E lá estava você, na frente do balcão de
uma cafeteria qualquer,
explicando para a atendente
que seu café não podia ter
canela porque você era alérgico,
era até que fofo.
Você sorriu pra mim e eu virei a cara,
"Hoje não, chega de clichês!", eu disse.
Não me leve a mal, é só que eu tenho a tendência de
me apaixonar por tudo o que é vivo,
não posso evitar, as pessoas me fascinam,
mas elas também me destroem.
Mas você não desistiu.
Quando eu menos esperava, você estava na minha frente com dois cafés nas mãos, você me entregou um, nele tinha seu número e um coração.
E então você sorriu tímido, ajeitou os óculos no seu rosto e foi embora.
Naquele momento eu esqueci tudo o que eu odiava sobre clichês.
- O clichê não parece tão ruim quando se trata de nós.
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Cartas que eu não consegui queimar.
PoésieColetânea de poemas escritos por uma mente bagunçada.