Nosso doce Recomeço - ABO - Taekook

II - Jungkook e Taehyung

~ SEM REVISÃO ~

~Jungkook ~

Eu já estava acostumado a viver na rua, morando em uma cabana improvisada de madeira e papelão no pequeno espaço que a dona do mercadinho deixava eu ficar, no beco ao lado do seu mercado, sobrevivendo de esmolas e bicos que eu conseguia de vez em quando por ali. 

Não escolhi viver assim, logo que completei meus 18 anos tive que sair do orfanato em que morava, eperando alguém querer me adotar, porém isso nunca aconteceu, ninguém queria um omega com problema como eu. E o orfanato não podia mais manter após a maior idade.

A diretota do orfanato me encaminhou para uma vaga de emprego, onde eu teria como conseguir um dinheiro e poder alugar um cantinho pra mim. Esse era meu plano mas quando cheguei no lugar indicado para a vaga de garçom, percebi ser numa boate, nunca entrei em uma boate antes, apenas sabia que os jovens iam lá, dançar e se divertir.

 Procurei pelo entrevistador, ele era um Alfa alto de cabelos loiros e cheirava a grama molhada, Chamado Kai,  ele me olhou de maneira estranha me medindo de cima a baixo, dando um sorrisinho no final, no meio de entrevista vi que não era uma vaga para garçom e sim para acompanhante.

Eu recusei a vaga e literalmente fui humilhado pelo Alfa, ele sabia de minha condição e da onde eu vinha. Após seu longo discurso sobre como seria minha vida se eu recusasse aquela opurtunidade, ele percebeu que eu não aceitaria e me espulsou da boate.

Eu não podia aceitar, mesmo sabendo que não tenho nada, nem ninguém, eu não podia correr para esse caminho, não sem antes tentar um trabalho onde eu não teria que vender meu corpo.

Então comecei a andar pelas ruas de Seoul, a procura de algum serviço ou lugar para dormir de graça.

Não foi fácil, dormi em bancos de praças ou becos escuros. Evitava lugares que tinha alfas, tomava banho em banheiros públicos, lavava as poucas roupas que tinha em rios ou nos banheiros públicos. Com o dinheiro que eu ganhava fazendo bicos nas feiras, carregando caixas e ajudando na limpeza, eu comprava comida e alguns itens de higiene. Vivi minha vida desse jeito, já tinha feito muitas entrevistas, mas ninguém queria contratar um ômega sem experiência, orfão e morador de rua. 

Dona Mi-Nah, a dona de um mercadinha, uma omega idosa, que cheirava a lavanda soube da minha história nas vezes que eu ia no mercado e conversava com ela, sempre que ia ao mercado comprar alguma coisa ela sempre colocava alguma coisa a mais "por conta da casa", quando soube que eu não tinha um lugar fixo pra dormir, me permitiu dormir no beco ao lado do mercado, e ali fiz minha morada improvisada.

Já tinha me acostumado a essa vida, não foi a primeira vez que eu passei mal ou fiquei doente nas ruas e não havia ninguém para me ajudar, então sempre que isso acontecia, eu apenas ficava deitado encolhido até melhorar. 

Eu já havia desistido de todos os meus sonhos, então apenas aguardava a hora em que eu morreria sozinho naquele beco escuro.

Mas em uma noite de chuva em que eu estva encolhido com frio, delirando de febre. Eu senti braços quentes me segurando, na hora não tive nenhuma reação, mas o lobo dentro de mim suspirou aliviado.

Quando recobrei algum fio de consciencia, estava em uma casa com um alfa extremamente bonito me perguntando se eu conseguia tomar banho sozinho, e depois me mostrando uma pilha de roupa. Demorei um pouco mais entendo que era pra mim tomar banho e vestir as roupas e assim eu fiz.

Finalizado o banho eu já me sentia bem melhor,  ainda me sentia zonzo pela febre, então fazia as coisas no automatico.

Encontrei o alfa na cozinha e ele veio correndo me dar um remédio, o alfa era um pouquinho maior que eu, mas parecia um pouco mais magro, ele tinha cabelos ondulados castanhos, e um rosto tão bonito, ele na verdade era extremamente bonito e algo nele me deixava calmo, eu sempre evitava alfas, mas aquela me passava uma sensação tão boa.