Ouço algumas batidas leves na porta.
— Itachi, o almoço está pronto, quando quiser...
Abro a porta e ela se interrompe. Talvez não esperasse que eu viesse tão depressa.
— Eu ia dizer que, quando quiser almoçar... — falou meio tímida. — Espero não estar interrompendo algo importante.
Era difícil encará-la depois do que fiz, mas respirei fundo e ignorei a leve vergonha que sentia. Então, respondi cordialmente:
— Não está. Acabei de falar com uns colegas. Talvez eu consiga uma entrevista em breve, em uma firma de advocacia.
— Isso é ótimo!
— É o primeiro passo — comento animado. — Vamos comer?
Ela aquiesce com um menear de cabeça e seguimos juntos.
— Você fez um banquete aqui — digo surpreso ao ver a mesa repleta de comida.
— Eu gosto de cozinhar. Geralmente faço algo mais simples porque não tem graça fazer só para mim. Mas já que tenho um convidado... — Deu de ombros.
— Sabe que não tem que se dar ao trabalho.
— É algo prazeroso para mim. Seja bonzinho e aprecie a refeição! — falou em tom mandão.
Era fofo quando ela fazia isso.
— Está bem, senhora Uchiha. Serei um garoto obediente.
— É bom mesmo — murmurou ainda naquele tom, comprimindo os lábios para segurar um sorriso.
A comida de Sakura era algo surreal. Sempre achei que a melhor comida do mundo pertencia a minha mãe, mas minha cunhada está me surpreendendo.
Deixo escapar um sonoro "hmm" e vejo ela sorrir, de canto de olho.
— Está tão bom assim?
— Seria redundante dizer que está perfeito.
— Não seja exagerado.
— Não sou. Eu falo sério.
— Fico feliz. É bom ter alguém... Bem, eu gosto de cozinhar para as pessoas.
— Sei como é. É bom ter um pouco de reconhecimento. E nesse caso, você merece minha total e sincera admiração.
— Obrigada — murmurou corando um pouco.
Quando acabamos de comer, ela começou a recolher os pratos, mas segurei sua mão quando ela se aproximou.
— Deixa que eu faço isso.
— Não precisa, Itachi. Eu estou à toa mesmo.
— Você cozinhou, e eu quero retribuir. Por favor.
Ela torceu os lábios num biquinho e então concordou meio relutante.
— Desse jeito não vou ter nada para fazer.
— Ah, você vai sim — falei enquanto me levantava e levava a louça para a pia. — Já pensou sobre o que falamos antes?
— Sobre um emprego?
— Isso mesmo.
— Sasuke não permitiria.
Parei de esfregar o prato em minhas mãos. Olhei para trás devagar. Imagino que eu estava com uma cara bem irritada, pois eu contraí meu rosto ao ouvir aquilo.
— Permitir?
— N-não... — ela gaguejou. — Eu quis dizer... Ele não ia aprovar...
— Ele pensa em sua aprovação quando toma as próprias decisões? Quando chega tarde à noite?
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Minha adorável cunhada
FanficSakura é casada há anos com Sasuke. Eles não têm filhos e aparentam ser o casal perfeito. O cunhado dela, Itachi, perde o emprego e precisa de um lugar para ficar. Tudo que lhe resta é recorrer ao irmão caçula. Ele então passa a viver entre eles enq...