03 𝚍𝚎 𝙵𝚎𝚟𝚎𝚛𝚎𝚒𝚛𝚘 𝚍𝚎 2011. - 𝚅𝚊𝚗𝚌𝚘𝚞𝚟𝚎𝚛, 𝙲𝚊𝚗𝚊𝚍𝚊́.
O loiro encarava a cacheada em busca de alguma resposta, mas o que recebeu foi apenas um silencio completo. – Você está morrendo de dor, vamos logo para o hospital. – Continuou a dizer e em seguida revirou seus olhos impaciente.
– Não. – Respondeu grossa. – Estou muito bem, caso não tenha percebido. – Ashley se aproximava dos dois para entender o que estava acontecendo, disfarçando.
– Pelo amor de deus garota, não tenho todo o tempo do mundo. – Any revirou os seus olhos. – Então morra de dor, se tiver algum familiar já diga para não virem me procurar.
– Por Deus você é um idiota. – Any tentou caminhar para fora do balcão, mas sentiu seu tornozelo doer que a fez desequilibrar, que quase derrubou, mas foi impedida assim que foi segurada pelo loiro.
– Vá ao hospital Gabrielly. – Ashley se aproximou dos dois. – Agora! Contarei ao Lamar o que aconteceu, tenho certeza de que ele não discordará.
– Está certo. – Se soltou do loiro. – Idiota. – Resmungou num sussurro para si mesma.
O homem "idiota" se aproximou de seus amigos, os avisando que levaria a garota para o hospital e que era a mesma que tinha sido "atropelada" por ele horas mais cedo. – Ele a acompanhou até seu carro.
Any observou o seu carro de longe e ficou sem reação ao ver o modelo. Ele devia ser alguém muito importante ou até mesmo um mauricinho completo, era tão arrogante para ser alguém importante. – Pensou consigo mesmo.
– Terei que abrir a porta para você ou entrará por si só? – A voz dele era grossa de uma certa forma, o que deixava o clima totalmente pior.
– Se você fosse um cavalheiro abriria a porta para mim, mas como não é. – Piscou e entrou no carro do homem.
O loiro dirigia pelas ruas de Vancouver numa velocidade razoável, de vez em quando se permitia olhar para o canto e encara-la, onde estava encolhida no banco do passageiro olhando para as ruas em movimento. – Meu nome é Josh, qual é o seu? – Tentou amenizar o clima tenso. – Gabrielly, certo? – Continuou, mas obteve um silencio como resposta. – Se for para te ajudar, pelo menos me deixe saber quem é você.
– Ajudar... – Gargalhou. – Você me atropelou com este carro, você só está fazendo sua obrigação. – Deu uma piscadela para o loiro que só respirou firme para não a responder. – Mas, meu nome é Any Gabrielly, não Gabrielly. – Especificou. – Não gosto que me chamem de Gabrielly.
– É claro... Gabrielly. – Sorriu sacana.
Assim que Josh parou no estacionamento do hospital, desceu rapidamente e pegou uma cadeira de rodas, mas assim que voltou a encontrou em pé. – Fofo da sua parte, mas estou bem para andar. – Caminhou com dificuldade, mas ainda sim caminhou para dentro do hospital.
– Mulherzinha insuportável. – Sussurrou.
– Homenzinho grosseiro. – Ao contrário de Josh, Any disse alto o bastante para que pudesse escutar.
Os dois entraram no hospital e rapidamente foram atendidos, Any ficou sentada na cadeira o esperando enquanto ele terminava de conversar com a mulher que dava em cima. Ela ficou o observando, notando que suas costas eram definidas e pareciam ser musculosas por cima da blusa preta.
Ele não parecia ser tão feio como achava.
– Vamos. – Disse assim que se aproximou. – O meu médico já está te esperando.
Como assim o médico dele? Será que ele era tão importante e ela não tinha ideia... – Ela o acompanhava, mancando até o elevador que já estava aberto.
– Você disse seu médico? – Perguntou sem entender. – Você é traficante? – Perguntou rapidamente, com medo. Faria sentindo na sua cabeça.
– E se eu for? – Perguntou com um sorriso de lado. – É claro que não sou, idiota. – Riu. – Olhe só para seu rosto... – Gargalhou.
– Idiota. – Cruzou seus braços. – Faz até sentindo, você tem jeito de ser traficante. Por Deus, se for não me mate. – Pediu.
– Fique quieta, já te disse que não sou. – Segurou sua risada. – Eu sou uma pessoa importante, somente isso. – Se encostou no espelho e a encarou.
Seu cabelo cacheado que antes estavam presos em um rabo de cavalo, agora tinha alguns fios soltos, seu rosto sereno de uma adolescente era notável... Será que ela era de menor e não tinha ideia? – Quantos anos você tem mesmo? – Perguntou.
– Tenho 22, por quê? – Estranhou sua pergunta.
E antes que pudesse responder, a porta se abriu permitindo que os dois saíssem do elevador e caminhasse para a sala do médico do loiro. – Assim que chegaram, Any se sentou de dor na cadeira e Josh bateu na porta do consultório, que o fez sair rapidamente.
– Josh. – Disse o homem mais velho. – Qual seria a honra de vê-lo aqui?
– Tenho uma paciente para o senhor. – Apontou. – Eu atropelei a bicicleta dela e ela caiu, sentiu dor somente agora.
– Entrem, por favor. – O canadense a ajudou levantar-se, entrando e se sentando na maca que tinha de canto. – Qual o seu nome? – Se aproximou da morena.
– Any... Any Gabrielly. – Assentiu.
– Onde você dor?
No restaurante, os amigos de Josh estavam comendo as panquecas deliciosas enquanto Ashley estava atendendo outros clientes. – Você acha que o nosso colega ficou caidinho pela garçonete? – Alex perguntou mastigando sua panqueca.
– Claro que não. – Riu Noah. – Parece que não conhece o Josh. Cada dia com uma mulher diferente, com um porre diferente. – Continuou. – A garçonete que ele levou para o hospital foi quem ele atropelou.
– Ele só se mete em encrenca. – Resmungou Alex bebendo seu refrigerante e retornou à atenção em Noah que agora estava olhando para Ashley. – Pare de secar a garota. – Deu um tapa na cabeça do amigo.
– Ela é linda! – Sorriu e voltou a encarar o amigo. – Será que é solteira?
– Pergunte a ela, não sei nem o nome dela. – Resmungou ainda tomando seu refrigerante.
A porta foi aberta e uma garota um pouco baixa e loira, parecida com a garçonete entrou. – Ashley. – A chamou, que teve sua atenção. – Eu consegui! – Levantou um papel. – Eu sou oficialmente uma escritora, oficialmente. – Ashley sorriu e correu para abraçá-la.
– Eu disse para você irmãzinha. – Sorriu. – Você tem um talento impecável irmãzinha. – Continuou a abraçando. – Estou feliz por você.
Noah e Alex observavam as irmãs de longe, impressionados com a genética das duas. – Uau. – Disseram em um uníssono.
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Love lies
RomanceBeauany// E se você se entregasse a um relacionamento de corpo e alma a um homem que sempre estivera a sua espera sem menos ao notar, que nunca acreditou no amor e em todos esses sentimentos que o acompanham? O que você faria? Partiria ou insistira...