Poema do trovão

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Hoje, o trovão caiu mais cedo
Loga pelas oito, já anunciava a sua chegada
O que dizia, o que queria
Era apenas um basta
Não era a primeira vez que ele caia
Mas do jeito que foi
Hoje foi único

Mas, me vem a questão:
Será assim por quanto tempo?
Será o último ou mais um de muitos?
A tempestade vem todos os dias
E sempre os trovões caem
Mas como hoje
Hoje foi único

Ela ainda trovoa
Posso ouví-la dentro de meu quarto
Um coração partido e ao mesmo tempo
Encardido de raiva
Quanto tempo assim?
Uns dois anos e meio

Era uma questão simples de se resolver
Uma ligação por dia
Já bastava
Mas são em horas assim
Que as pessoas se revelam

Queria ser surdo hora dessas
Para não criar estas memórias que agora possuo
Mas, hei de dizer
Quem abandona sua própria origem
Não merece ser chamado de gente

Hoje, o trovão caiu mais cedo
Anunciava uma grande mudança
Ou talvez fosse só um trovão de muitos
Já que as coisas raramente mudam
Mas, como hoje
Hoje foi único

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