waning moon

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O Sol e a Lua, dois astros inspiradores para muitos artistas, poetas e escritores. Suas fases e funções que exercem na galáxia inspiram qualquer ser pensante, independente do intelecto dele.

Em muitas histórias e mitos, eles são representados como opostos, assemelhando com a lenda do Yin e Yang. O Sol é o ser brilhante, cheio de energia, exuberante, carismático, tendo beleza e astúcia até na sua saída, que é o momento de se pôr. A Lua é o ser de luz discreta, mas mesmo assim difícil de ignorar, pois se destaca no meio das pequenas estrelas espalhadas no céu escuro da noite, sempre bela em qualquer fase, calma, elegante e acolhedora, pois te acompanha o caminho todo.

Na vida monótona e agitada da sociedade, as pessoas são representadas de acordo com os astros do universo. Alguns são estrelas espalhadas, competindo para ver quem brilha mais e chama a maior atenção. Outros se juntam em grupos formando variadas constelações. Todavia, poucos são descritos de acordo ao Sol e a Lua, pois não é para qualquer um o dom de se destacar no meio do céu, seja de dia ou de noite.

Para a sorte de Adrien Agreste, ele era um Sol, tanto na aparência quanto na sua personalidade. Pele clara levemente bronzeada, alto, corpo modelado, olhos tão verdes que tinham semelhança a esmeraldas e claro, madeixas naturalmente loiras e um tanto rebeldes. Sua persona só fazia uma lapidação para o raio solar que o jovem era: piadista que as vezes chegava a ser sarcástico, charmoso na sua forma de vestir, cavalheiro, carismático, e leal aos seus amigos e família. Algumas vezes que Adrien gostava de ficar no seu canto, não tinha jeito, chamava atenção das pessoas, parecia que tinha uma luz que sempre as cegavam rodeando seu corpo, fazendo com que elas o indentificassem.

  Era assim a vida do loiro, principalmente na faculdade. Ele era conhecido não só pela sua beleza, mas também pelo seu talento e inteligência. Cursava Artes Cênicas, com o objetivo de se tornar um ator profissional e renomado como sua mãe, Emillie Agreste e mais uma vez, teve a sorte de puxar o talento da progenitora. Apesar da sua fama, o Agreste não era aquele clichê de popular que pegava todas na festa, muito pelo ao contrário, tinha o máximo de cautela ao se envolver com alguém. Perguntava para o universo de vez em quando se algum dia iria achar uma garota que completasse o seu oposto, metaforicamente falando, a sua Lua.

Infelizmente, a vida não é feita apenas de sorte e exuberância, contanto, se conformava e vivia normalmente no seu canto a espera do Eclipse.

Em um dia qualquer, Adrien se sentava junto com seus amigos do Campus na mesa do refeitório. Meio do ano letivo, nada de interessante para se fazer, falar ou esperar comemorar. O jovem comia seu cachorro-quente na maior calma e tédio, não que o alimento estava ruim, era seu humor que se encontrava fraco e sem luz. Nino percebendo a feição do amigo, dá um leve peteleco na sua cabeça, acarretando em uma reação brava de Adrien:

– O que aconteceu para você bater na minha cabeça?– Adrien questiona para o amigo.

– Acorda caramba, tem um prego na sua comida?– Todos que estavam na mesa deram uma leve risada com a fala de Nino.

– Eu só quero comer em paz, se você for pegar algum trem me avisa.

– Shiii, parece que o loirinho tá revoltado.– Kim comenta querendo provocar.

– Pessoas acordam de mal humor, sabia, Kim? Ah esqueci você não gosta de estudar mesmo.– O másculo fechou a cara.

– Calma rapaz, não tomou seu suco de maracujá hoje?– Nino pergunta rindo da sua situação.

– Eu posso comer meu almoço em paz? Obrigado.– O loiro proclama sem querer conversa.

– Okay, mas melhora seu humor pois daqui a pouco tem aula do Sr.Bernad, e pelo que tô sabendo o diretor vai explicar um projeto bem importante para o Campus inteiro.– Nathaniel aconselha seriamente enquanto bebia seu suco de morango.

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