Era segunda-feira, dia em que Thomas iria voltar a abrir o restaurante da familia. Andrade’s restaurant é um dos mais famosos de São Paulo e devido a morte de sua filha Carla, o restaurante fechou por um período de sete meses. A familia Andrade não estava totalmente recuperada,mas Abandida falava que todos precisavam seguir em frente. Ela iria voltar ao escritorio de advocacia e Thomas iria abrir o restaurante novamente. Eles estavam precisando disso, queriam pensar em outras coisas a não ser a morte de sua filha e a profunda depressão de Sarah
-bom dia! - Abandida falou abrindo a porta do quarto da Sarah, que abriu o olhos e continuou deitada.
a garota não tinha expressão alguma. Nunca.
-hoje seu pai vai abrir as portas do restaurante de novo.- Apesar de sua filha não falar, Abandida conversava com ela do mesmo jeito, sabia que ela a ouvia e tinha esperanças que Sarah a respondesse.
Abandida abriu as cortinas e a garota colocou as mãos nos olhos, em seu pensamento, ela queria mandar a mãe sair logo dali. Ela queria ficar deitada e não queria sair nunca daquele quarto.
-Você vai junto! - Sarah a olhou.- precisa sair de casa, você sabe que nao esta bem. Ao menos fique ao lado do caixa.-Suspirou e sento na ponta da cama.-Lembra quando vc trabalhava de garçonete?-sorriu de lado.
Sarah lembrou e automaticamente sua irmã veio em mente. Elas eram proximas demais e tinham a mesma aparencia, o mesmo jeito. O mesmo tudo. Sentiu seus olhos encherem de lagrimas e não aguentou. Era sempre assim. Qualquer palavra a fazia lembrar de sua irmã.
-Não chora, filha.-Abandida foi ate Sarah, que chorava e parecia que não tinha fim.
Na tentativa de um abraço da mãe, a loira se levantou correndo da cama e se trancou no banheiro. Respirou fundo e passou água no rosto.
Eu sou destetavel, eu que deveria ter ido no seu lugar, Carla!.- Pensou.
Sarah se culpava todos os dias, pela morte de Carla. Pensava que a culpa era dela, por ter implorado pra desviar do cachorro na curva. Ela ficou com o braço e a perna quebrada, levou alguns pontos na barriga e na nuca. Se recuperou umas semanas depois. Mas Carla estava sem cinto e foi jogada na tentativa de frear o carro.
-Sai do banheiro!- Abandida falava quase desesperada, batendo um pouco na porta.
Sarah suspirou e passou água no rosto, abriu a porta e sua mãe respirou aliviada.
-Tome um banho e coloca uma roupa, ta bom?Quero você lá embaixo o quanto antes.- A loira ouviu e fechou a porta do banheiro de novo, se despiu e entrou no chuveiro.
Ela não queria ir pra inauguração do restaurante, não estava pronta pra ver pessoas e sair de casa. Tudo que ela queria era ver sua irmã de novo. Quando colocou a roupa, respirou fundo e girou a maçaneta. Sarah não queria sair daquele quarto, mas sabia que era preciso.
-Você esta tão bonita. - Thomas falou pra sua filha, na esperança de ver um sorriso dela assim que a loira desceu lentamente a escada, como antigamente.
Ela ouviu e sento no sofá, sentiu o cheiro de comida, mas não estava afim de ir na cozinha.
-Vai na inauguração?- Ele perguntou e Sarah seguiu olhando a tv desligada- Vou levar isso como um sim.-Thomas desistiu de tentar falar com ela, aos poucos se irritava e então decidiu ir até a cozinha.
Ele não conseguia se acustumar com o fato dela não falar nada. Depois que os Andrades almoçaram, Sarah deitou no sofá e apagou até chegar a noite. Enquanto ela dormia no sofá, seus pais conversavam na cozinha o que deveria fazer com ela.
- Devemos a interna. - Abandida falava com receio. Ela não queria aquilo.
- Você acha? -Thomas falou depois de pensar sobre.
- Eu não quero isso, mas parece que é a única alternativa. Já se passaram sete meses, psicólogo não adiantou. Eu quero minha filha de volta- Seus olhos estavam cheios de lágrimas, queria tudo menos aquilo pra sua filha.- Ela não fala, não quer comer. Você viu hoje? Não tocou na lasanha ela amava lasanha.
-Todos nós sentimos falta da Carla, mas a Sarah, acho que nunca vai superar. -Thomas falou e respirou fundo pra segurar o choro.- Mas quem sabe não a internamos. deixamos mais alguns meses pra ver se ao menos ela da um sorriso.
-Eu acho que nem tão cedo isso vai acontecer...
-Precisamos levar em consideração que antes ela nem saia da cama, agora ela sai do quarto, quase sendo puxada a força. Mas sai. -depois da conversa, eles se abraçaram apertado.
Abandida não segurou o choro, sentia falta da velha Sarah doce e sorridente, ao lado da irmã q adorava provocar ela. Thomas tentava ser forte, mas ao ver a esposa chorar, não aguentava. Após saírem da cozinha, olharam Sarah no sofá e Abandida sorriu de lado ao ver o rosto angelical de sua filha. Thomas precisava resolver os assuntos do salão, em menos de duas horas ia inaugurar, e ele precisava saber se estava tudo em seu devido lugar.
-Você quer ir comigo?Sarah não vai acorda tão cedo.- Perguntou pegando as chaves do carro.
Abandida apenas assentiu, e eles foram até o restaurante. Sarah acordou com uma forte batida na porta de casa, mas ignorou e seguiu deitada. Ela colocou a mão no rosto e suspirou, ela queria levantar mais seu corpo não deixava.
- Tem alguém em casa?- Ouviu e respirou fundo antes de revirar os olhos, e levantar com toda a calma do mundo.
Calçou os tênis de qualquer jeito. Abriu a porta e havia uma menina de olhos castanhos escuros, com um sorriso amigável, em suas mãos, uma enorme cesta de café da manhã.
-Oii, tudo bem?Eu me chamo Juliette! - Falou sorridente.
Sarah continuava com sua expressão seria, isso deixou Juliette desconfortável.
-Han...Eu moro aqui do lado agora.- Apontou para uma casa amarela, mas a loira não se deu o trabalho de olhar, ela só queria fechar a porta na cara da garota.- E meus pais pediram pra trazer essa cesta. Nos mudamos pra esse bairro, e eles querem um relacionamento amigável com a vizinhança.- Sarah ignorou a cesta, e fechou a porta. Deixando uma Juliette extremamente confusa e irritada do outro lado.
Juliette respirou fundo, e tentou deixar pra lá a falta de educação da nova vizinha. Segurou firme na cesta, e foi em direção a sua casa.
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Ola sariette’s como estão?? então eu decidi fazer uma adaptação da fic original pro nosso mundo sariette espero que gostem e já digo logo a história é bem longa bjs na bunda de vcs até o próximo capítulos💙
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~trust me ~
RomanceSarah andrande entra em depressão profunda após perde sua irmã gêmea em um acidente de carro. Não fala,não sai de casa,não quer comer,e não quer viver há sete meses. Os pais da garota não sabem mais oque fazer. Depois de tantos psicólogos em que el...