eclipse

66 2 0
                                    

Já era o dia da estréia em um cinema popular de Paris, os alunos esperavam ansiosamente a chegada do horário de ida à cerimônia. Como previsto, arrumavam-se cautelosamente, inclusive Adrien.

O loiro estava no seu apartamento, não foi para casa de Marinette pois ambos queriam se preparar com mais calma e privacidade. O ator sentia-se nervoso, sua cara iria aparecer a noite inteira e não sabia se conseguiria lidar com toda aquela atenção.

No fundo, desejava apenas uma dança lenta com sua amada.

   Passou o perfume amadeirado como um ponto final de preparo, logo após ter ajeitado sua gravata. Adrien olhou fixamente ao espelho na sua frente, respirando fundo. Estava pronto, agora só precisava ir à casa de Marinette, buscá-la.

Saiu do seu grande apartamento localizado em uma das áreas mais chiques de Paris pegando sua carteira e seus pertences importantes apressadamente, ansioso para encontrar Marinette na porta do prédio no qual a mesma morava.

Desceu o elevador, ansioso e inquietante, e até, preocupado. Havia muita expectativa da sua performance no filme produzido pelo seu campus, sabia que seus primeiros trabalhos não seria lá essas coisas, tinha muito o que melhorar, mas, como todo artista, Adrien carregava uma autocobrança excessiva em sua personalidade, a qual o loiro tentava– falhamente– deixá-la para trás.

O elevador finalmente chegou no térreo e as duas portas automáticas se abriram. O ator suspirou fundo e saiu de cabeça erguida, logo seguiu ao estacionamento do prédio onde seu carro estava posto. Se acomodou no banco do motorista e seguiu caminho à casa de Marinette.

...

   Adrien chegou na frente do prédio de Marinette, aguardando ansioso pela vinda dela. Verificava as mensagens no celular, olhava a rua para passar o tempo. A azulada se atrasava na maioria das vezes, só tinha pontualidade quando ficava bastante ansiosa com a ocasião. Não que nada a preocupava, mas daquela vez Adrien sabia que demoraria um pouco mais, afinal, a noite irá ser especial.

O loiro observava a paisagem distraído para o lado, quando seu transe foi finalizado com a voz que mais amava escutar:

– Eu demorei muito?

Quando Adrien vira sua face, seu mundo para.

Quer dizer, seu mundo já estava ali, bem na sua frente.

A gola da sua gravata, que nem estava tão apertada, começou a fazer calor, e a noite se apresentava meio fria, mas a imagem que Marinette estampava, causou uma pane total na mente do namorado.

Marinette usava um vestido de corset tomara que caia preto bem apertado, a saia de seda era de uma coloração rosê, amarrada em um laço grande e delicado ao lado direito da sua cintura fina, agora, mais definida. Para causar mais calor em Adrien, o tecido deixava a mostra uma parte da coxa, não de uma forma exorbitante, mas com o objetivo de equilibrar a elegância e a sensualidade. Seus sapatos eram os mesmos saltos brancos que usara na primeira noite deles, resultando em um bom déjà vu na mente de Adrien.

A azulada, detalhista de natureza, complementou com o uso de jóias delicadas armadas de pérolas, o cabelo penteado atrás da orelha com leves cachos na ponta, deixando apenas os poucos fios da franja no lado do rosto, e a maquiagem pintada de cores nudes finalizada ao clássico batom vermelho, honrando a moda francesa.

Marinette era divina em todas as suas fases, assim como a Lua.

– Uau... – Comentou Adrien sem reação analisando sua amada de cima a baixo, e vice versa, com uma feição surpresa.

– Tá tudo bem, chaton? – Questionou Marinette preocupada, chegando perto do namorado. Ela exalava um cheiro doce, o que fez Adrien perder as estribeiras.

Rare EclipseOnde histórias criam vida. Descubra agora