Capitulo 3: A escrava (parte 1)

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~|《Rei Axel – Salão real》|~

O rei se encontrava no salão real, sentado em seu trono. Seu cabelo azulado, que um dia já foi símbolo de sua beleza, estava perdendo sua cor e seus olhos cinzas pareciam cansados. Seu corpo não era mais como antes, seus músculos estavam sumindo e apenas as cicatrizes se mantiam, porém, sua imponência se mantinha. A aura daquele que já foi conhecido como o cavaleiro mais poderoso do continente não pode ser apagada tão facilmente.

O enorme assento no qual o rei se encontrava era feito de minérios quase impossíveis de serem encontrados, os pilares foram feitos do mais puro ouro e o carpete que levava até o trono foi criado a partir do mais raro tecido.

De ambos os lados da sala, os soldados se mantiam parados, preparados para enfrentar qualquer um que pudesse ameaçar a vida do rei.
Aquela sala demonstrava a força e riqueza do rei que ali estava. Com apenas um olhar era possível notar a influência do homem que comandava aquela nação.

— Pai! — Uma garota de cabelos azulados e olhos cinzas adentrou o salão.

O homem levantou seu olhar em direção à entrada do salão.

A garota andou lentamente até a frente de seu pai. Olhando atentamente, o rei pode notar uma outra garota a seguindo, uma garota menor, de cabelos negros e olhos avermelhados. O rei sentiu um enorme desgosto e nojo ao ver aquela pequena garota.

Notando o olhar do rei, a garota se cobriu usando seu capuz negro. Ela não conseguia parar de tremer desde o momento que seus pés tocaram aquela sala.

A princesa e a garota que a seguia se ajoelharam.

— Diga me, Elina, como foi sua conversa com a “heroína”? — A voz do homem estava séria e curiosa.

— Ela aceitou tudo de maneira calma. Não houve nenhum problema, vossa majestade. — Respondeu a garota.

O rei se impressionou com a resposta de sua filha. Era esperado que a garota entraria em desespero ou até mesmo tentasse atacar a princesa, mas, ela estava calma?

Um sorriso pretensioso surgiu no rosto do rei.

— Aonde ela está agora? — Perguntou o rei.

— Ela deve estar na biblioteca. Ela parecia extremamente animada para adentrar o local. — Respondeu a princesa.

— Entendo… Eu a dei permissão, mas eu não acho que ela será capaz de ler qualquer livro que esteja ali. — O sorriso do rei desapareceu. — Além disso, o que você pôde descobrir sobre a garota? O nome dela, a personalidade... Me diga tudo.

— Ela não mencionou seu nome em nenhum momento, senhor. Parecia que ela não via sentido em tal ato, e a mesma nunca questionou o meu nome. — Respondeu a princesa. — Sua personalidade parece ser gentil e calma. Quando eu pedi seu perdão, ela não agiu de forma agressiva, pelo contrário, ela tentou me acalmar.

— Entendo… — O rei colocou a mão em seu queixo, pensativo sobre a situação. — … Você descobriu quais são as habilidades que ela recebeu ao ser invocada?

— Não, peço perdão, vossa majestade. Porém, eu creio que uma delas tenha sido algo relacionado a resistência contra venenos, afinal, o meu veneno não teve efeito algum sobre ela. — Mencionou a garota.

— … — O rei se manteve calado por um momento. — Ursulla.

Nesse momento a garota que estava atrás da princesa sentiu seu corpo paralisar.

— S-sim, m-meu senhor...? — O seu corpo estava tremendo, tremendo ao ponto de sua voz não sair como desejável.

— Cuide da heroína. — Uma ordem direta. A garota sabia o que aquilo significava, ela sabia o deveria fazer. Não seria a primeira vez.

Se esse mundo não precisa de um heroi, eu me tornarei a lorde demônioOnde histórias criam vida. Descubra agora