É Só o Vigésimo Sexto.

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( passado )

Jeongguk conseguiu explicar resumidamente para Taehyung como aconteceu, deixando várias partes de fora, para evitar uma reação ainda mais negativa de seu primo. Ele suspirou aliviado, ao ver que Taehyung havia se acalmado após a explicação.

Taehyung: Entendi, ele ... Mas mesmo assim ainda não confio naquele bobo. Tenho medo que ele esteja se aproximando só pra magoar você, Jeongguk-ah. Seu irmão mais velho se preocupa com você. - Ele disse carinhoso, fazendo um carinho na cabeça de Jeongguk e bagunçando sua franja, fazendo o Alfa mais novo sorrir e fechar os olhos, corando.

Taehyung amava muito seu pequeno primo Jeongguk e portanto havia criado um laço de proteção tão forte que não se podia ser quebrado. Se Jeongguk estivesse triste, Taehyung também ficaria e se Jeongguk estivesse feliz, Taehyung ficaria igualmente feliz por ele.

Então, se Jeongguk está feliz com sua nova amizade com Park Jimin, Taehyung obviamente ficaria feliz com ele. Mas não abaixaria sua guarda por causa disso, ficaria de olho no Ômega a partir daquele momento.

Duas semana se passaram, e Jeongguk e Jimin continuaram a se encontrar para comer bacon. Não falavam muito, a maioria das vezes era o Ômega que falava e Jeongguk respondia de vez em quando. Os dois ainda não eram tão próximos então não tinham muito o que conversar.

Hoje iriam se encontrar novamente e Jeongguk já estava se preparando para ir se encontrar com o Ômega. Ele vestiu uma camisa cinza simples, com uma blusa xadrez azul escuro e uma bermuda jeans.

O Alfa foi para a frente do espelho e colocou a mão por baixo da franja e a levantou, deixando sua testa a mostra. No centro de sua testa havia uma pequena marca de corte, na diagonal, já totalmente cicatrizada. A cicatriz parecia ser bem antiga.

O Alfa só deu uma olhada rápida na cicatriz e depois soltou a franja, que caiu graciosamente tampando sua testa e um pouco de seus olhos claros como caramelo.

Ele se encarou durante algum tempo na frente do espelho, se alto julgando. Jeongguk não tinha uma opinião própria sobre si mesmo, ele não se achava feio e nem se achava bonito.

"É nessas horas que eu preciso de alguém para me dizer como estou..." Jeongguk pensou, melancólico, seus olhos ficando um pouco marejados.

Ele franziu as sobrancelhas e balançou a cabeça, tentando se manter forte, coisa que não ele não era.

O Alfa saiu de seu quarto e caminhou de modo hesitante e tímido até o outro quarto da casa, dando uns toques fracos na porta e, como não recebeu resposta, empurrou a porta devagarinho.

— M-Mãe...? — Ele perguntou, tímido, entrando no quarto.

A Ômega estava sentada em uma cadeira, perto da janela, sentindo a brisa fresco balançando os fios de seu cabelo azul petróleo. Quase todo seu rosto estava deformado, quatro marcas de garras estavam cicatrizadas em seu rosto e um de seus olhos estava esbranquiçado, cego. A audição dela também estava prejudicada, pois na luta que tivera com o ex-marido, o mesmo acabou espremendo suas orelhas.

— Mãe... s-sou eu, Jeongguk.  — O Alfa voltou a falar, brincando com seus dedos, nervoso. — Vou s-sair hoje com um a-amigo... eu queria s-saber como eu estou...

Apesar de não ouvi-lo e nem enxerga-lo bem, a Ômega pareceu sentir o cheiro do filho e virou um pouco o rosto na direção de Jeongguk, deixando o Alfa animado e feliz.

Na maioria das vezes era sempre difícil se comunicar com sua mãe, por conta do estado quase vegetativo em que ela estava. Algumas pessoas tentaram convencer o médico da Ômega de que ela tinha que ser internada em um hospital psiquiátrico, mas o médico insistiu que ela deveria ficar se recuperando na própria casa, pois ele acreditava que ela se recuperaria mais rápido sentindo o cheiro e a presença do filho.

Não deu muitos resultados nos primeiros dias, só depois de quase 4 meses, a mãe de Jeongguk mexeu suas mãos sozinha, assim que sentiu que o pequeno Alfa estava perto de si.

Foi um avanço enorme.

Jeongguk conversou mais um pouco com sua mãe e quando percebeu que estava atrasado, arregalou os olhos e se despediu da Ômega.

Ele correu quase tropeçando para a sala, escorrendo pelo chão de madeira lisa, por causa de suas meias, e sendo parado pelo sofá quando colidiu contra o móvel. O Alfa soltou um choramingo de dor, mas rapidamente recuperou a postura e pegou seus tênis, calçando os pés neles e depois percebendo que estavam desamarrados.

Ele inflou as bochechas, resmungando que queria que Taehyung estivesse ali, em seguida suspirando e se sentando no sofá para tentar de modo falho amarrar os cadarços.

Ele não conseguiu, então com uma expressão chorosa ele tirou todos os cadarços dos tênis, resolvendo sair daquele jeito mesmo.



Vai ter próxima vez ok?
@_@ 🥓

Bacon | JIKOOK • ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora