Chapter Two

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03 𝚍𝚎 𝙵𝚎𝚟𝚎𝚛𝚎𝚒𝚛𝚘 𝚍𝚎 2011. - 𝚅𝚊𝚗𝚌𝚘𝚞𝚟𝚎𝚛, 𝙲𝚊𝚗𝚊𝚍𝚊́.

Assim que Any chegou em sua casa, encontrou sua tia sentada no sofá assistindo a novela que tanto amava. A cacheada observou a cena de longe e não pode evitar o sorriso, se aproximou e abraçou por trás. – Titia. – Sorriu.

– Any Gabrielly. – A mais velha disse o nome. – Chegou cedo, aconteceu algo? – Perguntou preocupada.

– Não aconteceu tia, fique despreocupada. – Se jogo no sofá, se sentando seu lado. – Trouxe alguns doces para a senhora. – Levantou a sacola. – Mas só depois do jantar, ok? – Brincou falando da mesma forma que sua tia dizia quando era apenas uma criança.

– Não me trate como uma criança minha filha. – Riu. – Vamos tomar um cafezinho da tarde juntas, o que acha? – Propos.

– Eu amaria tia. – Pegou em sua mão e a beijou. – Vá na frente, irei me trocar. – Sua tia se levantou com cuidado e caminhou diretamente para a cozinha.

Any se levantou e deu uma última olhada, indo em direção de seu quarto tentando não mancar. Assim que chegou no segundo quarto, se jogou sobre a cama e fez uma careta ao sentir um grande alívio sobre seu tornozelo. – O médico do homem que havia atropelado, disse que é apenas luxação e teria que fazer compressa de gelo. Não contou para a mais velha por precaução, não poderia deixá-la mais preocupada do que o normal.

– Querida? – A chamou.

– Já estou indo tia. – Respondeu com um tom de voz agradável.

04 𝙵𝚎𝚟𝚎𝚛𝚎𝚒𝚛𝚘 𝚍𝚎 2011. - 𝚅𝚊𝚗𝚌𝚘𝚞𝚟𝚎𝚛, 𝙲𝚊𝚗𝚊𝚍𝚊́.

Josh estava em sua sala, encarando o seu notebook sem se mexer, dava pequenas piscadas lentas. – A porta foi rapidamente aberta por Noah e Alex, que entravam tagarelando alto, o que fez o loiro dar um pequeno pulo de sua cadeira.

– O que vocês querem? – Perguntou, voltando a se ajeitar em sua cadeira.

– Viemos conversar com você, já que ontem não se vimos mais depois que foi ao hospital com a garota que foi atropelada. – Alex disse, segurando a risada. – Aliás, como foi ontem?

– Não quebrou nada. – Respirou fundo. – Pelo menos isso... E ela não vai poder trabalhar por dois dias.

– Isso é muito bom. – Noah se afundou no pequeno sofá de canto. – Pelo menos o Alex não precisar te defender em um julgamento. – Alex começou a gargalhar junto de Noah. – Me desculpe. – Pediu rindo. – Não podia perder essa piada.

– Estou rindo com vocês, olha. – Apontou para a seu rosto que forçava uma risada. – E como foi o almoço de vocês? Perdi a minha refeição preciosa.

– Foi intenso... – Os dois amigos se encararam e sorriram. – Aliás, tem uma nova contratada na empresa... Uma escritora.

– Eu sei. – Josh se levantou e foi na mesinha de bebidas. – Aceitam um Wiske? – Levantou copos e os dois negaram. – Sofya Besson, uma ótima escritora de romance e estávamos precisando disso mesmo...

– Romance. – Noah sorriu de lado para Alex que mostrou o dedo do meio. – Alex ficou caidinho pela Sofya ontem.

– Cala a merda da boca. – Josh riu do jeito que o advogado riu. – E você ficou caidinho pela irmã dela, Ashley.

– A garçonete? – Josh se sentou sobre a mesa. – Vocês dois estão animadinhos está semana, não?

– Claro que não... – Noah se defendeu. – Você está ficando quieto demais, não quer ir mais para as baladas.

– Essa semana a editora estava precisando de atenção. – Resmungou. – E eu estou precisando de uma nova assistente, a novata só está me atrapalhando. – Revirou os olhos.

– Vamos almoçar fora? – Perguntou Alex. – Estou com fome.

– Eu também. – Resmungou Noah. – Mas estou atolado de trabalhos, vão vocês.

– Eu passo, preciso colocar minha agenda em ordem. – Josh disse. – Já que a minha assistente nem para isso serve. – Amolou novamente. – Alex, arrume alguém que preste da última vez.

O trio conversou até Alex sair para almoçar, logo em seguida Noah saiu e ficou somente o loiro em sua sala. Ele ficou encarando a porta por onde seus amigos passaram e ficou assim, até anoitecer. – Sua barriga roncou, foi o momento que notou que estava tarde.

Ele saiu da empresa indo em direção de qualquer lugar que pudesse comer à vontade no horário tão tarde, poucos lugares ficavam abertos ás 23h. – Estacionou o carro e desceu, caminhou lentamente até a porta de entrada que fez o sino tocar. Assim que se sentou na cadeira e pegou o cardápio que estava sobre a mesa.

– Gostaria de alguma coisa? – O loiro abaixou o cardápio e arregalou seus olhos. – Você não. – Fechou seus olhos torcendo. – Que seja uma mera coincidência. – Pediu.

– Se for coincidência eu não sei, mas acredito que a senhorita não deveria estar trabalhando hoje. – Sorriu amarelo. – Como foi recomendação médica.

– Acho que não devo satisfação da minha vida... – Cacheada revirou os olhos. – O que o senhor gostaria de comer?

– Indicação da casa? – Voltou a encarar o cardápio. – Vou querer um suco de laranja, mas de comida poderá me indicar.

– Claro. – Anotou em um pequeno caderno. – O senhor gosta de misto-quente? – O loiro assentiu. – Bom, um misto-quente te fará muito bem, e se quiser algo grande aconselho um lanche de carne.

– Começarei com o misto-quente. – Anotou novamente em seu caderninho.

– Se me dê licença. – Se retirou indo em direção a Ashley que esperava algo ficar pronto.

Ashley olhou na direção de Any e rapidamente notou a presença do loiro, que agora estava a encarando por cima do ombro. – Acho que alguém veio te vê. – Comentou Ashley que sorriu.

– Ele está morto de fome, com toda certeza. – Retirou o papel do caderno. – Um misto quente e um suco de laranja Henry. – Entregou o papel para o novato,

Ashley riu e negando com a cabeça. – Precisamos ir a balada... Comemorar o contrato da minha irmã.

– Eu não consigo... – Any abaixou a cabeça. – Minha tia precisa de atenção... Vá as duas, depois me conte tudo o que houve.

– Saudades de quando saímos juntas... Curtindo a solteirice... – Relembrou ao passado. – Você fazia todos os homens comerem na sua mão. – Riu pelo nariz.

– Nunca fiz isso. – Se defendeu. – Eles queriam mais do que eu poderia oferecer, o que posso fazer? – Deu de ombros.

– Croissant de queijo pronto. – Henry chamou e Ashley se virou para pegar.

– Não terminamos o assunto. – Levou o prato até o cliente.

Minutos depois o suco de laranja e o misto ficou pronto, levando para o loiro que mexia em seu celular. – Aqui está. – Colocou na mesa. – Qualquer coisa estarei a sua disposição. – Assim que ia sair, o loiro a chamou.

Me faça companhia. – Apontou para a cadeira a sua frente.

– Tenho que trabalhar, sou paga para isso. – Se virou, mas foi impedida.

– Não vejo ninguém aqui para atender. – Deu uma olhada no ambiente. – E pelo que eu sei, você deve descansar um pouco. – Piscou para a cacheada. 

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