Capítulo Único.

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Olá, leitores!
Quanto tempo né?
Espero que estejam todos bem.
Aqui eu trago uma história curtinha e fofa de um casal que eu gosto muito, e é minha primeira vez escrevendo sobre ele e com esses personagens incríveis de My Hero Academia.
Espero que gostem!

Momo detestava ficar doente.
Mas também, o que mais ela queria? Pulou na porcaria de uma piscina em dia de chuva. Ou melhor, Mina havia a empurrado.

E agora ela estava de cama, com o nariz escorrendo, a cara inchada e vermelha, espirrando igual um ratinho. E aos seus ouvidos, sua voz parecia muito estranha também.

Ela já havia recebido a visita de Uraraka, Jiro, Tsuyu, Mina, Iida e Deku; eles haviam lhe trazido algumas margaridas, um remédio para tosse (ideia de Iida) e um pacote de balas de caramelo.
Haviam conversado muito, todos lhe contando como estavam indo às aulas sem sua presença e às vezes repreendendo de leve a Ashido por tê-la empurrado na piscina, dias antes.

Mas a única visita que Momo desejava receber era a de um certo bicolor, que as meninas fizeram questão de dizer que ele parecia muito preocupado com ela. Segundo elas, ele perguntava a seu respeito todo dia, e aparentava estar bastante consternado.
Na hora que lhe contaram, ela só riu, mas no fundo estava infinitamente feliz.

Tinha aproximadamente um mês e meio que vinha olhando seu amigo de um jeito diferente, sentindo algo palpitar toda vez que ele a chamava para fazer algum trabalho ou só de ouvi-lo falar seu nome.
Ela sabia que provavelmente o sentimento não era recíproco, mas ficava feliz que ele a considerava uma boa amiga. Aquilo era o bastante.

Ele se importava com ela, não tinha que pedir mais nada.
Mas, que Deus a ajudasse, seu coração queria mais, queria mais do que fazer trabalho junto e almoçar na mesma mesa que ele.
Queria abraça-lo, se aproximar sem medo, queria...

— Ora, Momo, o que você está pensando? — Praguejou baixinho, sentindo suas bochechas esquentarem.

Seus pensamentos foram interrompidos por uma batida à porta.
Franziu o cenho; seus amigos haviam acabado de ir embora, será que esqueceram alguma coisa?

Ela se levantou e abriu a porta.

Todoroki não se deu conta de onde estava ou porque estava quando viu Yaoyorozu abrindo a porta de seu quarto.

Tinha ido visitar sua mãe naquela tarde, se lembrava de ter comprado dois buquês de lírios; um ele deu à sua mãe e o outro… estava na sua mão.

— Ah! Todoroki-san, pode entrar.

E assim ele o fez.
Quando adentrou no quarto de Yaoyorozu, pôde sentir seu cheiro por todo o cômodo. Ah… ele ainda se lembrava das fantasias que tinha com aquele perfume, dos sonhos e de todos os efeitos que lhe causavam.
A essas alturas do campeonato, nem tentava negar que gostava dela, já admitira havia um tempinho.
Porém aquela sensação de formigamento e nervosismo podia ser bem ruim, e às vezes ficava irritado, mas isso era culpa sua, não dela.

— Todoroki, tudo bem? — Indagou Yaomomo.

— Aqui, é para você — disse ele, lhe entregando os lírios.

Os olhos da garota cintilaram ao pegar o buquê, ela sentiu o perfume natural das flores e sorriu.
Ele adorava vê-la sorrindo, e percebeu que era ainda mais incrível quando ela sorria por sua causa. Fez uma nota mental para fazê-la sorrir mais vezes.

— Ficar resfriado é uma droga… Eu, por exemplo, odeio ficar doente. Espero que melhore logo e…

Parecia que ele tinha mais a dizer, mas estava se engasgando com as palavras.

— Eu sinto sua falta nas aulas. Quer dizer, todos sentimos, principalmente Mina, Kaminari e Kirishima que não tem você para explicar a matéria que não entenderam — Ele riu de leve, parecendo meio nervoso.

A risadinha grave dele fez cada pêlo do corpo de Momo se arrepiar.
E ela pensou que ele devia rir mais vezes.

— Obrigada, são lindas flores. Logo eu estarei bem, prometo! — Ela lhe ofereceu outro daqueles sorrisos doces. — Você quer sentar? Ah! Quer uma bala?

Sua animação foi interrompida por um ataque de tosse. Todoroki lhe deu um lenço e um pouco de água, e a fez acomodar-se de novo na cama.

— Sinto muito por isso — disse ela.

Ele dispensou seu pedido de desculpas com um aceno.

— Da próxima vez que fomos à piscina, vou me certificar de deixar a Mina bem longe de você — Ele fez uma nota mental sem perceber que falara em voz alta.

Ela riu. E o som fez ele se sentir orgulhoso de si por tê-la feito se alegrar.

— Você é um grande salvador da pátria, obrigada. — Brincou Momo.

— Meu trabalho é salvar gatinhos em árvores e garotas bonitas de pegarem um resfriado.

Ambos coraram quando perceberam o que ele havia dito.
E a tarde tediosa que Yaomomo passaria sozinha, com seu maldito resfriado, se tornou melhor do que ela poderia imaginar.

Resfriado.Onde histórias criam vida. Descubra agora