Doses
Preciso de mais doses pra adoçar o amargo da garganta
Cada dia é um mergulho no tempo, Não quero me afogar nas mágoas
Não posso ficar a deriva, encalhado nas águas do destino
Quero somente ser alvejado por um raio de sol
Quero o meu corpo queimando de prazer
Me tornar uma brasa e nunca mais arrefecer
O elixir do tempo está nas mãos de um velho andarilho
Ele Caminha sobre trilhos, vendendo doses de brilho
Preciso tomar um porre, senão descarrilho
Se chora de tristeza ou de felicidade
As lágrimas nem sempre lavam as vaidades
Que ninguém me proíba de beber, pois meu corpo já atingiu a maioridade
Que sirvam as taças, meu ego quer fazer arruaça
A alma está sóbria, mas meu corpo que morrer de prazer
Não sei quanto tempo eu tenho antes de enlouquecer
Jonas Luiz
03/11/21
