CAPÍTULO XI

576 112 117
                                    

"Eu vou te amar como um idiota ama
Vou te pendurar num quadro bem do lado da minha cama
Eu espero enquanto você vive
Mas, não esquece que a gente existe" - João Vitor Balbino (Jão) 

{essa vai para as bebês mais lindas  e gays desse site Juliana e Nay, coraçãozinho de aro-íris para vcs}

***

A porta se fecha atrás deles com um baque mecânico.

Então... Eles estão sozinhos.

A tensão do local é densa, mas nenhum deles diz nada. Nenhuma palavra. Ambos com rosto cheio de preocupações divertidas. Depois de vinte e cinco minutos num silêncio frustrante, Mew finalmente encara Gulf.

— Você está bem? — pergunta e a tensão se quebra.

— Sim, tudo bem — Gulf chia, limpando a garganta.

— Relaxa, Kana - Mew ri, apertando seu ombro enquanto passa por Gulf e entra na cozinha procurando algo na geladeira. — Parece que estamos prestes a ter um enfarte... — grita de lá.

Gulf por sua vez, o segue até a cozinha e se encosta no balcão, sem tirar os olhos do mais velho que ainda procurava algo para comer.

— Sinto muito, não sei como reagir a essa situação...

— Tudo bem... Podemos fingir que nada aconteceu, você é perito nisso. — Mew pisca, enquanto quebra alguns ovos em uma panela.

Gulf realmente não sabe o que dizer sobre isso, então ele simplesmente dá de ombros e fica em silêncio, brincando com uma maçã que estava em cima do balcão.

— Sério? Realmente não vai falar nada? — Mew diz amargamente, notando que estava queimando os ovos, e então, os leva para o latão de lixo, jogando a panela junto.

— O que você quer que eu diga, afinal? — Gulf pergunta, soltando a maça e se aproximando um pouco mais de Mew.

— Eu não deveria ter que soletrar para você — a voz de Mew sai um pouco baixa agora.

— Pensei que me conhecesse melhor do que isso, já que só supõe as coisas. — Foi o suficiente para fazer Mew erguer seu olhar para o rosto de Gulf, com um brilho o tanto quanto amargo em seus olhos.

— Bem, aparentemente eu não te conheço tão bem assim — Mew rebate — O Gulf que eu pensei que conhecia, nunca teria me deixado fu-

— Cala a boca — Gulf o interrompe, não deixando Mew terminar a frase.

— Ow... Me desculpe, senhor todo hétero tenho uma imagem a zelar. Você sabe que estamos sozinhos aqui né? — Mew fala com ar zombeteiro, esperando imensamente que isso irrite Gulf, cutucar os problemas de imagem do mais novo, era o jeito mais fácil de pressioná-lo.

— Sim... Bem... Nem todos podemos ser tão abertos quanto você, senhor "sou gay desde criança". — Rebate, sinalizando os dedos como aspas.

— Abertos quanto eu? — Mew pergunta indo à direção da geladeira novamente, pegando um suco, dessa vez. — O que isso quer dizer?

— O que isso soa pra você? — Gulf zomba.

— Não sei — Responde Mew — Mas ontem você não se importou o quão aberto eu sou, não é mesmo. — Ele se vira, pegando um copo e enchendo de suco.

— Não seja um idiota, você sabe o quanto isso é difícil para mim. — Exclama Gulf.

— Sei é? — bebe um gole do suco — Eu realmente não sei de nada. — Finaliza.

Juntos Pelo AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora