II: ECLIPSE

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Escrito por: agustcandyy 

Notas Iniciais: Ola! Voltei com mais um capitulo dessa história que amei escrever, não se esqueçam de contar o que estão achando nos comentários, ficarei muito feliz em lê-los <3. 

 Boa leitura!


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Já em casa, o cruzamento entre o fim da tarde e o início da noite tendo chegado, Yoongi tentava fingir — a todo custo — que a janela em frente à sua não existia, e nem mesmo a casa, para o seu próprio bem.

Já não tinha certeza se o evento traumático de mais cedo foi uma ilusão de sua cabeça ou foi algo real.

Por mais que, bem, todas as pessoas possuem reflexo, certo?

Qualquer que fosse a resposta para isso, ele não evitou reforçar as cortinas da janela do seu quarto, fazendo o possível para que nem uma fresta fujona de luz entrasse. Ele não queria ter que lidar com aquilo naquele momento, seus hormônios adolescentes já estavam frenéticos o suficiente.

Por isso, apenas pegou na sua escrivaninha o pacote de Doritos e se jogou na cama, o barulho do peso no colchão ecoando pelo ambiente, enquanto Yoongi realmente tentava chutar para escanteio todos os pensamentos que o consumiam feito chamas. Seus planos de assistir Breaking Bad e se entupir de Doritos ainda estavam firmes e fortes em sua mente e, prestes a segui-lo, ergueu suas costas para debaixo da cama, pegando o notebook guardado lá embaixo.

Para um dia de Halloween, nem estava tão barulhento lá fora. As paredes grossas do quarto de Yoongi faziam um ótimo trabalho em silenciar muitos sons externos, obrigado. Apenas o ruído do processador do computador descansando acima da sua barriga e os sons decorrentes do episódio vibravam no ambiente, casando com o breu que estava no seu quarto. E o rapaz ficou assim por horas... quantas ele não saberia dizer com certeza, mas o suficiente para quatro ou cinco episódios consecutivos, seus olhos já estavam pesados e Yoongi mal estava discernindo entre as vozes que soavam no alto-falante do seu notebook.

E ele poderia dormir assim, não seria tão diferente do que vinha fazendo ao longo daquela semana, realmente. Chegava um momento que seus músculos relaxavam e o dia dava por encerrado, com Yoongi se entregando ao mundo dos sonhos, que ele não gostaria de confessar que tinha. Mas como o diabo veste prada ou talvez vestisse algo mais caro que comprou em troca da alma de Min Yoongi —, não seria assim naquela noite. Não naquele maldito 31 de outubro.

Um estrondo veio do andar de baixo, um som realmente pesado que atravessou a porta de Yoongi e o arrancou de seu estado de torpor. Com suas costas já se erguendo por ato reflexo, a adrenalina pulsante navegando por suas veias e fazendo com que seu coração saltasse de seu peito, o Min bateu os pés duramente no chão da cama. Ele estava nervoso ou terrivelmente assustado pelo som, talvez os dois.

O barulho veio novamente, menos forte dessa vez, fazendo com que Yoongi fosse mais rápido em sair do quarto escuro e descer pela escada mesmo assustado, sentindo o peso da responsabilidade que seus pais lhe entregaram ao sair de casa.

O cômodo não estava aceso, mas a luz fria do luar entrava pelas janelas da casa, tingindo-a com uma baixa iluminação. Quase nas pontas dos pés, Yoongi desceu cada degrau deslizando a mão pelo corrimão de madeira, pensando se não foi uma péssima ideia não ter pegado algo do seu quarto para que pudesse se defender.

Com certeza ele não tinha algo bom o suficiente, como ele via nas séries policiais ou mesmo nos jogos violentos que jogava de vez em quando. De qualquer forma, não é como se ele estivesse planejando matar alguém ou fazer algo realmente marcante digno de óscar. Yoongi era um péssimo ator nesse sentido, pedindo desculpas mentais até para as formigas que ele pisava sem querer na calçada cimentada na frente de casa.

When The Sweet Monsters Go Outside | YoonminOnde histórias criam vida. Descubra agora