Capítulo 1

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Tomo I

Um dos Sete

Parte I

Knarig Gasparyan (I)

Do apartamento é possível ouvir as sirenes, todo o apartamento está às escuras. Duas pessoas sentadas na sala, que é iluminado quando alguém traga o cigarro. O silêncio a cada instante se torna devastador, ao trocar olhares um forte calafrio surge rapidamente como as chamas consumindo lenha. A porta de entrada é aberta, a luz do corredor ilumina suavemente o hall sem revelar os dois visitantes. Ao fechar a porta a mulher coloca sobre um balcão a sua bolsa, e quando acende a luz nota que não estava sozinha em seu apartamento.

Seus olhos castanhos escuros encaram os dois homens, com uma voz suave pergunta.

— O que vocês querem? – a pergunta soa como se soubesse quem seriam as suas visitas.

— Somente saber por onde ele está?!

A mulher continua encarando os dois convidados sentados à sua frente, num grau de ameaça deixando—a preocupada. O silêncio logo é interrompido quando ela volta a dizer.

— Eu não sei te dizer...

— Mas você sabe por que estamos aqui?

Sentindo-se constrangida permanece em silêncio, dos seus olhos começam a escorrer lágrimas, e num tom de choro responde dizendo.

— Մենք հանցագործ չենք.

Eles sem trocar olhares, o mais velho responde.

— Մենք պարզապես ուզում ենք խոսել.

As lágrimas continuam a escorrer pelo rosto, com as pontas dos seus dedos secam-nas sem exibir qualquer pensamento otimista em seu semblante. Os dois exibindo um breve sorriso em seu rosto.

Os dois deixam-na sozinha em seu apartamento. Ela atordoada com a visita permanece parada em pé de frente às poltronas por um tempo. Passando quase meia hora, a porta do seu apartamento é aberta por seu marido, que é um homem de 55 anos de idade, seus cabelos começando a ficar grisalhos se aproxima e pergunta.

— Está tudo bem?

A sua esposa se vira, com seus olhos ainda cheios de lágrimas responde.

— Dois homens estavam à sua procura...

— O que eles queriam? – Pergunta Vahagn Gasparyan.

Olhando para seu marido responde.

— Falar contigo..., mas não disseram sobre o que...

Vahagn consente com sua cabeça, ao dar um beijo na testa da sua esposa volta a dizer.

— Vou tomar meu banho...

A esposa olha para ele indo para o banheiro. Na cozinha, apoia as suas mãos sobre o mármore frio da pia seu olhar foca rapidamente no prateado da torneira provocando uma enxurrada de pensamentos, sensações deixando—a atormentada. Em sua mente se ouve disparos de espingardas, pessoas gritando. As lágrimas brotam ferozmente dos seus olhos, sem conseguir conte-las não nota o tempo que passar. Ela só consegue interromper quando escuta seu marido chamando-a.

— Knarig?

Sem conseguir exibir qualquer sinal de tranquilidade encara seu marido e pergunta.

— Até quando isso irá continuar?

Ele se aproxima da esposa e responde.

— Nós somos sobreviventes, nós temos a nossa história. E tudo isso faz parte em sobreviver... não podemos deixar que eles nos machuquem ainda mais...

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