Proerd

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| revisada|
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A madrugada profunda com o vento uivando pela janela, o tempo parecia limpo com uma lua majestosa adornando o céu, as estrelas brilhantes espalhadas como as sardas do próprio garoto.

Ali em um apartamento do centro, estava Félix vestido do que deveria supostamente ser a princesa Elsa. Um vestido azul celeste que devia ir a até metade de suas coxas, mangas logas feitas de renda e ombro a ombro, uma saia rodada e cintura apertada. Estava deslumbrante em conjunto dos brilhos do vestido, perfeita harmonia com o seu rosto.

Separou os jogos preferidos do grupo, como uno e Black stories. Na mesa de centro da sala, colocou também brownies, salgadinhos, refrigerantes e preparou alguns drinks.

O primeiro a chegar foi Seungmin, este de bengala e roupa xadrez, junto de um chapéu, um detetive falso e nada astuto.

Mal notará quando Félix o cumprimentou com um selinho, na verdade, reparou muito bem, mas não se esforçou para pará-lo. Era o costume do Lee, logo que engatava a beber se tornava um beijoqueiro sem limites.

Nem precisou fechar a porta e Hyunjin e Chan apareceram saindo do elevador.

— Alohomora! — Hwang apontou um pau, que pegou da rua, em direção a porta.

— Já tá aberta idiota. — O dono da casa revirou os olhos.

— Grosso. Não é assim que trata a visita.— Tirou os all star's pretos e os deixou no caminho. — Tem o que 'pra comer lilix?

— Eu deixava passar fome, boa noite princesa. Seu vestido está tão brilhante quanto o seu sorriso.— puxou a cintura do mais novo, deixou um beijo em sua testa, um em seu nariz, seguido de um delicado selar em seus lábios.

— Ele é tão brega. — Kim saiu saltitante atrás do mais alto, gritando como o cabelo dele estava preso tão perfeitamente dando o destaque ao seu rosto esculpido.

Ao mínimo receberia uma multa por barulho, mas a rainha do gelo obrigaria eles a dividirem o valor, os convidados devem colaborar com as despesas.

🎃

A casa lotada de adolescentes inconsequentes, uma bela ideia.

Nesse momento a discórdia já reinava. Changbin, que trajava a clássica vestimenta do xerife Woody, estava emburrado em um canto por ter perdido, mesmo que fosse impossível de levar ele a sério com aquela bochecha em tom chinelada.

— Binnie Hyung, vem brincar com a gente. — Jeongin soou manhoso.

— Yang, você tá usando uma fantasia sexy da alerquina, olha o que você fala criança. Não sei como o Félix te deixou beber. — Ralhou, porém, andou em direção a ele o abraçando enquanto fechavam a rodada.

— Vamos jogar Black stories hoje? — Han levantou a caixinha com um sorriso malandro, enquanto virava um shot de whisky. — 'Tô ficando profissional já.

— Ata. — Os três mais novos que ele disseram em conjunto.

As risadas tomaram o local enquanto o esquilo dramático resmungava, todos curtindo o momento e apenas aproveitado.

Naquele instante Félix levou sua garrafa de soju aos lábios enquanto encarava Minho. O Lee mais novo possuia a terrível mania de sempre levar a língua para beber, antes dos lábios.

Sendo assim lambeu o gargalo da garrafa e encarou o mais velho, a fantasia de chucky realmente combinou, visto que tinha um corte falso que imitava um sorriso rasgado. Minho estava lhe comendo com os olhos.

Os garotos a sua volta, sequer deram atenção. Aquele grupo era estranho, todos eles se pegavam e não escondiam isso de ninguém. Todos possuíam um pingente de bússola, em colares, pulseiras e tornozeleiras, mostrando que possuíam um relacionamento válido.

Minho, descaradamente, levou sua mão esquerda até a coxa de Seungmin, a acariciando desde o joelho até a parte interna. Quando o mais novo o olhou confuso, apenas recebeu um sorriso ladineo em resposta.

Como o de costume, o mais velho começou lendo as cartas, juntos em uma roda iniciaram as histórias sinistras.

— Uma mulher deprimida pulou de um prédio, mas ao ouvir algo se arrependeu imediatamente. — Bang leu e escondeu a parte de trás da carta. — Começamos bem.

— Ela ouviu uma música? — Hyunjin disse confuso, seu licor de amora já fazia enfeito, estava deitado no ombro de Félix.

— Não.

— Ela ouviu um som?

— Imagina Jisung, ela leu um som.— O de covinhas fundas ironizou sarcástico.

Todos gargalharam do Han que se dizia profissional no simples joguinho.

Perguntas e mais perguntas, o vampirinho já estava se cansando, era frustrante todos irem para o lado errado enquanto somente se preocupavam em flertar entre si.

— Já sei! Ela ouviu as trombetas do inferno, quando ela pulou ela ouviu "vem de chicote, algema, corda de alpinista"! Se arrependeu de se jogar no colo do capeta. — Berrou em uma voz ensurdecedora, o baixinho de voz potente.

— Não, desgraçado.— Chan não conseguiu manter a pose de locutor e se debulhou em
risadas.

— Caiu de boca no meu bucetão.

— Jeongin! Larga essa vodka, não, não, já deu.— Afobado, Félix foi atrás do mais novo.— Para de correr puta!

Os dois correram pela cozinha-sala do pequeno apartamento, quando o mais alto tentou fazer a curva da rodinha, o Lee pulou em suas costas. Mal se lembrando que estava de vestido, e também se esqueceu da calcinha preta rendada que usava, um deslize.

— Me dá essa garrafa, tá mamando porra?!— o observou tomar um longo gole direto do bico.

Envoltos na discussão, não perceberam quando todos se calaram, nem quando Minho se levantou.

Chegou por trás da doce e nada casta Elsa e o deu de presente uma encoxada, apertou a sua cintura enquanto ondulou o quadril grudado em sua bunda.

— Próxima coisa que o Jeong vai mamar, vai ser um pau. — Hyunjin soltou, completamente alegre pelo álcool.

Black stories_ surukidsOnde histórias criam vida. Descubra agora