7.Renascer: O Sol volta a brilhar toda manhã

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Renascer - O Sol volta a brilhar toda manhã

By Joe & Mahvoll


Eu só percebi o quanto precisava de uma conversa, como aquela que tive com Sehun, depois de tê-la. Acho que é normal, porque as coisas precisam acontecer para que possamos tirar algum ensinamento delas. E ele me fez entender que, é coisa de 'jovens adultos' acharmos que somos imbatíveis e que nada pode acontecer conosco, até que encontramos nossa kryptonita, e a parte mais difícil nem é percebermos que temos um ponto fraco que parece impossível superar, mas sim aceitar que, por mais que tenhamos passado por uma fase difícil recentemente, ela não foi a última, porque as fases difíceis da nossa vida não são um simples obstáculo como costumam nos contar porque nós somos um exército de uma pessoa só contra o mundo, e eles esquecem de avisar isso para gente.

Porém, Sehun me fez perceber que tudo bem perder às vezes, porque é injusto queremos ganhar todas as batalhas quando nem temos condições de fazer isso. E está tudo bem, porque não precisamos ser fortes sempre! Eu acredito que foi esse o ponto em que passei a, de fato, encarar toda a minha situação por outra perspectiva. Alimentando o lobo certo e sempre seguindo a luz do sol.

Mais uma vez o casal se encontrava sentado na poltrona da recepção do hospital ás 14 horas em ponto, ouvido as conversas paralelas das pessoas ao redor e observando as paredes brancas agora tão familiares para o Byun, que não mais o espantavam, mas o traziam o conforto da esperança de estar cada dia mais saudável. E era engraçado estar ali com Chanyeol, principalmente porque na primeira vez que estiveram ali, juntos, eram um casal de mentirinha, mas não é que agora era para valer?! E era inacreditável para o loiro olhar para Park Chanyeol, o inalcançável aluno da publicidade, e vê-lo sorrir para si, segurar sua mão, tocar-lhe a maçã do rosto em um gesto de carinho enquanto desferia palavras de conforto e orgulho para si, antes de selar seus lábios em um beijo singelo e o ouvi-lo dizer, ainda com os lábios rosados próximos aos seus, um "eu te amo, amor!" depois de tudo que passou, que passaram.

Byun Baekhyun nunca esqueceria como Park Chanyeol fez parte de cada milésimo de segundo da parte mais difícil da sua vida, e em nenhum momento sequer ameaçou soltar sua mão. E isso só o fazia perceber que, ele já esteve nos braços de diversas pessoas e que várias vezes jurou que aquela pessoa era o amor da sua vida, mas só Chanyeol foi capaz de o fazer perceber que o que eles tinham não era o amor da vida de ambos, mas sim o amor para toda a vida, e era só isso que eles precisavam.

— Byun Baekhyun... Boa tarde, vamos? — A doutora apareceu na porta com aquele sorriso mínimo que o Byun já conhecia.

Ambos se levantaram adentrando o pequeno consultório, Baekhyun já com os seus exames em mãos para que a doutora analisasse. Hyejin foi a primeira a se sentar, apanhando o envelope que Baekhyun estendia. Porém, diferentemente da última consulta onde ela havia levado a atenção aos papéis imediatamente, a infectologista espalmou as mãos em cima do envelope, observando Baekhyun se sentar com aquele sorriso tão discreto.

— Você parece muito bem, Baekhyun. Totalmente diferente de alguns meses atrás. — Comentou a doutora, intercalando o olhar entre o casal.

— A verdade é que eu me sinto ótimo. Muita coisa aconteceu desde a nossa última consulta. — Baekhyun afirmou, sem esconder o sorriso.

A doutora respondeu ao ato, intercalando o olhar mais uma vez entre o casal.

— Isso é ótimo, e eu acredito, sem nem ver seus exames, que a evolução desta vez foi muito boa. — Hyejin comentou, animando todos na sala e abrindo o envelope em seguida, passando a folhear os exames. — Vamos seguir com as perguntinhas de sempre, okay? — Disse apertando sua caneta e acionando a ponteira para que começasse a rabiscar nas folhas cheias de coisas que Baekhyun ainda não entendia direito.

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