The Darkness of The Forest {ABO+Taekookmin}

The tavern wolf - 2

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Jeon Jungkook༄

Odeio admitir que perdi o controle, nunca tive muito na verdade, mas eu estou no meu limite. Quero gritar, arrancar toda pele do meu corpo. Eu deveria correr em direção à alguma alma caridosa que chupasse meu pau com todas as forças, mas tudo que faço é correr feito um idiota pra longe de todo mundo.

Essa porra tinha que vir justo quando eu estava me dando bem com Hoseok. Aquele mauricinho nunca foi muito com a minha cara e nem eu com a dele. Mas tenho que admitir que até gostava do sujeito. Agora ele deve me odiar, porque com o grito que eu dei, os ouvidos dele sangraram. Não queria, mas também ataquei o rapaz, ele até tentou correr. Sequer me lembro quem foi o arrombado que me arrancou de cima do ômega, era bem mais forte que eu.

Saí correndo, arrastando comigo todos os objetos que encontrei no caminho. Aquilo doía, o ardor na minha virilha, a vontade insaciável de foder, tudo veio tão de repente.

Meu lobo é um desgraçado, demorou 22 anos para entrar no cio e quando faz, quase mato um pobre coitado que mais parecia um pedaço de carne naquele momento. O que eu virei? Alex, o leão do Zoo? Patético!!!

Nunca tive contato com esse lobo, ele nunca me ouviu, nunca deu as caras, me ignorava, e tudo que fazia era me deixar irritado, como se eu precisasse matar qualquer pomba branca que aparecesse na minha frente. E agora esse animal feroz fica me dando ordens o tempo todo, querendo acasalar. Maldito cachorro atrevido, por que me odeias tanto, vira-lata?

Agora eu o ouço berrando dentro de mim "Garoto estúpido e idiota, você devia ser mais respeitoso comigo, você me deve tudo!"

Maldita Kurama! É, eu sei que esse inferno não é uma raposa, mas é o demônio de nove caudas que vive dentro de mim e me faz ser tão amargo.

Meus olhos estão tão pequenos e pesados, acho que estou nessa floresta a muito mais tempo do que eu me lembro. Sequer sinto a sola dos meus pés, tenho certeza de que andei demais. Minha voz também não está nada boa, eu uivei com tanta fúria nos últimos dois dias que se não atraí nenhum lobo até agora é porque estou mata adentro, completamente longe da minha alcateia.

Me encostei numa árvore, disposto a ao menos sofrer em silêncio e deitado. Tinha tanta sede e tanta fome que estava zonzo, no entanto, o desejo intenso tomava conta do meu corpo, me obrigando a abrir minha maldita calça e me tocar como se fosse arrancar meu próprio pênis. É frustrante! Não consigo sentir nada que não seja dor ou ansiedade. Não consigo gozar, não consigo me concentrar e mesmo assim, minha mão continua o ato impulsivo e inconsciente que me levou a exaustão em minutos.

Não sei por quanto tempo eu apaguei, muito menos como eu saí da floresta, mas cá estava eu, numa taberna, deitado num pequeno cômodo de madeira escura.

Ao abrir meus olhos um pouco mais, analisei o local, as luzes estavam apagadas, mas ainda havia sol do lado de fora, denunciava que ainda era dia. O piso era bem gelado e não parecia nada velho. Consegui ver os detalhes através da porta aberta em minha frente, haviam algumas janelas grandes na entrada da taberna, próximo a porta, mas no cômodo onde eu me encontrava não. Eu consegui ver os sofás e poltronas no espaço grande, até que me dei conta de que eu estava acorrentado.

- Mas que porra! - Vociferei com fúria, tentando me arrancar daquelas amarras. - Quem foi o filho de uma puta? Quando eu sair daqui, vou arrancar sua cabeça, Satã!

Eu gritei com tanta fúria, tentando arrebentar as correntes que não pareciam se mexer com minha força. Agora eu virei um cachorro de rua mal tratado? Vai se ferrar, porra! Quem fez isso comigo tá muito lascado.