se afasta um pouco e a mulher suspira finalmente o olhando.
Sempre ouvira que ele era um monstro horrendo, com chifres, presas e garras enormes. A parte dos chifres era verdade, o homem ostentava de chifres não feios mas exuberantes, podia ver presas também mas não era nada como as pessoas descreviam, era alto e tinha pelos que cobriam a pele mas de forma alguma ela podia dizer que ele era feio. Seus olhos enormes e verdes analisavam a mulher da mesma forma que ela o analisava. Ela encolheu os ombros ao ver ele se aproximar novamente. Pondo a mão na manta que ela vestia ele desceu as mãos até uma bolsa e de lá tirou uma rosa.
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ᴀ ʙᴇʟᴀ ᴇ ᴀ ғᴇʀᴀ
Fiksi PenggemarSerá que alguém realmente poderia amar um "monstro"? O verdadeiro amor atravessa barreiras, quebra correntes e maldições. Aqui escrevi uma versão diferente e minha da Bela e a Fera. Não lhes garanto um final feliz mas garanto uma bela história. Conc...