1 - Um coelho humano

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Ao abrir meus olhos, lugar escuro, barulho de cesta balançando, grilo cantarolando, sapos, vento, o ar está fresco, som de passos, duas pessoas conversando.

- se formos um pouco mais adiantes, estaremos no território inimigo - murmura.

- vamos cuidar disso...

(estou... dentro de uma cesta?)- ergue para tentar vê o lado de fora - (a propósito faz sentido, minha madrasta queria muito se livrar de mim, agora depois que meu pai morreu, ela está mesmo fazendo isso)

- O padre não comprovou que era uma maldição do Deus das Bestas... mas a rainha quer se livrar dela para não estragar o reino

... Vocês estão falando de mim...

*passado*

Papai, por que você está tão grande? tão longe ? - assim me dei conta que tinha virado um coelho, julgada por todos, meu pai me escondeu - Não acho que isso veio dos Leblanc, mamãe teria falado isso pro papai, ele saberia disso... saberia?

Tenho 10 anos agora, ninguém ainda descobriu o que houve comigo, muitos dizem que é uma maldição por ser filha de Leblanc. Atualmente meu pai se casou, não vou muito com a cara de minha madrasta, sinto que ela não é confiável.

- porque diabos você insiste que ela voltará ser Humana - Grita minha madrasta.

- Eu não vou desistir de minha filha... - diz meu pai

- Maldição do Deus das Besta, acha mesmo que tem solução...

(Me desculpe, pai...)

Antes do meu 11º aniversário meu pai morreu, logo eu tive que acha um jeito de sobreviver já que ninguém dava a mínima para mim, dias depois descobri que minha madrasta mandou matar a moça que cuidava de mim. percebi que minha comida estava diferente, me sinto mal todos os dias, mas esquecida e presa em meu quarto.

(Eu gosto de você Evy...) Cadê você agora, porque não estou mais na mesma época que você, nem sei se encontrai você nesta época.

(É tudo minha culpa...)

Eu já morri duas vezes e vou morrer de novo hoje, eu sempre lembro das minha reencarnação, mas em todas elas eu não vivo por muito tempo, ou sou amaldiçoada, atropelada, agora abandonada numa floresta. Estou morrendo de medo, doe muito...

(Deus... se eu orar... talvez um dia...)

Som estranho, cesta cai no chão... Cá estou eu, correndo pela floresta para não ser devorada por lobos - se eu não tivesse pulado... - minha madrasta me envenenou de todos os jeitos, vendo que eu não morria logo, mandou jogar eu no meio da floresta - adeus vida, não aproveitei muito, pois sou um coelho... - assim me despeço de minha vida.

An, onde eu estou, estou viva, não espera... - ao olhar para mim, estou em forma de humana...

!!Continua!!

A rainha é um coelho!?Onde histórias criam vida. Descubra agora