— Esse é...
— Jeon Jungkook — interrompi minha mãe, sentando-me no sofá com dificuldade, arrumando minha postura. Não era todo dia que eu via um cara desses no mesmo local que eu.
— É. Esse é o Jungkook — constou ela, com os olhos brilhando para o cara, enquanto sorria largo.
Ele encostou no sofá, como toda a intimidade do mundo, e isso me fez revirar os olhos com desgosto. Além de ser metido, era mal-educado.
— Dora, o que ele faz aqui? — perguntei, olhando-o de cima a baixo. Normalmente eu não costumava chamar minha mãe pelo nome dela, e nem usar aquele tom, mas saiu automático.
Assim que voltei meus olhos para a minha mãe, ela tentou conter o riso estampado em seu rosto, cruzando os braços. Aquela cara... eu conhecia bem o que aquilo significava.
— Lembra que eu falei... — pausou ela, inclinando a cabeça para trás rindo. — Isso é hilário!
Claro que era hilário, eu estava ficando doida tentando ler que bulhufas significava aquela coisa toda. Olhe rapidamente de soslaio para o tal, mas ele permaneceu quieto.
— Isso é uma loucura levando em consideração de que vou viajar daqui a alguns dias, mas é por uma boa causa. — continuou ela .
— Não — retruquei. — Não me parece ser por uma boa causa trazer um cara estranhamente atraente, com um papo de babá. Sendo que aqui não há nenhuma criança.
— Espera, você disse atraente? — indagou o estranho, exibindo um sorrisinho.
Mas que inferno!
— Isso não é nada de mais, Yuna. Você... — Começou ela novamente, gesticulando. — Eu sei que você não sai e que não gosta de curtir a vida de forma normal... — Espera, ela acabou de me chamar de anti-social? — Minha filha, nós duas sabemos que você é péssima em qualquer coisa doméstica...
— E ele é algum tipo de ajudante doméstica? — Apontei rápido para o moreno, e balancei a cabeça negativamente.
— Você pode pelo menos me deixar falar, Yuna Lee? — exclamou mamãe, com uma cara não tão agradável. E toda vez que ela fazia aquela cara é como dissesse: Está fodida se dirigir mais uma palavra! — Esse rapaz vai cuidar da casa e de você enquanto eu não estiver. Você mal costuma sair do quarto, então, não será um problema para ele.
Ah! E para mim? Que delícia! Uma maravilha. Olhei feio para ela, sentindo minha cara esquentar de vergonha, com aquele cara presenciando tudo. De onde caralhos ela tirou aquela ideia?
— Mãe, acho que esqueceu que estamos falando de um estranho. — Meu tom de voz elevou-se. — Olha só para cara desse homem. Nossa casa vai virar um cabaré. E não é por que eu estudo muito, que eu não saia do quarto. Eu com toda certeza vou me incomodar. É UM ESTANHO!
— Você não sai, Yuna — rebateu dona Dora. — E ele com certeza tem a vida mais ativa que a sua. — Não, não acredito que ela falou isso.
Ajeitei o óculos, querendo entrar num buraco bem fundo(especificamente no meu quarto).
— Eu não aceito ter um empregado. Isso é o fim da conversa. — Levantei-me. — Ainda mais ele.
— Não sou seu emprega.. — semicerrei os olhos para o cara antes que ele terminasse a frase.
— Ele não é seu empregado.
Bati o pé, como se uma força sobrenatural tivesse entrado no meu corpo e não me fizesse ter medo de levar a maior bronca da minha vida.
— Esse não é o fim da conversa, porque a casa é minha. Jungkook vai ajudar em casa, não ser seu empregado. — mamãe falou antes de eu esquivar-me, do bonitão e caminhar em direção ao meu quarto. — As regras já foram dadas a ele. Com você, eu resolvo depois.
Continuei o caminho, e quando cheguei bati a porta debatendo-me sobre a cama.
— Por que senhor?!
•
Eu tinha escutado minha mãe por meia hora, tentando provar o quanto era seguro confiar no desconhecido, ainda me perguntando onde ela havia tirado aquela ideia idiota.
Por fim, acabei aceitando a sua ideia idiota, sem saída. Levei suas malas até o carro, vendo-a me encarar.
— Espero que não se arrependa — falei, arrumando o ninho do meu cabelo. — Não quero arcar com nada que seu empregado gastar. Só isso.
Levantei as mãos, em paz, mas ela logo me olhou com reprovação.
— Ele não é empregado, Yuna! — alertou. — Acha mesmo que eu faria isso com aquele pobre garoto?
Como se colocar ele com babá melhorasse alguma coisa. Revirei os olhos, e enfiei a mão no moletom vermelho.
— Não faça isso, Yuna-ah! — me puxou para uma abraço forte. — Ele é um garoto bom. Tem câmera na sala e na cozinha, se algo suspeito acontecer, o que eu duvido, a polícia é acionada.
Ela esqueceu de falar sobre os meus 10 anos de Jiu-jitsu.
— Mãe, eu sei me cuidar — disse, sendo abafada por seu abraço. — Me viro com macarrão. A senhora vai vir semana que vem mesmo.
Dora me afastou rapidamente, com um semblante suspeito.
— Yuna, você não ouviu direito — ela riu fraco. — Eu volto mês que vem.
Puta que pariu! Que merda! Arregalei os olhos, vendo-a se afastar rapidamente, pondo a bolsa no carro. Paralisei, sentindo um nó na garganta. Um mês?
Minha mãe parou, me deu um último abraço e um beijo na testa, e disse:
— Não destrate ele, Yuna. Ele será uma ótima companhia, garanto.
Um mês sem minha mãe? Eu estou fodida. Apertei-me mais em seu abraço, querendo não soltá-la nunca mais.
Playlist do dia:
A queda - Gloria Groove
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Babá, Baby! - JJK
Fanfiction[NÃO ACEITO ADAPTAÇÕES] Após ser dispensada por seu quase ex-namorado, Yuna Lee, acreditava nunca mais ser capaz de entrar em um relacionamento novamente, ainda mais com sua carreira em jogo. Mas coisas acabam saindo do controle quando su...