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mais uma festa, você estava lá, mas com ela.
não me importei, era hoje que eu ia dar um fim na minha vida.

─ ae, terushima. -eu chamo ele.

─ diga, princesa.

─ me dá um pouco de todas as drogas que você tem aqui.

─ como quiser.

ele saí e volta com uma maleta, vejo suna se aproximar.

─ não faz isso, [nome] -suna diz.

─ isso não é da sua conta, agora se me dá licença. -tiro a mão dele do meu ombro.

abro a maleta e meus olhos brilham, vicodin, cocaína, crack, heroína, nicotina, GHB, anfetamina, ecstasy e benzodiazepínicos, era isso que eu precisava.

─ muito obrigada, terushima, agora pega uma vodka pra mim, por favor.

ele saí e volta com uma vodka cheia.

─ saí daqui, suna.

─ não.

─ eu não quero falar com você, muito menos quero que você veja eu tento minha quinta coma alcoólica e minha segunda overdose.

─ como? segunda overdose? quinta coma alcoólica? -eu ri.

─ esqueci, você não tava comigo em nenhuma delas, não deve saber, né?

─ [nome], me desc-

─ não quero suas desculpas, suna.

─ suna?

─ esse é o seu sobrenome, não? não sou mais sua amigo pra te chamar de rin.

─[nome], para de graça, por favor.

enquanto ele falava, eu misturava todas as pílulas no meu copo de vodka, enquanto ele falava, eu fazia as fileiras de cocaína, enquanto ele falava, eu já estava acendendo o crack.

─ não dá mais tempo, suna.

cheiro uma, duas, três, quatro, cinco, seis e sete fileiras de cocaína, meu nariz sangra.

─ seu nariz tá sangrando.

─ eu tô vendo, não sou cega.

─ amor, eu estava te procurando, vamos dançar?

─ v-vamos.

termino de usar todas as drogas que tem ali, minha cabeça gira, meu nariz sangra, minha pupila dilata, agitação, dor no peito, convulsões, confusão, dor de cabeça forte,  batimentos cardíacos acelerados, eu ia ter uma overdose, e na mesma hora a música para.

─ ME DESCULPA, SUNA. -eu grito.

─ EU TE AMO, EU SEMPRE TE AMEI, MAS NÃO DA MESMA FORMA QUE VOCÊ ME AMA. -sinto lágrimas cair sobre minha bochecha.

─ [NOME], EU TE AMO, POR FAVOR, FICA AQUI. -atsumo grita.

suna estava em qualquer canto ficando com a namorada dele, enquanto eu morria, ele não me ouviu, só ouviu a ambulância chegar.

dois gritos são escutados, era os gêmeos, ele vai correndo, e me vê entrando na ambulância, já morta.

-me desculpa, suna.

me desculpa, suna.Onde histórias criam vida. Descubra agora