Eu estive com raiva de uma amizade antiga que me fez muito mal e me causou muita tristeza quando descobri suas palavras duras, injustas e maldosas em relação a mim. Eu passei meses sucumbindo em rancor (sentimento que NUNCA guardei por absolutamente ninguém), porque não conseguia aceitar que aquela pessoa fora capaz de tanta maldade.
Mas aí, sempre que eu pensava em apontá-la, crucificá-la e condená-la, Deus trazia ao meu coração todas as vezes que eu também já fui maldosa. Que eu também já fui injusta. Que eu também já falei mal de alguém, julguei e invalidei. Todas as vezes que eu também feri.
E foi aí que o processo de cura começou e esse texto chegou ao meu coração:
"Existe raiva dentro de mim.
Existe angústia, mágoa e hipocrisia.
Existe medo e insegurança.
Sempre que escolho apontar para quem me fez mal, aponto para mim, para quando eu fiz mal a alguém. Sempre que escolho condenar, condeno a mim, quando tudo o que queria era ser compreendida. Sempre que eu invalido alguém, invalido a mim, quando queria que ouvissem a minha voz.
Tudo o que fizerem comigo, eu também já fiz e a maior hipocrisia da minha mente revolta, é agir como se não tivesse.
Mas já maldisse, já diminuí e já apontei.
E embora o meu eu de hoje procure sempre fazer o melhor, eu não sou o melhor. Nenhum de nós, é. Todos somos capazes de agir contra nossos princípios. Todo ser humano é imprevisível e antes de condenar o outro, preciso olhar para mim.
Porque eu sou maldade, sou julgamento e sou mentiras; mas também sou amor, acolhimento e tentativa de ser alguém melhor dia após dia e essa é a única coisa realmente boa que podemos fazer por nós mesmos e pelos outros.Se alguém um dia te fez mal, você também é capaz de fazer. A diferença está apenas na escolha."
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(Cor)ação
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