Prólogo ☀️

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  Depois de algumas horas de molho no avião, finalmente chego em Nova York. Me recordo da primeira vez em que mamãe me trouxe para conhecer a neve. Que sempre dizia: '' Cuidado para não cair, minha rapunzel." Não importava o quanto ela falava. Porque eu tinha a mania de sair correndo em disparada para brincar na neve.

Com apenas cinco anos de idade, já queria ser "a" dona do meu própio nariz.
E ela achando que minha teimosia iria acabar cedo, pelo contrário só aumentou. Ser independente era o que mais queira desde criança.

E sabia que só conseguria isso, através dos estudos. Sempre fui apaixonada por números, então não foi muito difícil escolher qual profissão seguir.

— Senhor, o trânsito daqui costuma ser sempre devagar? — pergunto impaciente de tanto esperar.

  Pois, estamos em um engarrafamento próximo ao Central Park. Os carros parecem se mover como tartarugas, essa minha irritação tem nome e sobrenome. Isso mesmo. Se chama a minha "bexiga cheia". 

  Aliás, está cheia desde a última quadra, quando me distraía babando pelo vidro carro. Um maravilhoso vestido vermelho longo de festa, em uma vitrine de roupas.

   Deveria ser Gucci ou Prada. Sei lá, já me imaginei vestida nele. Quem sabe? em alguns dos eventos da empresa que tanto sonho em ser contratada.

— Às vezes senhorita! Mas posso colocar uma música pra você se distrair se quiser? — sugere o motorista com a um risada engraçada no final.

— Que mal tem!? — afirmo a ele maneiado a cabeça rindo da risada que ele acabou de dar.

— Tem alguma preferência? — pergunta se virando para trás, olhando para mim. 

  Ele era um um pouco velho. Aparentava ter uns cinquenta anos, era gordo e tinha um bigode preto curvado. Parecido com aqueles dos cherifes de filme de bang bang.

— Não tenho. Gosto de quase todos os estilos. Pode ligar o rádio e deixar a música tocar. — respondo com um sorriso de empolgação. Me encostando no banco, colocando meus braços para trás.

— Vamos ver o que tá rolando aqui na rádio. — falou  ele dando de ombros. 

   Ele liga o rádio e, por coincidência começa a tocar minha música favorita do Bruno Mars Treasure. Começo a cantar e o motorista me acompanha. Somos um pouco desafinados, confesso. Mas o que importa é que estou feliz e me divertindo.

  A energia é tão contagiante que até o engarrafamento anda. E a essa altura nem me lembrava mais da minha "bexiga". Cantarolando quase todas as músicas do especial da seção do Bruno Mars.

   Em poucos minutos chegamos no hostel em que vou ficar hospedada nos próximos meses.

— Quanto deu a corrida? — pergunto vasculhando a minha bolsa a procura de minha carteira.

— 25 dólares, senhorita! — responde parando o taxímetro.

— Aqui está, senhor. — digo entregando as cédulas a ele.

— Obrigado! Quer ajuda com as malas? 

— Vou precisar mesmo. Parece que trouxe a metade das minhas roupas! — brinco com leve risada abrindo a porta do veículo.

O senhor me ajuda a retirar todas a malas do carro. As levando até a entrada do hostel.

— Ah e, muito obrigada. Com a ajuda com malas e a corrida foi uma das mais divertidas que já tive. 
— agradeço com um largo sorriso apertando as suas mãos.

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⏰ Última atualização: Nov 02, 2021 ⏰

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