Never Trust A Fox • {Stiles Stilinski/Nogitsune}

O curador

Stiles

Eu puxei o lenço mais para cima do meu pescoço e tentei não estremecer muito. Katsu gentilmente nadou em minha mente, sua presença me envolvendo com conteúdo caloroso. O vazio havia desaparecido. Aquele buraco em minha mente mais uma vez foi preenchido.

Meu coração cantava alegremente toda vez que ele falava ou mostrava sua presença. Nunca fui mais feliz em toda a minha vida.

Tê-lo de volta ... parecia celestial.

Infelizmente, não pude passar minha vida inteira na minha cabeça com ele. Foi uma triste verdade, mas havia um monte de coisas que eu - no, que teve de lidar com.

Como minha garganta, por exemplo (nota à parte; doeu como uma cadela).

Ou explicando para o bando onde eu estive a noite toda, e como essas contusões surgiram.

Ou desaparecendo, como planejamos.

Se eu conseguisse lidar com meu pescoço, o número 2 seria muito mais fácil. Mas eu realmente não acreditava que existia algo que curaria uma garganta inchada e machucada em menos de um dia.

No havia cantado elogios ao talento de sua irmã na cura. Eu acreditei que ela iria me curar? Sim claro. Eu acreditei que seria rápido? Não.

Mas eu já a conheci uma vez. E ela parecia legal o suficiente para que eu tivesse certeza de que pelo menos receberia qualquer ajuda. Portanto, não reclamei quando Katsu me deu as instruções para chegar à casa dela.

Era um bairro adorável. Um daqueles lugares tranquilos e pitorescos com lindas casas brancas e jardins bonitos.

Eu não a conhecia muito, mas ela se encaixava perfeitamente.

Parado na frente de sua casa, me perguntei mais uma vez, como era possível que ela tivesse sido um Nogitsune antes. A imagem de um Dark Kitsune cruel e sanguinário não combinava com este Tengoku calmo e tranquilo.

Por outro lado, como já havia dito, não a conhecia muito. Ela poderia me surpreender.

Katsu não falava muito. Hoje nao. Ficar separado de mim o havia cansado. Agora que ele estava de volta em mim, ele tinha que recuperar as forças. Então, ele basicamente apenas assistiu através dos meus olhos.

Mas estava tudo bem. Eu estava bem em dar a ele todo o tempo que ele precisava para se recuperar. Apenas tê-lo por perto já era o suficiente.

Verifiquei o número na placa da porta mais uma vez, para ter certeza de que era o lugar certo. Então toquei a campainha. Alguns momentos depois, a porta se abriu.

Kokoro estava tão bonita quanto eu me lembrava dela. Mas ela obviamente não estava me esperando.

Seu cabelo branco como a neve estava despenteado, como se ela não tivesse tido tempo de escová-lo ainda. Ela estava diante de mim em uma camiseta verde clara e shorts rosa e parecia positivamente surpresa.

Sua orelha e cauda fofas também tinham sumido. Não é surpreendente, dado o nosso ambiente.

Ela havia perdido toda a elegância que possuía no bar. Mas decidi que gostava mais dela assim. A normalidade a fazia parecer bonita.