Droga, droga, droga!!
— Victor! — gritei e corri até ele.
Eu devia ter continuado no quarto.
— Eu tô bem.. — ele disse fraco.
— Cala a boca! Não, você não está bem caralho, você tá com uma merda de uma flecha no ombro. — aquilo estava sangrando demais.
Olhei ao redor pra chamar alguém, não ia dá pra continuar com ele caído ali no meio.
— Eu estou bem Babi, relaxa..
— Abre a boca mais uma vez e eu não respondo pelo meus atos.
Pelo menos Arthur e Carol estavam conseguindo segurar bem.
— Merda! — alguém xingou atrás de mim e eu me virei, Ph!
Graças a deus.
— Como foi que isso aconteceu? — ele se aproximou de Victor e pôs ele de pé passando o outro braço por cima do seu ombro e levando ele pra longe dali.
— Ele foi falar comigo, se distraiu e alguém acertou ele. — respondi.
— Você também hein, a menina foi te ajudar! — ele disse com Victor e o colocou no chão encostado em uma árvore.
— É perigoso.. — Victor sussurrou.
— Mas olha só quem acabou ferido. Você com experiência ou ela sem nenhuma? Eu sei que você se preocupa mas a Babi sabe o que faz e sabe se cuidar, ela não precisa de mais ninguém tomando conta dela. — ele disse avaliando o ferimento. — Temos que tirar isso daqui logo. — ele tocou a flecha e Victor gemeu de dor e eu também.
— Você se teletransporta, leva ele pro castelo.
— Você vem junto..
— Não eu vou ajudar..
— Tem mais gente vindo.. — ele apontou na direção e realmente, mais gente pra ajudar — E você não vai ser muito útil aqui sentindo ele, vai te atrapalhar.
— É, faz sentido.. — ele colocou Victor de pé novamente e segurou minha mão.
Foi como se eu estivesse apenas fechado os olhos e quando abrisse estivesse no palácio.
— Onde é a enfermária daqui? — Ph perguntou.
• Victor:
—* Lá em cima, perto da biblioteca*— Lá em cima, perto da biblioteca.. — disse o que ouvi do Victor.
• Babi:
—* Fica acordado por favor, não dorme escutou!*
• Victor:
—* Estou tentando mas não é fácil*Ph pra andar mais rápido se teletransportou novamente e já estava lá em cima, subi correndo pra ajudar.
— Aqui? — Bruno perguntou.
— Acho que é.. — abri a porta e respirei aliviada ao ver que era.
— Tenta achar um kit médico ou qualquer outra coisa que dê pra usar. — Ph disse colocando Victor sobre a maca, estremeci pela dor que senti.
Ph começou a procurar também.
Achei uma maleta e a abri vendo coisas que poderiam ajudar.
— Toma! — entreguei pra Bruno.
— Álcool, preciso de álcool pra isso não infeccionar.. — começei a procurar no armário que havia ali e por sorte achei algo e entreguei pra Ph.
— Essa porra vai doer, vai doer pra caralho mas é preciso.
Ph começou rasgando a camisa dele, e Victor agarrou minha mão.
— Vai ficar tudo bem, relaxa.. — sussurrei pra ele.
Ele assentiu.
Só com o líquido que foi jogado no ferimento foi o suficiente pra se formar um incômodo parecendo ser em mim e ele reprimir um grito e apertar fortemente a minha mão.
— Para com isso ou anda logo por favor.. — Victor sussurrou com a voz embargada.
Ver ele assim me machuca demais.
— Tô tentando Victor.. — Ph disse. — Vou tirar isso agora.
— Tá.. — ele sussurrou e virou o olhar pra mim.
• Victor:
—* Eu tô com medo..*
• Babi:
—* Eu sei, eu tô aqui..*
• Victor:
—* Desculpa.. isso não estaria acontecendo se eu não fosse um pouco estúpido...*
• Babi:
—* Relaxa.. tá tudo certo mas primeiro você tem que melhorar*Victor soltou um longo grito de dor quando Ph começou a retirar o objeto do seu ombro, percebi aquilo havia cravado mais do que eu imaginava. Nossas mãos se apertavam tão forte que estavam se esbranquiçando.
Logo o sangue foi estancado por uma gaze, o que fez a dor diminuir um pouco mais ainda era bem forte.
Abri meus olhos e olhei pros do Victor, ele chorava e meu coração só se apertava mais.
— Ei, ei, olha pra mim.. Victor!!. — começei a me desesperar, ele não podia desmaiar. — Fez alguma coisa Bruno.
— Não tem o que fazer, ele está com muita dor e o corpo reage assim.. — ele continuou a enfaixar o local.
Talvez ele esteja certo.
— Tem algo que possa fazer pra dor. — limpo as lágrimas do meu rosto.
— Chá, tenho que conseguir a erva primeiro, ela não tem aqui.. — ele respondeu. — Talvez isso vai precisar de pontos, mas não sei fazer isso. — ele terminou de limpar e enfaixar.
— Tá bem, o que fazemos agora?
— Eu vou tentar conseguir o remédio pra dor e você fica com ele, espera ele acordar e descansa mas fica em alerta, ele pode ter febre ou algo do tipo. Se isso acontecer, usa água fria pra ajudar a baixar a temperatura.. — ele lavou a mão e do nada sumiu.
Sentei na outra maca ao lado dele e me deitei, o mal-estar no meu corpo era visível, assim que me deitei lembrei da porta destrancada e com muito custo levantei e a tranquei.
Se meu corpo estava daquele jeito, imagina o dele.
• Babi:
—* Me escuta?*Não obteve respostas e não sabia se devia me preocupar ou não.
Respirei fundo e relaxei o corpo me permitindo fechar os olhos e tentar pelo menos cochilar mesmo sabendo que não seria muito já que minha preocupação com ele é maior.
Continuação no próximo capítulo.
Dózinha deles..
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𝐌𝐔𝐍𝐃𝐎𝐒 𝐋𝐈𝐆𝐀𝐃𝐎𝐒, 𝐛𝐚𝐛𝐢𝐜𝐭𝐨𝐫
FantasyBárbara, uma garota que havia uma coisa que ninguém era capaz de identificar a sua causa, nisso vários outros problemas também começaram a surgir. Victor, um garoto com vida díficil e que descarregava seus problemas nos outros e não parecia se impor...