𝘑𝘢𝘦𝘥𝘦𝘯 𝘮𝘢𝘳𝘵𝘦𝘭𝘭

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Sou uma campeã do xadrez.

Uma "prodígio", segundo a imprensa.

Ganhei muitos prêmios ao longo de minha carreira. Estou à alguns anos nesse negocio e me saio muito bem em todas as minhas partidas.

Mas acontece que hoje será diferente.

Estou em mais um de meus torneios, desta vez na França. E hoje à noite jogarei com jaeden martell, um mestre do xadrez.

Se eu ganhar essa partida, vou ser escalada e minha pontuação sobe para 3500. Mas se por acaso eu perder, vou ser rebaixada e posso perder meu titulo e minha reputação que tanto demorei para construir.

Estou nervosa, com um frio na barriga e o suor em minha testa.

Eu treinei muito, claro. Refiz umas de suas partidas e encontrei gafs que havia nas minhas partidas.

Ao mesmo tempo que eu estava confiante, estava insegura demais.

Desci até o salão de jogos, com o coração em minhas mãos e os lábios secos por conta do nervosismo que insistia em roubar a cena.

Me sentei e cumprimentei ele com um aperto de mão, o que é comum de se fazer antes do jogo.

Eu jogava com as pretas, o que não é muito bom já que quem joga com as brancas sempre começa e tem a vantagem de uma jogada.

Ele fez a abertura com o rei, e eu optei pela defesa siciliana, o que era mais comum de se fazer.

Eu estava nervosa, mas confiante. Ou os dois? A essa altura, eu não sabia de mais nada. Era apenas eu, Jaeden e o tabuleiro.

Porém, à medida que o jogo acontecia, as jogadas saiam totalmente de meu controle.

Com sua torre, ameaça três de minhas peças que estavam posicionadas no meio do tabuleiro.

Eu comecei a me desesperar, suando e suando.

Levantei meu olhar,e vi que ele me olhava, como se me intimidasse, e me mandava prosseguir.

Nada adiantava, cada peça que eu movia ou qualquer coisa que eu fizesse, ele fazia melhor. Ele sempre achava um jeito de me encurralar.

Derrubava todos os meus lances e ameaçava minhas peças. Para mim era o fim.

Bom,a vontade que eu sentia era de me levantar e correr para bem longe, longe de todos aqueles fotógrafos e pessoas. Eu estava completamente desesperada e sem saídas.

Foi o que eu pensei.

Neste momento, observei o tabuleiro com outros olhos, que me fizeram enxergar a Vitória.

Se eu fizesse aquilo e ele seguisse meu "plano", eu daria xeque mate em 3 lances.

Como planejado, ele mordeu minha "isca"; sacrifiquei meu cavalo e bispo para que desse certo.

Dei um xeque mate com a dama e a torre, assim acabando com tudo aquilo.

Eu ainda não acreditava que realmente havia conseguido, já que o nervosismo estava falando mais alto do que eu ali.

No meio de todos aqueles aplausos calorosos dos reportes, senti que uma mão me puxava.

        — Meus parabéns pela Vitória, Abigail.

        — Você não devia ter tirado seu cavalo de perto do rei. — Falei, olhando para ele.

Ele riu.

        — É, você está certa!

        — Eu preciso ir agora, depois nos falamos.

        — Vamos sair um dia desses, pra tomar alguma coisa e jogar algumas partidas?

        — Está bem, Jaeden. Não vou negar outro pedido de derrota seu.

Sorri, e sai de perto do rapaz

Voltei meu olhar para todos que me encaravam com sorrisos grandiosos. Jaeden também me encarava, com um pequeno sorriso de canto.

Essa com certeza foi uma de minhas maiores vitorias!

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