Capítulo Único

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Minho estava sentado no chão da sala ao lado de seu filho, Minjun, que fazia seu dever de matemática. Minjun tinha muita dificuldade na matéria, mas Minho não sabia disso porque seu filho sempre fazia o dever sozinho, sem reclamar ou pedir ajuda, até que um certo dia, Minho pegou Minjun usando a calculadora de seu celular escondido. Depois desse dia, Minho tentava ao máximo ensinar seu filho a fazer as continhas de subtração e soma, e como recompensa por cada questão acertada, lhe dava algum lanche ou saíam para o parque com mais frequência. 

Hoje não foi diferente, exceto que Minho tinha que lavar a louça suja que tinha deixado para depois. Minho levantou os braços para cima esticando o corpo e, em seguida, se levantou do chão tendo a atenção de seu filho que encarava todo movimento que fazia.

— Filho, quero que você termine seu dever de casa enquanto o papai lava a louça, ok?

— Vamos pro parque hoje, papai? — Minjun perguntou. Minho olhou pela janela vendo que ainda chovia e olhou para seu filho que lhe encarava com aqueles olhos brilhando em expectativa.

— Hum… apenas se fizer todo o dever sem usar a calculadora e se parar de chover, tudo bem?

— Uhum. Sou um homem inteligente, papai. Farei minha tarefa rapidinho sem ajuda de ninguém. — Minjun falou arrancando uma gargalhada de seu pai.

— Ok homem inteligente, faça sua tarefa agora.

O pequeno Minjun assentiu e abriu seu caderno para fazer suas atividades de matemática enquanto seu pai ia para a cozinha lavar a louça. As contas pareciam bem fáceis, mas não se enganem, a matemática nunca ficou ou foi fácil. Quanto mais Minjun achava que tinha aprendido fazer a conta, mais se enganava com as contas seguintes, era uma mais complicada que a outra. 

Minjun desconfiava que quem tinha criado aqueles números era um velho ranzinza maligno que sentia prazer em torturar as mentes das pessoas menos inteligentes… literalmente.

— Tudo bem, eu consigo. Sou o homem inteligente do papai. — Minjun murmurou para si mesmo. Ele olhou para as contas piscando várias vezes. — Eu desisto!!

— Disse alguma coisa filhote? — Minho perguntou da cozinha.

— Não. — Minjun gritou meio desesperado. — Papai não pode saber que não sei fazer as contas, não vou poder ir ao parquinho brincar com Yejun se ele descobrir. — Minjun murmurou para si.

O pequeno Lee olhou pela mesa e encontrou o celular de seu pai em cima do sofá, não podia usar a calculadora, mas talvez podia ligar para alguém que pudesse o ajudar, certo?

Minjun se levantou tendo o máximo de cuidado para não fazer nenhum barulho e foi para perto do sofá, pegando o celular de seu pai. Ele ligou o aparelho e colocou seu nome na senha, logo o desbloqueando.

“Papai devia colocar uma senha menos óbvia." Minjun pensou ao ver o quão fácil foi descobrir a senha.

O pequeno Lee observou a tela do aparelho e logo encontrou o aplicativo de ligação, clicou no ícone e digitou o número que havia decorado para chamar em situações de emergências e aquela era uma situação de emergência. Minjun aproximou o aparelho de seu ouvido ao ligar para chamar e logo foi atendido.

— Polícia de Seul, qual sua emergência? — o homem perguntou.

— Eu preciso de ajuda. 

— Qual o problema? 

— Com minha conta de matemática. Tenho que resolver uma sub… coisa de menos e de mais.

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