Lolita- Bill Skarsgard

01

Fevereiro

Bill mantinha a atenção na direção do veiculo, enquanto o carro andava pela estrada e ia se distanciando cada vez mais a cabeça do homem ia se pertubando ainda mais. As mão estavam suadas como sempre foram mas naquele momento estavam piores do que nunca, grudadas ao volante tentando manter a mente longe do problema que o fez sair de sua querida cidade.

Bill era um homem de 31 anos que havia acabado de sair do lento e doloroso processo de divorcio, sua mulher não aguentava mais o jeito dele e ele não suportava ver ela todas as manhãs reclamando das mesmas coisas e então depois de uma briga não muito longa mais que foi fatal para seu casamento. Ele já estava divorciado a duas semanas e queria fugir da cidade grande e de tudo que o lembrasse de Angela, sua ex mulher, ele havia comprado essa casa de um velho amigo que seria demolida e leiloada se ninguem a comprasse

O radio estava tocando alguma musica qualquer do Queen, seus dedos no volante envoltos pelos belos aneis de prata balançavam de acordo com a musica, sua barriga estava doendo de fome mas ele não queria parar em nenhum lugar, queria apenas chegar na casa e se afundar em provavelmente qualquer bebida que encontrasse. Virando sua atenção para o banco de trás aonde havia algumas bolsas e umas sacolas, levou seu braço procurando pela textura de um vidro gelado, assim que sentiu puxou a garrafa de Vodka e levou até os dentes perfeitamente alinhados e abriu o lacre, o cuspiu pela janela e começou ali mesmo seu caminho para oque provavelmente terminaria em uma noite totalmente apagada de sua mente conturbada
....

A bebida alcoólica havia dificultado sua visão a longa distancia então ler o nome das ruas estava sendo uma grande dificuldade até que sem mesmo ligar para a placa na rua ele havistou a grande casa no meio do quarteirão, dirigiu devagar até a residencia que era a unica com a grama enorme e bagunçada de toda a rua mas em aparencia a casa era bem chick. Depois de desligar o carro se encostou no banco por alguns minutos e estava receoso de entrar, se ele entrasse sabia que não poderia voltar atrás

Abriu o porta mala de seu conversivel , algumas vizinhas que passavam pela calçada o encaravam com curiosidade ou desejo, Bill era um cara muito atraente para a maioria das mulheres e homens, ele nunca ligou para esse negocio de beleza mas no fundo ele sabia que era bonito. Tirando a chave da casa do bolso ele se dirigiu até a porta e destrancou a mesma, entro jogando as bolsas no chão e se virando para pegar o resto que havia ficado no carro.

Enquanto Bill brigava com a porta do carro que não queria abrir de nenhum jeito um barulho o chamou a atenção e provavelmente das outras pessoas da rua, descendo pela rua estava um reflexo vermelho que ao se aproximar ele reconheceu ser um impala 67 vermelho vibrante, o radio do carro estava alto e acompanhado de vozes de pessoas cantarolando junto. Bill havia parado de ligar para a porta do carro e sua atenção estava totalmente presa naquele carro que estava se aproximando

Quando o impala encostou ele pode ver que havia quatro adolescentes nele, duas meninas e dois meninos. No exato segundo que os olhos de Bill encontraram o rosto daquela garota que estava saindo do carro alguma coisas aconteceu com ele, sua barriga havia ficado mais dolorida e um nó em sua garganta havia se formado, seus pés queriam entrar para dentro da casa o mais rapido possivel, porque isso estava acontecendo? Bill perguntou a si mesmo quando a viu andar pela calçada, as pernas da garota estavam envoltas por lindas meias arrastão que se ligavam a um par de botas pretas que a cada pisada ao chão a respiração de Bill se enrolava, ela se encostava no carro vermelho que iluminava seu belo rosto que só poderia ter sido esculpido por um anjo. O cigarro em sua boca perfeitamente desenhada de vermelho se destacava, a fumaça subia por seu rosto dando espaço aos cabelos curtos e negros da mesma. Cada detalhe daquela garota estavam passando e sendo copiado na mente de Bill que ainda estava parado perto do carro feito uma estátua

Depois que o carro vermelho arrancou pela rua e desapareceu na esquina , a garota olhou em volta sem perceber a presença de Bill do outro lado da rua ela tragou o cigarro mais uma vez e o jogou no chão, a bota preta de vinil pisou em cima da bituca e a apagou. As mãos da mesma desceram até o short jeans e o puxaram para baixo oque não fez muita diferença mas Bill se mantinha atento a cada movimento dela, ela se dirigiu ao carro que estava parado em sua calçada e de dentro dele tirou uma blusa preta bem maior do que a qual estava desenhando seu corpo. A moça colocou a blusa preta por cima da roupa e por incrivel que parecesse aquela peça deixou a roupa mais "comportada" na visão de muitos.

Então só assim ela começou a andar em direção a casa, ela destrancou a porta e sumiu dentro da grande casa. Bill ainda estava paralizado com oque acabara de ver, por que ele se sentiu assim na presença dela? Talvez tenha sido a vodka? Talvez beber de estômago vazio não faça bem.Ele tentou se convencer disso mas foi em vão ele sabia o por que mas não tinha certeza e nem queria ter certeza. Então a porta do carro abriu sem dificuldade e ele pode finalmente pegar o restante das bolsas e caixas da mudança, levou tudo para dentro e finalmente fechou a porta e pode se sentar no sofá e situar a cabeça no lugar certo

A casa não era muito grande mas do tamanbo perfeito para um homen sozinho e divorciado, que provavelmente só dividiria a cama com as garrafas vazias. Depois do pequeno tour pela casa ele já havia começado a arrumar as coisas em seus devidos lugares, enquanto as caixas iam sendo esvaziadas seus pensamentos iam sendo preenchidos pelo rosto angelical daquela garota, ele não conseguia esquecer aqueles labios perfeitamente vermelhos como se o estivessem chamando para toca-los ou sentir o gosto que em sua cabeça seria maravilhoso mas ele nem sabia quem era ela e muito menos ela se dava conta da existencia dele

A ultima caixa havia sido esvaziada e jogada junto as outras no canto da sala, o homem depois de conferir a ordem de tudo na casa foi em direção a geladeira e pegou uma garrafa de Whisky e subiu em direção ao seu quarto. Com um copo cheio na mão ele se sentou na mesa perto da janela e abrindo o laptop começou a trabalhar, contas e mais contas, numeros e equações eram o que ele mais via em seu serviço. Bill era um arquiteto bem conhecido e renomado aonde morava, ele havia projetado os melhores predios e estabelecimentos na cidade

Ja se passava da meia noite e Bill havia terminado seus projetos, com uma segunda garrafa de Vodka fazendo companhia a de Whisky vazia ao lado da cama, ele estava largado na cama e com o copo na mão pela metade. Aquela noite seria longa e deploravel e ele provavelmente não se lembraria de nada