Rebirth | Jjk + Pjm

Capítulo Único.

São 16 mil palavras, pessoal.
Leiam com paciência, bebam água.
Beijinhos, boa leitura!

Era noite.

Ele estava mais do que pronto. Finalmente colocaria em prática todas as coisas que havia arquitetado durante tanto tempo. Sentia um gosto ferroso na boca, não sabia identificar bem o que era, mas depois de um tempo, percebeu ser sangue. Estava mordendo o lábio inferior tamanha sua apreensão. Eram seus vícios: cutucar a parte interna da bochecha com sua língua, e morder o lábio quando muito nervoso. Não sabia lidar muito bem com seus sentimentos, então manifestava da maneira que achava mais conveniente.

Tudo estava se encaminhando para que ele finalmente pudesse sentir um pouco de poder em suas mãos. Finalmente sentia que poderia fazer com que as pessoas que causaram tanta dor nele e em seu irmão, pudessem pagar por tudo. Um por um. Cuidaria de cada um deles, lenta e dolorosamente, afinal, já tinha vários planos de tortura arquitetados em sua cabeça para todos eles. Alguns já até haviam sido executados, tudo de forma limpa e plena, o que acabava sendo motivo de orgulho para si, sentia que algo estava a seu favor.

E talvez estivesse mesmo, Jungkook.

E, para aquele que mais odiava, sonhava em usar um alicate para arrancar unha por unha de suas mãos, para depois partir para os dedos, e finalmente usar um machado para cortar os membros fora. Partiria para a boca, removendo dente por dente dali, até que não restasse nada.

Gostaria que aquele homem se tornasse irreconhecível até mesmo se analisassem sua arcada dentária.

E ainda sentia que poderia existir a possibilidade de não estar satisfeito em ver Park Junghwa se fodendo dessa maneira. Sentia que queria mais, queria ver ele sofrendo por meses, amarrado em uma cadeira, sem comer ou beber nada, defecando nas próprias roupas e chorando, pedindo por misericórdia.

Queria que ele pagasse por tudo. Tudo o que eles causaram para o si, e para Hoseok, seu irmão. Todas as lágrimas, desespero, dor e sangue gerados por um egoísmo e covardia sem fim daquele homem contra duas pessoas que na época, eram praticamente crianças.

Como conseguiam venerar alguém como ele? Não podia julgar aos que o faziam de qualquer forma, porque não conheciam a verdadeira face daquele homem. Era extremamente respeitado e considerado uma pessoa de alta classe, fazia parte da burguesia de Seul, mas ninguém realmente o conhecia e do que foi capaz de fazer. Covarde.

Hoseok conseguia ser ainda pior que Jeon Jungkook. Mal falava. Sentia que nele já não havia mais humanidade, sentimentos ou apreço. Mas o Jeon não culpava o mais velho, afinal, após tudo o que passaram, estava evidente que eles não ficariam intactos psicologicamente. Sofriam com a dor da perda todos os dias. A dor de serem agredidos, cortados, deixados sem comida por dias, e tantas outras coisas que lhe ocorreram. Tudo por causa dele.

E nem sabiam o porquê daquilo. Era uma luta que, a princípio, não era deles, mas que eles pagaram.

Jungkook queria arrancar os olhos daquele homem. E nada tiraria isso de sua cabeça. Faria o que fosse necessário para ter sua vingança escorrendo pelas suas mãos, como o sangue daquele filho da puta.

E ele faria isso, e acabaria com qualquer um que passasse em sua frente. Qualquer um.

E naquela noite, foi o que aconteceu.

🦢

- Eu já disse que não posso estar lá, Jimin. Por favor, não insista mais uma vez com a mesma historinha de sempre - a mãe do Park falava pelo telefone, com aquela voz tediosa e infeliz de sempre. Parecia que fazia tudo por obrigação, e a apresentação dele pela primeira vez conjuntamente com a orquestra filarmônica em Seul não parecia significar absolutamente nada para ela.