A VERY PADS' DAY || ONESHOT

Capítulo 1 - O Aniversário

     Sirius não gostava de seus aniversários antes de Hogwarts. Na realidade, ele não gostava de datas comemorativas em geral. Sua família, a notável casa dos Black 's levavam muito a sério datas comemorativas para mostrar ao mundo bruxo o quão importantes e relevantes eles eram naquela sociedade.

     Viver com os Blacks, era sinal que no seu aniversário no sentido mais positivo da palavra seria que talvez ele não ganhasse uma cicatriz nova naquele dia como presente de aniversário. Na parte melhor daqueles dias, ele conseguia se esconder durante a festa com seu irmão, Regulus, que sempre dava um jeito de surrupiar alguns doces e bolos e levava para seu quarto, e eles comiam numa cabana improvisada depois de bater parabéns baixinho para Sirius, foi assim desde que Reg nasceu, até os seus 10 anos, até Hogwarts.

     Em Hogwarts, ele aprendeu a realmente gostar de seus aniversários. Com a ajuda dos seus amigos, e do seu irmão (mesmo que esse fosse de forma mais sigilosa e complicada possível), e de seus pais, quer dizer, os pais de James, os Potter 's.

     Então quando Sirius acordou em seu dormitório naquele 03 de novembro de 1974, ele estava confiante. Confiante que seu dia ia ser legal, confiante que a festa surpresa que James estava organizando e jurando que ele não sabia, iria ser igualmente boa.

     - Anda Sirius, acorda! Vamos perder o café da manhã. - James falava enquanto pulava em cima do cachorro preto que havia na cama de Sirius que o menino nem tinha percebido que tinha se transformado.

     Ele ainda estava se acostumando, assim como os amigos, aquela nova forma. Então era normal às vezes amanhecer e um deles estar em forma animaga. Uma vez no mês anterior tinham perdido Peter durante uma festa na comunal da Lufa Lufa e o acharam no outro dia dentro de um vaso em sua forma de rato.

     - Prongs, o cachorro sou eu, mas quem está se comportando como um hoje é você. - sua voz saiu rouca e abafada contra o travesseiro, quando voltou a sua forma humana, e pôde ouvir a risada de Remus enquanto esse saia do banheiro, o que enviou uma descarga pela sua coluna ao ouvir a risada do outro e logo escondeu de novo seu rosto, não sem antes James perceber.

     Sirius gostava de Remus, não um gostar de amigo, como ele gostava de Pete, e não um gostar de irmão que ele sentia pelos dois que tinha. Ele gostava no sentido romântico da palavra, e no início foi bem difícil de aceitar aquele sentimento. Foram muitas noites de feitiços de silenciamento enquanto ele se esgueirava para cama de James e ficava desabafando com o amigo o quão difícil era. E logo depois, longas conversas sobre auto aceitação e expectativas de sua família biológica com sua mãe, Euphemia, enquanto passava os natais em casa. Até mesmo sobrava para o coitado de Regulus, que tinha que ficar constantemente trocando mensagens por corujas com falsos nomes para Sirius sobre a queda que seu irmão tinha por um de seus melhores amigos.

     Mas hoje não era nada sobre Remus e como ele corava toda vez que o garoto falava algo perto de seu ouvido ou acabava roçando suas mãos nos braços do amigo, ou como quando ele dava aquele sorrisinho que mostrava suas covinhas quando Sirius falava algo engraçado que ele sabia que o outro iria rir. Mas de novo, hoje não era sobre Remus Lupin, mas sim sobre Sirius Black.

     - Vamos Sirius, nós vamos nos atrasar e seus presentes vão chegar! Você não quer esfregar os presentes na cara dos meninos da Sonserina? - Pete que já estava arrumado esperando, falou.

     - Tá, tá. Pete, como sempre você consegue o que quer da gente. - ele conseguiu tirar James de cima dele e foi para o banheiro se ajeitar.

     - Nós vamos descer, e te esperar no refeitório. - ele ouviu James dizer.

     Depois de se ajeitar para o dia de aula que com certeza seria muito bom, já que não teria aula de poções com a Sonserina, já que misteriosamente todos os sonserinos - menos Regulus -, tinham contraído uma coceira que não conseguiam se livrar.