4. ᴏ ǫᴜᴀsᴇ ɴᴀᴍᴏʀᴀᴅᴏ

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    Ouvi os passos do cara atravessarem a sala, indo direto para a geladeira. Será que ele não foi educado quando menor? Olhei por cima do sofá, e tive certeza que ele estava mexendo na minha geladeira.

— O que vamos jantar hoje? — perguntou o alto, descaradamente.

Cruzei os braços, e fingi me importar com o que se passa na televisão. Boa tarde? Como vai? Como vai não, que eu não dei essas confianças...

— E aí? como vai? — perguntou Jungkook, jogando-se no sofá. Que mal educado! — Você não fala não, garota?

— Você não cala a boca não, garoto? Não está vendo que estou assistindo tevê?— O cara arregalou os olhos e sorriu de lado.

— Eu com cara de quem liga?

Revirei os olhos.

— Pode voltar para casa, não há nada para você fazer aqui. Além de me atrapalhar, é claro... — resmunguei, encarando-o. Jungkook olhou para a tevê e voltou novamente para mim.

— Não me diga que estou atrapalhando você ver comercial da Polishop?

Qual é o problema? Às vezes eu curtia ver panelas de pressão elétricas.

— E se eu tiver? Adoro ver as cadeiras massageadoras! — Ele franziu o cenho, e depois riu abaixando a cabeça.

Voltei-me à televisão, pensando em um jeito de socar a cara dele sem que as câmeras vissem.

Cara, você não tem nenhum namorado não? Vai sair, se divertir, beber, transar. — Soltei o ar pesadamente, assustada com suas palavras ofensivas. Claro, falar de namorado e transar na mesma frase me parece uma ofensa, já que são duas coisas distantes na minha vida. — Bem que sua mãe falou.

Virei-me bruscamente para encará-lo, e assusto-me rapidamente com sua beleza. Não foi exatamente muito natural, foi bem... estranho na verdade. Tipo, eu o encarando paralisada.

— Não importa o que minha mãe tenha falado. Ela não sabe nada sobre minha vida social. — Voltei a olhar para os comerciais, emburrada. Que idiota eu parecia agora, eu não precisava ter dito nada.

— É — Jungkook arfou — Não importa mesmo se ela tenha falado que você é mal-humorada, encalhada, antissocial e que nunca superou um cara que nunca foi seu namorado de verdade.

Virei-me boquiaberta, pegando-o sorrindo.

— Ela falou que eu... QUE DROGA!

— Ué — ele dou de ombros — não importa. — O cara ri, sem vergonha.

Tudo que eu queria é uma oportunidade para quebrar a cara desse cara insuportável.

— Pior que, quase namorado não é ser... — ele levou a mão ao cabelo, arrumando-o para trás. — Se não se importa, eu chamei um amigo pra te apresentar. Ele chega em...

A campainha tocou, e meu corpo todo estremeceu. Já basta minha mãe, com as surpresas, agora ele?

— Você é doido de trazer estranhos para minha casa? eu sabia que isso ia acontecer! — levanto-me irritada. — Você é a porra de um mentiroso, minha mãe...

— Sua mãe que mandou eu fazer isso, pra sua informação — interrompeu ele.

E daí?

— E DAÍ, O QUÊ? — ele levantou

— SAI DA MINHA CASA! — gritei. — VOCÊ E SEU AMIGO!

Ele respirou fundo, e mergulhou as mãos nos bolsos

— Não dá.

NÃO DÁ? ESSE CARA É MALUCO? A campainha tocou novamente, e o cara olhou para a porta.

— Não vai atender? Vai que a Alice mentiu de novo... — Olhei para o Jeon Jungkook, com o maior ódio da minha vida. Esse cara deveria ser titulado o cara mais irritante do mundo. Caminhei até a porta, e segurei a maçaneta com força.

— Saiba que esse é seu último dia aqui... — abri a porta rapidamente, vendo o marginalzinho se jogar de novo no meu sofá.

Jeon, ficou sabendo que o Taehyung... — Assim que me virei, quase tive um surto. De cabelos escuros levados para trás, era ele. Mais maravilhoso que nunca. Só podia ser uma visão dos céus? Ou uma ilusão do fundo do meu coração.

— Yuna?

Jimin?

Lembra do cara do gemido? o meu quase namorado? Então... Era ele.


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