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Indo para o cômodo do topo do prédio o qual sempre fica, ele foi deixando apenas dois homens na minha cola como se não tivesse confiança em mim. 

Terei que ganhar sua confiança, se pretendo sair daqui com a irmã de Manjiro.

- Nii-san! - chamei por ele, antes que chegasse no pé da escada. 

- Sim, irmã...? - voltou, sorrindo abertamente pela forma que chamei. - Deseja algo? 

- Me ensine a atirar, pois quero fazer bonito quando pegar aquele maldito. 

Nossa, não sei como Manjiro nunca pegou esse idiota, pois o cara é tão burro que cai facilmente no meu papo. 

- Assim que se fala, imouto. 

Puxou-me para um abraço sufocante, o qual eu fiz questão de fazer com que ele sentisse minhas mãos em sua costa, deslizando umas dela inocentemente pelas laterais do seu corpo conferindo se carrega com ele as chaves, que mantém Emma trancada naquele cômodo. 

- Vamos começar seu treino neste momento. – arrastou em uma direção. 

Em obra do destino, a sala que entramos ficava de frente para a qual a irmã de Manjiro estava. Sala a qual, continha várias armas expostas nas paredes, e recheada por uma mesa ferramentas de torturas. Como facas, furadeiras, pregos e martelos...outros mais. 

(...)

Agora, já era por volta das dez horas da noite. 

– Vou pegar mais munição, da minha arma acabou. - avisou Kazutora. - De olho nela, imbecil. 

Lógico que ele não iria sair assim sem deixar um dos caras me vigiando, e tinha que ser justo aquele o qual me importunou mais cedo. 

- Estranho, não acha? Kazutora deixa justo eu cuidando de você. - andava de um lado para o outro, seguindo meu olhar. 

- Ah, ele notou que não tenho um pingo de medo de um verme como você. – dei de ombros, sorrindo sarcástica. 

- Kazutora pode estar cego de vingança, ao ponto de não perceber a falsidade da própria irmã. 

Meu rosto ganhou uma expressão de surpresa, por ele descobrir minha jogada, porém, tentei fingir máximo que consegui. 

– Não sei do que você está falando. 

- Sabe sim! Algo você quer, para chegar ao nível de querer matar Mikey tão rapidamente. – persistiu, encurralando- me. 

De tanto que observei o ambiente e a ele, acabei avistando muitas chaves em sua cintura como se ele fosse a espécie de guardiã desse lugar. Apenas algo se passou por meus pensamentos, que entre aquelas chaves deveria ter a da porta à frente. 

Meus planos não eram para esse momento, porém, outra vez o destino estava ao meu favor. 

- Pena que você nunca mais abrirá sua boca nojenta. - sorri maléfica, meia medrosa também. 

A mesa com as ferramentas de tortura estava justo atrás de mim, facilitando meu trabalho que foi de procurar das mãos algo com uma perfurante, achando pregos espalhados pela mesma. Pegando um, rapidamente cravei na jugular do homem à minha frente que caiu de joelhos diante de mim, tentando estancar o sangue jorrado com as próprias mãos. 

- Não é nada pessoal, sinto muito. - trêmula peguei as chaves, correndo pra fora do cômodo. 

Levei minutos procurando qual seria a chave certa, sempre atenta na direção que Kazutora deveria ver. Quando finalmente abri a porta, entrei com tudo me deparando com o cômodo que cheirava a sangue podre e muitas rasgadas pelo chão, paredes cheias de mofo e no fundo do cômodo, uma mulher muito magra amarrada em volta de uma cadeira. 

- Ei, você! Emma? - chamei calmamente, tentando não assustar. 

Aos poucos a mulher foi erguendo a cabeça, arregalando seus olhos por algum motivo. Quando pensou em gritar, tampei sua boca com minhas mãos em um único pulo. 

- Eu vou lhe tirar daqui, não precisa ter medo. - acabei por notar sangue em minhas mãos, que deve ter sido isso a lhe assustar. - Fale baixo. 

A mesma concordou e suavemente livrei sua boca, correndo em seguida para tirar aquelas cordas que a prendia. 

- Meu irmão finalmente veio? Ele quem mandou você? - sua voz estava fraca assim como seu corpo. 

- Se apoie em mim. – lhe segurei pela cintura, tentando caminhar até a porta com a mesma. -Aish.. Como vamos sair daqui sem que nos vejam.

 - Eu consigo andar. - avisou, se soltando de mim que fiquei aliviada, pois assim fica mais fácil para tentar uma fuga. 

Aproveitando que Kazutora ainda não tinha voltado, adentramos o corredor sem medo algum já que os homens estavam reunidos em dos cômodos bebendo, ficando apenas com a preocupação dos que circulam lá fora, vigiando entrada e saída. 

- Não, não, não! Vocês está roubando! – eram os homens gritando, de algum dos cômodos. 

- Filhos da puta! – gritava outros. 

Passamos despercebidas pelo salão grande que leva a grande porta de saída, o qual pensava sair por ela, até ser puxada por Emma que me arrastou para outra direção. Era uma espécie de portinha de emergência, o qual dava rumo certo para uma parte do grande muro o qual continha um pequeno buraco disfarçado. 

- Fiz na minha primeira tentativa de fuga, porém, ninguém pareceu ter notado. - sorriu ela, passando pela portinha primeiro que a mim. 

Tínhamos que dá pequena uma corrida da porta a qual saímos até o muro, mas, perto do portão grande de saída e entrada estava dois homens, com armas bem pesadas expostas.

- Eu prefiro morrer, do que viver mais um dia nessa morte! -nem percebi quando ela correu, passando rápido por aquele buraco no muro. 

O pânico em ser pega tomou conta de mim, deixando claro que se eu não corresse agora, logo um deles iriam dar por falta de mim e depois dela. Então, resolvi correr também passando pelo buraco, avistando Emma escondida atrás de um caminhão me esperando. Olhando para todos os os lados fui correndo em sua direção, podendo perceber que o veículo estava de saída.

- Entra aí. - ajudei ela subir no mesmo, na sua parte de trás que carregava parecia transportar algumas coisas.

- Vem, eu te ajudo. - estendeu sua mão para mim, quando segurei a mesma fui segurada por alguém. – Não! 

- Achou mesmo que poderia me enganar, imouto? - era Kazutora. 

- Me solta, seu miserável! 

Estava a me debater, desesperada com a chegada dos seus capangas que nos cercaram, e dois subiram no caminhão para pegar Emma que gritava. 

Eu já estava chorando, tentando apenas me soltar de Kazutora para ao menos socorrer ela que gritava altamente por socorro. Estava desistindo, quando uma voz me me acalmou.

𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐁𝐚𝐫𝐫𝐚 𝐏𝐞𝐬𝐚𝐝𝐚 - [𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢́𝐝𝐚]Onde histórias criam vida. Descubra agora